Publicado em Resenha

[Resenha] Mar de Rosas – Nora Roberts

Blog da Ju Mar de Rosas

Emma Grant é a decoradora da Votos, empresa de organização de casamentos que fundou com suas três melhores amigas de infância – Mac, Parker e Laurel. Ela passa os dias cercada de flores, imersa em seu aroma, criando e montando arranjos e buquês. Criada em uma família tradicional e muito unida, Emma cresceu ouvindo a história de amor dos pais. Não é de espantar que tenha se tornado uma romântica inveterada, cultivando um sonho desde menina: dançar no jardim, sob a luz do luar, com seu verdadeiro amor. Os pais de Jack se separaram quando ele era garoto, e isso lhe causou um trauma muito profundo. Ele se tornou um homem bonito e popular entre as mulheres, porém incapaz de assumir um compromisso. Quando Emma e suas três amigas fundaram a Votos, foi Jack, o melhor amigo do irmão de Parker, quem cuidou de toda a reforma para transformar a propriedade no melhor espaço para casamentos do estado.

Mar de Rosas é o livro mais romântico e fofo da série Quarteto de Noivas. Emma, a sócia da Votos (empresa de organização de casamentos que ela e as amigas administram), é a responsável pela decoração e pelas flores dos casamentos realizados ali. Ela cresceu em uma família estruturada e amorosa, o que a fez acreditar fortemente no amor e desejar, com todas as forças, encontrar o seu par perfeito e um amor verdadeiro.

Jack, por sua vez, é o amigo delas, arquiteto responsável tanto pelos projetos da empresa como dos particulares. Melhor amigo de Delaney, ele assim como o amigo as ama como a irmãs. Sua convivência na casa e na empresa é livre e bem íntima, como se eles realmente fizessem todos parte da mesma família.

Tudo ia muito bem até que os dois perceberam que havia algo além de uma amizade fraternal entre eles. Quando se dão conta disso, eles ficam preocupados com os efeitos que isso poderia ter em sua amizade e nas pessoas à sua volta, pois temiam que caso tudo desse errado, eles não tivessem mais a mesma intimidade e liberdade que tinham.

Quando Jack rouba um beijo de Emma, e eles percebem que o que sentem é mútuo, descobrem ao mesmo tempo que não vão mais conseguir reprimir o desejo e também que não tem como o relacionamento deles dar certo, pois os dois são completamente diferentes. Emma é romântica e sonhadora e, por mais que tenha o homem que quiser aos seus pés, quer encontrar alguém com quem dividir a vida, assim como aconteceu com os seus pais.

Jack, por sua vez, ama seu espaço e a sua liberdade, e por mais que esteja muito a fim de Emma, os dois sabem que é algo apenas físico. Ou pelo menos é o que eles imaginam.

A narrativa de Mar de Rosas continua da mesma forma como no livro anterior. Nora Roberts alterna sutilmente entre os pontos de vista dos dois personagens principais e também, em poucos momentos, dos outros personagens. Isso dá uma ampla visão ao leitor do que está acontecendo, sem tirar a emoção da narrativa. Este, aliás, é um livro super fofo e que faz suspirar.

Como já conhecemos os personagens do livro anterior, é mais fácil mergulhar na história e se envolver com os personagens, embora não seja tão simples mudar de estar dentro da mente de Mac (do primeiro livro) para ver o mundo pelos olhos de Emma, já que elas são bem diferentes.

Mesmo assim, é uma leitura rápida e que certamente agrada quem gosta de um  bom romance. Li o livro muito rápido, tanto por ter gostado da história como por ter aproveitado para ler a série durante um período de férias. Recomendo!

Publicado em Livros, Resenha

[Resenha] Álbum de Casamento – Nora Roberts

Blog da Ju - Álbum de Casamento

Título: Álbum de Casamento

Autora: Nora Roberts

Editora: Arqueiro

Ano: 2013

Páginas: 280

Quando crianças, as amigas Parker, Emma, Laurel e Mac adoravam fazer casamentos de mentirinha no jardim. E elas pensavam em todos os detalhes. Depois de anos dessa brincadeira, não é de surpreender que tenham fundado a Votos, uma empresa de organização de casamentos bem-sucedida. Mas, apesar de planejar e tornar real o dia perfeito para tantos casais, nenhuma delas teve no amor a mesma sorte que tem nos negócios. Até agora. Com várias capas de revistas de noivas no currículo, a fotógrafa Mac é especialista em captar os momentos de pura felicidade, mesmo que nunca os tenha experimentado em sua vida. Por causa da separação dos pais e de seu difícil relacionamento com eles, Mac não leva muita fé no amor. Por isso não entende o frio na barriga que sente ao reencontrar Carter Maguire, um colega de escola com o qual nunca falara direito. Carter definitivamente não é o seu tipo. Professor de inglês apaixonado pelo que faz, ele cita Shakespeare e usa paletó de tweed. Por causa de uma antiga quedinha por Mac, fica atrapalhado na frente dela, sem saber bem como agir e o que falar. E mesmo assim ela não consegue resistir ao seu charme. Agora Carter está disposto a ganhar o coração de Mac e convencê-la de que ela é capaz de criar suas próprias lembranças felizes.

O livro Álbum de Casamento é o primeiro da série Quarteto de Noivas, da Nora Roberts. É o primeiro que leio desta autora também. Sei que ela tem uma infinidade de livros publicados, mas por alguma razão eu ainda não havia lido. Comprei a série numa promoção e só esse ano consegui ler. Foi uma leitura rápida e muito agradável, que certamente me levará a ler outros livros dela.

A série tem como foco a história das amigas Mac, Parker, Emma e Laurel. As quatro sempre gostaram de casamento e sempre brincaram disso, na infância, até que, quando cresceram, formaram uma empresa de organização de casamentos. O primeiro livro, Álbum de casamento, narra a história de Mackensie Elliot, uma mulher que cresceu acreditando que o casamento era, na verdade, fadado ao fracasso. Apesar de trabalhar coo fotógrafa para registrar os melhores momentos do dia mais feliz da vida de tantas pessoas, ela mesma não se via trilhando o mesmo caminho.

Porém, um antigo conhecido da escola aparece de forma inusitada e acaba mexendo com as emoções de Mac. Ele é um daqueles mocinhos inesquecíveis, românticos e tímidos. Carter me conquistou desde o começo com seu jeito inseguro e ao mesmo tempo engraçado. Professor de inglês, apaixonado pelo que faz e pelos alunos, quer fazer o possível para conquistar Mac, sua paixão de adolescente. Mas esbarra em uma série de obstáculos emocionais de Mac.

Além de ter que lidar com Carter e toda a bagunça que sua vida se torna por conta disso, a mãe de Mac, Linda, três vezes divorciada e totalmente abusiva, tanto emocional como financeiramente, volta a assombrá-la, perturbando-a nos momentos mais inoportunos. Ela confere um ar bastante dramático à história, pois acaba revelando aspectos da história de Mac que se complicam sempre que o assunto é Carter.

O livro é narrado em terceira pessoa, mas na maior parte do tempo o foco é em Mac, ainda que em diversos momentos há o foco nos demais personagens. A história é uma delícia de se ler, daquelas que não conseguimos largar até o final e que conseguem arrancar algumas lágrimas. Exatamente o meu tipo de livro. Recomendo muito!

Publicado em Livros, Resenha

[Resenha] 9 Marcas de Uma Igreja Saudável – Mark Dever

9 marcas de uma igreja saudável

Título: 9 Marcas de Uma Igreja Saudável

Autor: Mark Dever

Editora: Fiel

Ano: 2007

Páginas: 312

O que constitui uma igreja saudável?

Uma grande congregação?

Estacionamento suficiente? Música vibrante?

Talvez você já leu obras sobre este assunto – mas não como esta. Nove Marcas de uma Igreja Saudável não é um manual de instrução para o crescimento de igrejas. É a recomendação de um pastor a respeito de como avaliar a saúde de sua igreja, usando nove qualidades negligenciadas por muitas das igrejas contemporâneas. Quer você seja líder, quer seja um membro envolvido no ministério de sua igreja, você pode cultivar essas qualidades em sua igreja, trazendo-lhe vida e nova saúde, para a glória de Deus.

O livro, que conheci na Conferência Fiel 2016, é uma leitura relativamente rápida. O título, em forma de lista, provavelmente remete o leitor a uma ideia de que o livro seja mais um daqueles manuais de como conseguir determinado resultado rapidamente. Entretanto, longe de ser um manual de estratégias e dicas de como colocar em prática um determinado modelo de igreja, a obra tem um enfoque totalmente diferente.

Mark Dever juntou, neste livro, reflexões e sermões pregados ao longo dos anos a respeito deste tema e, por isso, a leitura flui e se desenvolve como se estivéssemos ouvindo-o falar. Quem já assistiu alguma de suas palestras, ao vivo ou pelo YouTube, sabe que a clareza em expor suas ideias é uma marca de Mark Dever. Não é diferente com seu livro. Com frases curtas e objetivas, vocabulário simples e divisões dentro dos capítulos, chega-se diretamente ao ponto que se quer abordar e o leitor sente que seu tempo foi muito bem aproveitado.

Como bem destaca o autor em sua obra, o livro não busca esgotar o tema nas nove marcas, mas sim analisar estes nove aspectos que ele identificou como essenciais para que a saúde da igreja. Em cada um dos capítulos são exploradas estas características, demonstrando tanto a situação de uma igreja onde elas não estão presentes e fazendo o contraponto com exemplos em que podem ser reconhecidas. Além de exemplos práticos, o livro todo traz os fundamentos bíblicos para o que argumenta, descrevendo, várias vezes, o texto literal no corpo do livro, o que facilita bastante a leitura.

É um livro que serve muito bem tanto para quem está à frente de uma igreja quanto para quem quer, seja qual for a área de atuação, colaborar para sua melhora e crescimento, quanto para aqueles que pretendem identificar o nível de saúde do lugar onde estão. O livro traz alguns conselhos práticos sobre como atuar em algumas situações, mas o foco é em levar o leitor a refletir sobre cada um dos temas e buscar, dentro de seu contexto local, a melhor forma de colaborar com o corpo.

Foi o primeiro do Mark Dever que li e gostei muito. Em breve devo resenhar outro livro dele que estou lendo. Recomendo muito! Se você leu, vou gostar de saber o que você achou. Comente!

Publicado em Livros

NaNoWriMo – Vem escrever um livro em novembro!

Era pra eu ter escrito outra coisa, mas nos últimos dias ando tão empolgada com o NaNoWriMo, que não consigo pensar em outro assunto pra falar aqui. Mas afinal de contas, o que é NaNoWriMo, pra que serve, e qual o motivo pra isso me deixar tão animada? Vou contar pra vocês um pouco mais sobre o que é o desafio, minha participação nos anos anteriores e algumas outras coisas que passam pela minha cabeça – e pela minha timeline – sempre que o desafio se aproxima.

nanowrimo

NaNoWriMo é o desafio que acontece em novembro, no qual os participantes escrevem um livro de 50.000 palavras ao longo dos trinta dias do mês. A premissa principal é a de permitir uma intensa experiência criativa com o prêmio final de ter uma história escrita por nós. A competição não é entre os participantes, mas de cada um consigo mesmo. Isso gera uma comunidade de pessoas que se ajudam, dão dicas, animam, motivam e tornam a experiência muito mais agradável, além de promover várias amizades.

Se você mora nos EUA ou Canadá, além de cadastrar seu perfil e criar a página de seu livro no site deles, ainda poderá participar de encontros presenciais, os chamados Write In, em que as pessoas se juntam pra escrever em algum café. Aliás, café é um dos principais combustíveis pra esse desafio, já que muita gente acaba escrevendo em horários alternativos, devido às suas atividades diárias e a necessidade de um ambiente tranquilo para conseguir ouvir as vozes dos personagens.

Mas mesmo se você mora aqui no Brasil, em algumas capitais pode ser que consiga um evento desses. Se não for o seu caso, você pode se conectar aos companheiros de desafio pelo Twitter ou Facebook, na comunidade de brasileiros no site e, assim, combinar de escrever em um mesmo horário, pela internet. O chat da comunidade brasileira é muito movimentado em novembro.

Você vai precisar de uma ideia básica, se quiser escrever conforme a inspiração surja ao longo do mês, ou então de um roteiro da sua história, uma ficha básica para os personagens e toda pesquisa que quiser fazer antes de começar a escrever a história, se você prefere um planejamento mais detalhado para ter no que se apoiar quando a inspiração resolver ir embora.

Se você não tiver ideia de nada para escrever, siga o conselho do organizador do NaNoWriMo e comece a pensar em um personagem. Segundo o que ele diz, se você tem um personagem, consequentemente tem uma história, pois toda pessoa tem um conflito, algo que deseja e faz alguma coisa para alcançar este objetivo. Pronto, aí está a sua história! Para mais informações leia o livro No Plot? No Problem!

Para os dias em que o bloqueio criativo aparece, seja pelo cansaço, seja porque você está sendo crítico demais com você mesmo e se deixando levar por pensamentos negativos do tipo que dizem que seu texto é ruim, que não vai dar em nada e que você não é capaz de escrever um livro, pode recorrer aos sprints, que são períodos em que os participantes marcam um tempo determinado no relógio e escrevem o máximo de palavras que conseguirem, com ideias sugeridas pelo próprio site ou então apenas uma escrita livre. Pode ser que ao fim dessas brincadeiras, uma ideia genial surja e você tenha material suficiente para escrever bem mais do que imagina.

A meta diária para conseguir as 50.000 palavras é 1.667. Dependendo da sua velocidade de escrita você precisará de mais ou menos tempo. E, claro, se quiser escrever mais do que isso, fique à vontade! Você vai estar mais próximo de alcançar a sua meta.

Eu acho esse desafio incrível. Primeiro porque, mesmo que eu sempre tenha pensado em escrever um livro, as atividades do dia a dia e as preocupações sempre colocavam isso de lado e por muito tempo eu esqueci. Hoje em dia eu sempre me lembro que há mais uma chance para fazer isso em novembro e finalmente tirar uma coisa da minha lista de coisas que quero fazer na vida. Além disso, conheci gente legal demais na internet, tive ideias interessantes e desenvolvi outras áreas além desta, a partir do momento em que me permiti sonhar com a possibilidade de ganhar o desafio. Aprendi coisas pra caramba, sobre escrita, sobre a vida e sobre mim mesma, ao participar das comunidades de escrita.

Eu passei por diversas experiências. Desde ter uma ideia genial a não ter ideia nenhuma, de ser afetada pelas histórias que eu inventei e lembrar de detalhes de coisas pessoais que eu coloquei nas minhas histórias, ainda que curtas e inacabadas. Em alguns dias eu tinha ideias e virava a madrugada escrevendo, enquanto em outros só conseguia bater a meta diária usando os sprints e as ideias dos colegas. Apesar de ser muito crítica comigo mesma, procurava não ler o que eu escrevia nos dias anteriores, pra não sair corrigindo tudo.

O que posso dizer no NaNoWriMo é que no meu caso é uma experiência quase terapêutica. Talvez você que lê isso pode achar que eu estou exagerando, mas a verdade é que cada um tem uma visão do desafio e do que ele proporciona a si. Mas garanto que você vai encontrar muita gente que conseguiu realizar o sonho de escrever um livro, ou então, se sente realizado por ter conseguido cumprir o desafio e além disso, que se diverte horrores com um projeto que une milhares de pessoas ao redor do mundo.

Mesmo eu tendo falhado nos anos anteriores, seja por uma má escolha da história, seja por eventos que me deixaram pra trás na meta diária e me desanimaram, eu não desisto de participar. A animação das pessoas envolvidas, a atmosfera de desafio em torno do mês e a vontade de vencer meus próprios bloqueios e terminar o mês com uma história no papel ao invés de na cabeça, é algo que me empolga. E, claro, falar de café, de personagens que mudam os rumos que você definiu (sim, isso acontece, não me pergunte o porquê), de bloqueios e de coisas aleatórias enquanto deveríamos estar escrevendo nosso livro é parte da festa. SIM, É UMA FESTA!

E eu já estou entrando no clima, com capa de facebook, listas no twitter e participando de tudo que é evento relacionado ao NaNoWriMo internet afora. Haja calendário pra colocar tudo isso em ordem! Mas vale a pena a diversão e eu garanto que, se você participar, vai querer voltar todo ano.

Vem comigo?

Publicado em Tag

[TAG] 50 Random Questions

Eu estava fuçando (sim, porque eu volto as páginas pra ler posts antigos!) nos meus blogs favoritos e acabei encontrando essa tag 50 Random Questions que achei bem legal pra responder. Não vou marcar ninguém, porque não sei quem já respondeu e quem não, mas se você quiser participar, fique à vontade! Só me avise pra eu ler suas respostas, ok?

blog-da-ju-50-random-questions

1: Como você chamaria seu filho? Ah, jura que é essa a primeira pergunta? Sinceramente, depois de um episódio na família que uma pessoa descaradamente ROUBOU a ideia do nome do filho da outra, eu vou me reservar o direito de não responder essa aqui. Os nomes não são uma exclusividade minha, mas fiquei traumatizada e não quero correr o risco de um espertinho ou espertinha querer usar o nome antes de mim e eu, que estou com os nomes escolhidos há uns 10 anos, passar por imitadora.

2: Você sente falta de alguém? Claro que sim. Vira e mexe me pego em umas nostalgias ridículas pensando em pessoas que estão longe e com quem perdi o contato. Como eu tenho essa tendência meio melancólica, me esforço pra não entrar em um looping de sofrimento, mas sinto falta de algumas pessoas, sim…
3: O que você diria se eu falasse que você é bonita? Eu sei, obrigada! Anos de terapia mais tarde, eu já sei lidar com essa questão e os diversos senões que a vida me impôs.
4: Já disse alguma vez “não é você, sou eu”? Sim, e me arrependi no dia seguinte, mas não tinha mais jeito. Foi melhor assim e hoje vejo que não era eu, era ele mesmo!
5: Você está ansiosa pra alguma coisa na semana que vem? Pra semana que vem, não, mas pro mês que vem, certamente!
6: Você saiu ou ficou em casa noite passada? Saí só pra ir pra academia e voltei. Hoje eu não quero sair também não.
 
7: Até que horas ficou acordado noite passada? Acordada, mesmo, só até umas onze, mas dormi no sofá e acordei com a Cláudia Ohana matando o Kurt Cobain no Programa do Jô. Foi horrível.
8: Seja franco, viu alguém em roupas íntimas nos últimos 3 meses? Sim.
9: O que você estava fazendo ao meio-dia? Batendo um shake, tomando shake, lavando louça, catando bagunça e fazendo uma lista de coisas que eu tinha que fazer aqui no blog.
10: Já disse pra alguém que o amava mas não era verdade? Não.
11: Poderia ficar o resto da vida sem beber álcool? Sim.
12: Já fingiu gostar de alguém? Não.
13: Poderia ficar o resto da sua vida sem fumar? Sim, até porque nunca fumei.
14: Tem alguém na sua vida que sempre te faz sorrir? Sim.
15: É difícil pra você esquecer alguém? Muito difícil. Eu aparentemente sofro bem mais pelas coisas – e pelas pessoas – do que deveria e isso acaba comigo.
16: Você estava solteiro cinco meses atrás? Não. Nem há cinco anos.
17: Já chorou por se sentir tão maluco? Não. Já faz um tempo que assumi minha loucura e deixei de pedir desculpas por ser quem sou e ter meus gostos e preferências, que nem sempre se encaixam nos rótulos mais famosos que as pessoas colocam nas outras.
18: Segurou a mão de alguém semana passada? Sim.
19: Seu último beijo foi na cama? Não.
20: Quem você viu pessoalmente pela última vez? Eduardo.
21: Qual foi a última coisa que você disse em voz alta? “Para!!” pros meus cachorros arranhando a porta. Eles estão lá fora porque eu acabei de limpar a casa (por isso to aqui escrevendo, yay!) e não quero que eles sujem até que seja absolutamente necessário.
22: Já beijou três pessoas ou mais em uma noite? Não!! Gente, até quando eu era solteira e vagava pelo mundo era a coisa mais difícil beijar um, imagina MAIS de três??
23: Já esteve em Paris? Não.
24: Você é bom em esconder seus sentimentos? Não.
25: Você usa protetor labial? Não. Gente, eu esqueço… esqueço do hidratante, esqueço da vitamina, esqueço de comprar umas coisas que preciso, esqueço. Esqueço.
26: Quem foi a última pessoa com quem você dividiu a cama? Eduardo, né??
27: Você está ouvindo música no momento? Não. To com a televisão ligada porque não tem ninguém em casa e gosto do barulhinho mesmo sem prestar atenção.
28: Tem alguma coisa que você quer agora? Pegar sorvete no congelador. Mas estou com preguiça e pensando se vale a pena ingerir calorias agora que o treino mudou e eu to aqui ESBAGAÇADA de ontem.
29: Os seus últimos três beijos foram com a mesma pessoa? Sim.
30: Como está seu coração ultimamente? Ótimo!
31: Você veste o capuz do seu moletom? Não.
32: Quando foi a última vez que alguém do sexo oposto te abraçou? Ontem.
33: Como as pessoas te chamam? Ju
 
34: Já quis dizer algo pra alguém mas não disse? Sim. O tempo todo, em todo o tempo, para a maioria das pessoas. Por isso eu escrevo, por isso tenho um blog, por isso tem textos pessoais com cara de ficção por aqui. Por isso essa vontade de escrever um livro, que não se concretizou ainda, mas tá sempre caminhando.
35: Tem alguma situação te estressando no momento? SIm e não. Está me preocupando porque sim, mas não adianta sofrer por isso então eu to no modo bem cuca fresca no momento.
 
36: O que você está ouvindo no momento? nada.
37: O que tem de errado com você agora? Preciso fazer um monte de coisas e estou cansada feat. com pre
38: Amor é realmente algo bonito, não? Sim, bonito e assustador.
39: Você faz desejos às 11:11? hein?
40: O que tem nos seus pulsos agora? Nada!
41: Você está solteiro/ compromissado/ coração partido ou esperando por algo? Casada! Esperando meu marido chegar em casa e falar que desistiu de sair hoje.
42: Onde você comprou a camiseta que está vestindo agora? No Extra. Faz tempo. To precisando de uma promoção cinquenta-camisetas-por-cinco-reais de novo, alguém?
 
43: Já se arrependeu de ter beijado alguém? Sim. Quem nunca, né? (nem mexi na resposta da miga, porque gente, é isso aí.)
44: Abraçou alguém semana passada? Sim.
45: Beijou alguém semana passada? Sim.
46: O que você estava fazendo a meia-noite na noite passada? Dormindo no sofá.
47: Você sente falta de como as coisas eram seis meses atrás? Não.
48: Você prefere dormir com alguém ou dormir sozinho? Com alguém.
49: Já esteve em Nova York? Não.
50: Pense na última pessoa que te disse eu te amo, você acha que foi verdadeiro? Sim, sempre é.
Publicado em Reflexões

[Blogosfera] Ventos de Mudança

Se eu acreditasse em astrologia, ia dizer que certamente está havendo algum alinhamento cósmico, porque é muita coincidência o que eu vi nos últimos dias na blogosfera. Eu fiquei bem impressionada com o fato de que algo que passou pela minha cabeça quando eu estava querendo colocar um ponto final no Café com Livros, e que me deixou pensando durante um bom tempo sobre o que faria com minha participação na blogosfera, também deixou duas blogueiras que eu acompanho pensando no que fazer com seus respectivos blogs.

blog-da-ju-ventos-de-mudanca-blogosfera

Embora eu não ache que seja alguma tendência cósmica, também estou longe de pensar que possa ser uma mera coincidência esse “cansaço” com relação ao blog. Não posso responder pela Victória nem pela Duds, porque só elas sabem exatamente o que as levou a refletir na mesma coisa que eu. Mas já que tem mais gente pensando alto sobre o assunto, vou deixar meus dois centavos aqui.

Assim como a Duds, com o tempo, eu fui deixando de me identificar com o blog antigo e ficando meio entediada e sem vontade de produzir conteúdo pra lá. Cheguei a fazer um perfil no Medium, escrever uns dois textos bem meh lá, mas não foi pra frente. Por outro lado, assim como a Victoria, o fato de ter algumas “obrigações” com o blog, o que era pra ser um momento de diversão e relaxamento, entrou como mais uma lista de coisas que eu tinha pra fazer, me deixando mais cansada do que a fim de sentar num sábado à tarde ou domingo de madrugada pra escrever.

Além disso, a imposição de prazos e de um calendário editorial que eu inventei de montar, acabaram jogando minha vontade de blogar e a criatividade pelo ralo. Até o NaNoWriMo, que eu quis tentar, acabou prejudicado pelo bloqueio criativo.

A coisa foi tão séria que eu fiquei esse tempo todo sem escrever nada em nenhum lugar, penei pra escolher um tema pro NaNoWriMo desse ano (porque o tema do ano passado era sombrio demais pra minha nova fase, joguei ele fora) e não conseguia ler nada também. A impressão que me dava era que, se eu lesse, ia ter que obrigatoriamente resenhar, e eu estava sem tempo nem vontade pra isso, então não conseguia ir pra frente com nenhuma leitura. Só consegui voltar a ler esse mês e, sinceramente, ainda não sei se vai ter resenha, porque eu não vou prometer mais nada, rs.

Como eu disse, não acho que seja coincidência várias pessoas pensando algo sobre seus blogs ao mesmo tempo. Acredito que isso tudo se deve às tendências da blogosfera, que se tornou uma grande vitrine comercial, um catálogo de divulgação de empresas e profissionais. Há ainda muito espaço pra blogs pessoais e com essa pegada mais leve e descompromissada, mas não são os blogs que tem tido destaque. Eu sempre tentei resistir a ter um blog que fosse mais um na multidão de blogs literários idênticos e com colunas até com o mesmo nome, mas no fim das contas, eu vi que estava acontecendo isso e me desgostei do blog.

Fiquei bem desanimada com a onda de livros de youtubers sendo publicados em massa pelas editoras, com tanto livro bom sendo deixado em segundo plano. E claro que ando cansada de recebidos do mês, look do dia, etc. porque isso se alastra pelos blogs afora e pra quem está atrás de um bom texto pra ler acaba se afogando em vinte posts iguais em blogs diferentes. Cansei de entrar em uns blogs que eu conhecia e em todos ter o mesmo post de lançamentos do mês da Editora tal. Era quase impossível não comentar exatamente a mesma coisa em todos os posts (quando eu tentava interagir e criar mais amizades com outros blogueiros), ou então eu acabava nem comentando nada…

Acredito que o cansaço em relação ao blog tem muito a ver com o tédio em fazer parte dessa engrenagem, dessa falta de sentido em ser só mais uma página escrevendo a mesma coisa sobre o mesmo assunto, obedecendo regras e prazos impostos por empresas ou pessoas e descaracterizando totalmente o sentido de um blog pessoal. Até o Rotaroots, que tinha o ideal de ser contra tudo isso acabou, por haver tanta gente querendo mais uma fórmula mágica, mais uma pauta pro mês e as moderadoras simplesmente perderam a vontade de seguir com o projeto.

Eu me sinto um pouco melhor por não ser a única que cansou do esquema atual e quis mudar. É reconfortante saber que vai ter post com conteúdo por gente de verdade, quando eu não quiser assistir “tour pelo meu quarto” ou “caixinha de correio“. Quero mais é conhecer gente que escreve por amor e não por dinheiro, que produz com originalidade e criatividade sobre o que gosta, com seu toque pessoal.

Você já passou, ou está passando pelo mesmo momento? Conta pra mim, aí nos comentários!

 

Publicado em Reflexões, Saúde

Setembro Amarelo – Depressão

Como eu havia comentado em um post anterior, hoje quero comentar alguma coisa sobre a depressão, em continuidade à campanha do Setembro Amarelo, pela prevenção do suicídio. Alguns, que me acompanham mais de perto sabe que eu passei por um período meio tenebroso em 2014 e parte de 2015, quando fui diagnosticada com depressão e ansiedade em razão do stress no trabalho. Mas, como mesmo essas pessoas não sabem tudo o que se passou nessa cabecinha aqui, resolvi aproveitar o embalo da campanha e falar um pouco sobre o que me aconteceu. Quem sabe isso estimula outras pessoas a falarem sobre suas experiências e também ajudarem outras pessoas, numa corrente do bem contra esse mal?

blog-da-ju-depressão

A depressão ainda é um tabu. Dificilmente, quem não estuda o assunto ou quem não passa por ele não tem a exata noção do que acontece com alguém que sofre da doença e, pra piorar, não sabe muito como lidar com essas pessoas, podendo, numa tentativa desesperada de ajudar, acabar afundando a pessoa ainda mais no seu desespero.

Eu era uma dessas pessoas, que igualava tristeza e depressão, colocava tudo dentro do mesmo saco e era capaz de pensar “Poxa, mas essa pessoa tem tudo, por que só fica triste?”. Infelizmente, eu acabei experimentando na pele o que é sentir algo que ninguém entende e que eu também não conseguia explicar. Eu já tinha essa experiência de “incompreensão” por conta da fibromialgia, já que tanto alguns médicos quanto pessoas que conheço relacionam as dores e a fadiga quase constante que eu sinto com preguiça, moleza ou frescura. Durante u tempo eu tentei até brigar e me explicar, mas isso dificilmente era bem-sucedido, então, hoje eu me limito a usar uma fila de palavras técnicas que chocam um pouco e a pessoa pensa “ah, tá, é doença”. Com a depressão não foi diferente.

Não sei quando começou. Sempre tive uma tendência à melancolia. Isso se reflete até em algumas coisas que tento escrever, em minha personalidade mais introspectiva, meus hobbies nada sociais e uma tendência ao isolamento. Não acho que nada disso sejam sintomas da depressão, mas não sou médica, sou paciente, então, minha opinião aqui é só quanto ao que eu sinto mesmo. Mas pode ser que por ser assim, eu tenha sido uma presa mais fácil pra depressão.

Junte-se a isso, um ambiente de trabalho hostil, com um superior que incitava a competição desnecessária entre os colegas, a pressão por desempenho acima dos níveis humanos de tolerância, um chefe que berrava com os funcionários até mesmo diante de clientes e que debochava diante dos erros. Além disso, havia a hostilidade entre colegas, que achavam que eu queria lhes puxar o tapete, ao compartilhar a mesma função ou outros que estimulavam esse tipo de sentimento, por meio de fofocas, provocando meu isolamento até das atividades extra-escritório. Em uma situação financeira pessoal difícil e uma situação econômica desfavorável no país, somando-se ao fato de pelo tempo de contrato ser praticamente impossível encontrar um salário semelhante em outro lugar, virei uma panela de pressão e fui parar no consultório do médico, entupida de remédios e em frangalhos.

Porém, até que isso chegasse ao extremo do afastamento e posterior demissão (libertação), eu comecei a desmoronar por dentro. Não conseguia enxergar uma saída pra situação com as tais colegas que me prejudicavam até com o convívio social com os demais, com os superiores não havia – tanto – espaço para dizer o que eles não gostariam de ouvir, nem o menor interesse em cooperar para que a situação melhorasse. Mas mais do que ficar contando e relembrando o que levou a tudo isso, o foco aqui é mostrar como as pessoas lidaram com essa situação.

Cansei de ouvir que eu precisava sorrir, que eu não podia me entregar, que eu precisava ser forte… Gente, pelo amor que vocês tem em vocês mesmos, parem de falar besteiras. Eu queria morrer quando as pessoas vinham me falar que eu tinha milhares de motivos pra ser feliz, que todo emprego seria a mesma porcaria, que eu estava melhor que muita gente. Sério, pessoal. Isso não ajuda em nada.

Eu vivi quase dois anos só chorando? Claro que não. Eu tinha muitos momentos de descontração, mas isso não mudava a situação global em que eu estava enfiada até o último fio de cabelo. Sair com os amigos, beber, dar risada, compartilhar bobeiras do twitter não eram um sinal de que o conselho dessa gente tinha dado certo e que eu enfim estava melhorando. Vocês acham que o humor negro saiu de onde? De ver o lado cômico da desgraça, mas a desgraça está ali e por mais que estejamos rindo, ELA ESTÁ ALI. Por isso que tanta gente acaba comentando: “Mas, Fulano??? Nunca imaginei que ele tivesse depressão! Sempre tão pra cima!!” Pois é.

Quando me diziam que eu tinha que ser forte eu tinha vontade de pegar o mundo inteiro que estava desabando na minha cabeça e jogar em cima dessas pessoas, pra ver se todas elas juntas dariam conta de segurar o que eu estava enfrentando sozinha. Eu já estava sendo forte, eu já estava usando todas as minhas forças existentes nesse organismo aqui pra tirar as cobertas de cima de mim, levantar da cama de manhã e me arrastar seja pro trabalho, enquanto ainda estava lá, seja pra qualquer compromisso com a minha mãe, quando ela sabiamente não me deixou passar mais do que algumas horas sozinha em casa durante meus dias mais difíceis.

Tudo o que poderia ser considerado forças já estava esgotado em simplesmente ficar de pé e qualquer esforço extra que me exigissem era capaz de me fazer desabar imediatamente. Por isso, se você está diante de alguém que está em frangalhos, saiba que aquilo é toda a força que aquela pessoa tem. Exigir mais é provocar mais sofrimento.

Tá, mas e aí? Bem, não pensei em me suicidar, mas não acharia nenhum absurdo se o teto desabasse sobre a minha cabeça, se eu fosse atropelada por um caminhão, atacada por um pit bull ou algo assim. Entende? Ao mesmo tempo em que algo dos meus princípios ficou intacto e não me permitiu atentar contra a minha vida, isso não me impediu de descuidar de mim mesma e de cometer excessos, nem de deixar de me importar caso algo me acontecesse.

Ao longo do processo, tive acompanhamento de psiquiatra e psicólogo e o suporte da família e de alguns amigos. Foi difícil? Pra caramba. Tanto pelos efeitos do remédio, que não eram sempre os melhores, como pelo processo terapêutico de lidar com tanta coisa que eu precisava, na terapia. Mas isso só teve o efeito rápido que teve – um ano, mais ou menos, até eu deixar os tratamentos e me sentir oficialmente preparada para enfrentar o mundo de novo – porque eu tive o apoio de pessoas que souberam ouvir o que eu tinha a dizer, fizesse ou não sentido para elas, sem tentar me dar uma solução enlatada para o que eu estava passando.

O melhor de ter contado com esse apoio foi não precisar me explicar, poder chorar quando necessário, poder ficar em silêncio e saber que havia pra onde correr. Eu ainda lido com a depressão. Isso não é uma gripe que dura uma semana e vai embora. infelizmente eu tenho que ficar atenta constantemente, alerta para os sintomas, para os gatilhos que poderiam me fazer descer aquela espiral de dor e sofrimento novamente. Mas hoje eu me respeito muito mais.

Respeito meus limites quando diante de uma rejeição, sei preservar quem eu sou e não me humilho mais para ser aceita no grupo. Às vezes, sair é a melhor forma de preservar a própria integridade e alguma amizade.

Respeito meu sono quando ele vem descontrolado, mas não me deixo hibernar mais, como forma de fugir das responsabilidades. Respeito meus limites quando faço apenas os exercícios que aguento na academia, sem me acomodar e não avançar os limites que eu sei que consigo.

Respeito minha integridade mental, quando não me submeto gratuitamente a reuniões de família em que haverá mais pressão psicológica do que uma comunhão fraternal, mesmo não tendo deixado de amar ninguém, mesmo à distância. Aprendi que é mais importante cuidar de mim primeiro, para depois dar conta de cuidar de outros.

Por isso, se você tem que lidar com alguém que está enfrentando a depressão, por favor, seja um apoio, seja a ajuda que a pessoa precisa e não simplesmente uma ajuda que vá limpar a sua própria consciência de pelo menos ter feito algo. Seja alguém com quem o doente possa contar, mas não tente fazê-lo seguir seu exemplo de sucesso, sua fórmula mágica. Aponte caminhos, mas esteja disposto a andar de braços dados com essa pessoa, no ritmo dela, até a solução do problema. Deixe chorar, deixe falar, deixe calar. Dê chocolates, dê apoio e não encha o saco. Simplesmente esteja ali. Talvez assim, a pessoa se sinta mais à vontade pra ser ajudada por você.

Quando três amigos de Jó, Elifaz, de Temã, Bildade, de Suá, e Zofar, de Naamate, souberam de todos os males que o haviam atingido, saíram, cada um da sua região, e combinaram encontrar-se para mostrar solidariedade a Jó e consolá-lo. Quando o viram à distância, mal puderam reconhecê-lo e começaram a chorar em alta voz. Cada um deles rasgou o manto e colocou terra sobre a cabeça. Depois se assentaram no chão com ele, durante sete dias e sete noites. Ninguém lhe disse uma palavra, pois viam como era grande o seu sofrimento. – Jó 2:11-13

Se você escreveu algum post no seu blog com o relato de sua luta com a depressão, pode colocar o link preenchendo o formulário abaixo. Vamos colaborar para a conscientização sobre a depressão!

Publicado em Reflexões

Convicções Religiosas – o que eu penso sobre o que eu creio

Em um grupo de que participo, com blogueiros estrangeiros, há uma série de dicas e sugestões de escrita e alguns temas para nos estimular a escrever. Os “prompts”, ou temas usados como gatilho para estes exercícios são divididos por temas e o do mês de setembro é opinião. O tema escolhido para hoje é: Você tem opiniões fortes? Conte-nos sobre uma delas. Por isso, resolvi falar sobre as minhas convicções religiosas.

blog-da-ju-conviccoes-religiosas

Em um primeiro momento, eu pensei em escrever uma lista de coisas sobre as quais tenho opiniões fortes, pois embora eu demore pra ter uma opinião formada sobre algumas coisas, assim que me convenço, é complicado me fazer mudar de ideia. Não sou inflexível e aceito mudar de opinião, mas o argumento precisa me convencer de verdade.

Mas, para seguir o exercício do jeito certo, tenho que escolher apenas uma delas, então resolvi falar sobre a minha convicção religiosa e as opiniões fortes que tenho a esse respeito. Sou cristã, protestante, recentemente ingressei em uma igreja presbiteriana e gosto muito de estudar temas relacionados à teologia, ainda que apenas em casa, baseando-me em artigos de blogs confiáveis. Vou à igreja desde criancinha, com algumas pausas entre uma igreja e outra, pois, justamente por minhas opiniões a respeito de alguns assuntos, acabei mudando de uma para outra até chegar onde estou hoje. Ao longo de todo este caminho, foi possível formar algumas opiniões que, por mais que eu não entre mais em debates para defender, não vou mudar por ouvir quem pensa de forma diferente.

Como a ideia inicial era fazer uma lista, trouxe este formato pra cá e, dentro do tema “convicções religiosas”, vou listar as principais.

  1. A Bíblia é a Palavra de Deus: Embora muitos amigos tenham a mesma convicção que eu, tenho muitos outros que pensam diferente. Alguns acham que é um livro de mitos, outros acham que é apenas mais um livro religioso, outros um compilado de histórias com lições de moral. Para mim, é o livro onde está revelado o propósito de Deus para a vida do ser humano, desde o relato da criação, a queda do homem, o plano estabelecido para a sua redenção e as profecias relacionadas à consumação deste plano no futuro. É o ápice da revelação de Deus, que já havia se revelado de outras formas, e que agora já está completa. Claro que esta não é uma definição técnica nem acadêmica, mas já expressa a minha opinião sobre a Bíblia e sua importância para mim. Já tive conversas com amigos e professores, inclusive na época da faculdade, que tentaram me dissuadir de acreditar nela, mas nunca conseguiram. Esse é o tipo de coisa que já está bem enraizada em mim e é uma opinião bem forte!
  2. Monergismo: Eu poderia ter escrito Calvinismo? Poderia, mas vamos ser justos. Embora eu tenha encontrado os e-books das Institutas e tenha começado a ler o primeiro volume, ainda estou nos primeiros capítulos. Não posso afirmar com todas as letras e uma fortíssima convicção que concordo com toda a maneira de pensar de Calvino. O que eu posso dizer, e vou fazer sempre, é que sou monergista no que se refere à questão da salvação do homem. Ou seja, eu creio que no que diz respeito à salvação, Deus é quem faz tudo, sem deixar nada para o ser humano, ou seja, é uma obra 100% de Deus sem nenhuma participação do ser humano, nem mesmo em relação à sua vontade. Esse tema foi algo que eu demorei quase a vida toda até agora pra entender, mas uma vez que isso tudo fez sentido na minha cabeça, não consigo pensar de outra forma. A convicção, nesse caso, se tornou tão forte, que já resultou em algumas discussões – umas produtivas e outras totalmente horríveis e que me magoaram muito – mas sempre que me perguntarem o que eu penso, vou ter que correr o risco!
  3. Não existem apóstolos hoje: Mais uma daquelas opiniões fortes que não soam muito bem aos ouvidos de algumas pessoas que eu conheço. Na minha opinião, para ser um apóstolo, a pessoa deve ter sido chamada diretamente por Jesus Cristo, ter sido testemunhas oculares da sua morte e ressurreição, ter recebido ensinamentos diretamente de Jesus. O que leva a uma opinião forte dentro dessa opinião, que é a de que os apóstolos de hoje em dia (sei lá quantos mil só no Brasil) não são apóstolos verdadeiros.
  4. É importante estudar teologia: a ideia não é todo mundo se enfiar num seminário, nem fazer trezentos cursos de matérias apenas teóricas. O que eu acho essencial é estudar os fundamentos da fé, os princípios de interpretação bíblica, as principais histórias bíblicas e os temas essenciais para a fé cristã. Ler bons livros escritos por pastores, teólogos, ter curiosidade e se aprofundar no estudo de passagens mais difíceis é importante não só pra fortalecer a nossa fé, mas também para sabermos falar sobre o que cremos.

Bom, essas são algumas coisas que eu acho muito importantes, relacionadas ao que eu creio. Não são todas, até porque há coisas que eu deixei de mencionar aqui e que são igualmente essenciais para mim. Mas só por estes que listei já dá pra ter uma ideia. Recentemente eu acabei me desvinculando de algumas instituições, que inicialmente eu apoiava e igualmente defendia, mas que com algum estudo, acabei formando uma convicção diferente e hoje tenho um pensamento bem mais consolidado – e contrário a essas instituições. Por isso, há uma série de pensamentos e opiniões que, embora fortes, ainda estão muito recentes e eu prefiro deixar pra falar sobre elas depois que a poeira baixar um pouco.

Mas, agora quero saber de você. Você tem opiniões fortes? Conte-me sobre uma delas. Ou então fale sobre o que eu escrevi, mantendo aquele princípio básico do respeito à minha crença, ok? Vai ser ótimo interagir com você aqui.

Publicado em Reflexões

Setembro Amarelo – Uma campanha de prevenção ao suicídio

Você já deve ter visto em alguns sites ou páginas no Facebook, a campanha chamada Setembro Amarelo. Neste mês, se promove a conscientização da prevenção ao suicídio e as causas que levam a isso. Essa campanha começou em 2014, com o apoio de diversas instituições no Brasil e no mundo, tendo como foco o dia 10 de setembro, que é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Você pode saber um pouco mais sobre a campanha no site oficial.

Segundo o site da campanha, o número de vítimas de suicídio tem crescido no Brasil, chegando a 32 por dia. Essa taxa é maior do que as vítimas de doenças como AIDS ou câncer e, segundo a Organização Mundial de Saúde, poderia ser bem menor, se o assunto não fosse considerado um tabu, e cujas causas são muitas vezes escondidas, por medo ou vergonha de se falar abertamente sobre isso.

Não que seja fácil falar sobre o assunto, tanto pra quem convive com alguém que dá estes sinais quanto pra própria pessoa que está sofrendo com eles. Uma campanha desse tipo ajuda a quebrar os preconceitos, a remover os estigmas ao redor das pessoas e promove uma discussão proveitosa. Talvez, se mais gente começar a falar no assunto, outras que se sentem mais fechadas podem sentir mais liberdade para falar sobre suas experiências e sentimentos e isso pode ajudar a reverter essa estatística.

Como passei por um tratamento de depressão no ano passado, vou falar em um post próximo sobre o que vivi e o que tudo isso deixou pra mim. O fato de ter podido conversar sobre o que eu sentia me ajudou a estar aqui participando dessa campanha. Por isso, aproveite a oportunidade pra falar, seja aqui, seja em seu próprio blog (deixe o link pra eu ler), seja com quem você conhece, em uma mesa de bar, mas FALE.

Ao longo do mês, vou tratar deste tema em outros posts, então, você terá várias oportunidades de se manifestar. Aproveite e faça parte também desta iniciativa tão legal e ajude outras pessoas, espalhando amor e compreensão à sua volta!

Caso você tenha um blog, lá tem alguns banners que você pode usar para ajudar a divulgar a causa, como esse aqui:

af_logo_preto_prevencao_suicidio_setembro_amarelo

E se você já escreveu sobre o assunto, pode colocar o seu link aqui, preenchendo o formulário abaixo.

 

Publicado em Música

Somewhere in The Middle – Casting Crowns

Essa música é de uma das bandas de música cristã contemporânea que eu mais tenho ouvido ultimamente. Gosto muito das letras, porque me fazem pensar em muita coisa sobre a vida e sobre a fé e isso é o que eu normalmente busco quando estou escolhendo o que ouvir no Spotify. É verdade que eu acabo ouvindo quase sempre as mesmas, durante um tempo e, depois, quando volto a ouvir, sempre lembro de pessoas, fases, eventos. Mas quando me bate aquela vontade de conhecer músicas novas eu coloco o player no aleatório e acabo esbarrando em coisa boa. Foi assim com Somewhere in the Middle.

A música é do álbum The Altar and the Door, de 2007, antiguinha, mas ao longo dos posts sobre música vocês vão notar que eu sou bem nostálgica quanto a isso. Você pode acessar a playlist de músicas analisadas do blog aqui, segui-la e sempre que tiver coisa nova, acompanhar por lá também. A letra vai estar no final do post.

Blog da Ju - Somewhere in the middle - The Altar and The Door

Quando ouvi essa música prestando atenção na letra pela primeira vez, a ideia central da música ficou bem clara. Ela é repetida ao longo das estrofes e do refrão, e me levou a pensar sobre meu comportamento em relação ao que me acontece. O fato de estar sempre presa entre duas situações ou decisões, que é o dilema constante de todo ser humano. Escolhas. Mas quando estamos presos entre duas opções, em algum lugar no meio disso tudo, Deus vai nos encontrar. As figuras que ele traz, em frases comparativas, são emblemáticas e nos ajudam a enxergar o que ele quer transmitir.

Claro que eu sei que Deus está comigo, mas escolher nem sempre é fácil, principalmente quando não se está entre o certo ou o errado ou entre o bom ou o ruim. É mais difícil quando estamos entre dois caminhos possíveis.

Em determinadas situações, estar parado entre as duas opções é que é a coisa errada. É preciso escolher um lado, posicionar-se, dar a cara a tapa e arcar com as consequências disso. Ficar em cima do muro, tentando servir aos dois lados é bem mais prejudicial. É preciso escolher entre ser frio e ser quente. Morno não é uma opção.

Há ainda, um contraste bem grande entre o que eu era quando a caminhada começou e quem eu sou hoje. Assim como um rio nunca é sempre o mesmo rio, porque a água que estava ali num dia, não é a mesma que está ali hoje, não somos os mesmos. É um processo contínuo e, nesse caso, até o fim, estaremos presos entre o que fomos um dia e o que estamos caminhando para ser. Sou bem ansiosa, então, pensar na vida como um processo, um caminho não concluído é algo que me frustra às vezes, porque eu queria ver alguns resultados que demoram para aparecer. Preciso aprender a olhar pra trás e ver o que já consegui até aqui.

Aprender a ser coerente com o que sinto é bem necessário. Não que eu não seja assim na maior parte do tempo, mas sempre há aquelas situações que nos colocam o dilema entre fazer o que achamos certo e manter a política da boa vizinhança.

E o principal, creio, aprender a submeter os meus planos à vontade de Deus, pois em várias ocasiões, o que quero nem sempre se concretiza justamente por estar fora do que Deus determinou. E isso me deixa, a princípio, bem frustrada. Na maior parte do tempo, precisamos aprender a ter paz com o que já temos, ao invés de querer sempre mais.

Nós sabemos que ele está conosco o tempo todo, e que por mais difícil que seja a escolha, não passaremos por isso sozinhos. Mas sempre tentamos nos manter no meio, equilibrando situações opostas, nos desgastando e ficando sempre com o pior dos dois mundos. Exatamente o oposto do que queremos.

Enquanto ainda estamos em território seguro, temos coragem, nos gabamos de nossas conquistas e desbravamos o mundo que está do lado de dentro da cerquinha branca do quintal de casa. Mas quando somos obrigados a crescer e ir além dos limites do nosso mundo conhecido, mergulhar em uma realidade totalmente diferente, as nossas decisões deverão ser tomadas fora de um ambiente à prova de falhas. Nessa hora, precisamos nos soltar das nossas certezas, para só assim conseguimos nos render inteiramente a Cristo e sua vontade.

Nós tentamos ir até o limite da nossa própria segurança, porque por mais que queiramos nos submeter ao Senhor, somos teimosos demais pra abrir mão das nossas certezas. Isso me diz que não amamos a Deus como deveríamos, pois não o colocamos como única opção pra nós e sempre tentamos conciliar nosso serviço a Ele com o serviço aos nossos próprios caprichos. E essa é a principal lição que devemos aprender.

Somewhere in the middle – Letra

Somewhere between the hot and the cold
Somewhere between the new and the old
Somewhere between who I am and who I used to be
Somewhere in the middle, You’ll find me

Somewhere between the wrong and the right
Somewhere between the darkness and the light
Somewhere between who I was and who You’re making me
Somewhere in the middle, You’ll find me

Just how close can I get, Lord, to my surrender without losing all control

Fearless warriors in a picket fence, reckless abandon wrapped in common sense
Deep water faith in the shallow end and we are caught in the middle
With eyes wide open to the differences, the God we want and the God who is
But will we trade our dreams for His or are we caught in the middle
Are we caught in the middle

Somewhere between my heart and my hands
Somewhere between my faith and my plans
Somewhere between the safety of the boat and the crashing waves

Somewhere between a whisper and a roar
Somewhere between the altar and the door
Somewhere between contented peace and always wanting more
Somewhere in the middle You’ll find me

Just how close can I get, Lord, to my surrender without losing all control

Lord, I feel You in this place and I know You’re by my side
Loving me even on these nights when I’m caught in the middle