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[Resenha] Redimindo o Seu Tempo – Jordan Raynor

Título: Redimindo o seu tempo: Sete princípios bíblicos para ser intencional, presente e extremamente produtivo

Autor: Jordan Raynor

Editora: Pilgrim

Ano: 2022

Páginas: 299

Sinopse: Como administrar o meu tempo? Como ser mais produtivo? Como honrar e glorificar a Deus em meio a tantas atividades? Como ter equilíbrio entre os afazeres e o tempo? Todas essas questões perpassam a nossa mente ao longo da vida. Administrar os nossos recursos da melhor maneira possível para a honra e glória de Deus é um grande desafio. Mas devemos encará-lo! Em seu novo livro, o escritor e empreendedor norte-americano, Jordan Raynor, nos ensina como Jesus geriu o seu tempo na terra e como podemos segui-Lo em questões básicas dos nossos dias. Por meio de 7 princípios bíblicos, encontramos um manual para sermos intencionais, presentes e extremamente produtivos, para a honra e glória de Deus.

A última leitura de um dos meus clubes do livro foi o Redimindo o Seu Tempo, do Jordan Raynor. Inicialmente, pensei em fazer uma série de textos sobre cada um dos princípios que ele aborda. Mas ao longo da jornada de várias semanas e todas as reflexões que fizemos, entendi que o melhor caminho seria um post só, com a resenha, ainda que ficasse um pouco mais longa.

O livro é bem prático e traz uma série de ferramentas e práticas que podemos usar na gestão do nosso tempo. Para quem fala inglês, o site da obra traz vídeos, planilhas e PDF de tabelas que podemos usar para cada uma das atividades propostas. Entretanto, como o próprio autor faz questão de deixar claro, o livro não é uma mera ferramenta. Apesar de compilar conhecimentos de autores e métodos conhecidos, seu interesse é nos levar a refletir sobre porque nos organizar, porque queremos tempo livre e, sobretudo, a realinhar nosso coração e prioridades conforme a Palavra de Deus.

Quem me conhece sabe que, apesar de viver correndo com mil atividades e sempre lutando com a bagunça da casa, gosto muito de estudar produtividade e gestão do tempo, para usar tanto no escritório quanto em casa. Por ter muita clareza sobre o tanto que me falta, estou constantemente aprendendo métodos, testando formas de trabalhar melhor e mais rápido e identificando maneiras de não deixar as demandas domésticas caírem sobre a minha cabeça. E, por mais que eu não seja um desses gurus de gestão do tempo, já andei dando meus conselhos e ajudando alguns amigos por aí, quanto ao assunto.

Aprendi em minhas andanças pelo mundo corporativo que fazer certo da primeira vez leva menos tempo do que ter que ficar arrumando um serviço malfeito depois. Também aprendi que, dá para otimizar o tempo se criarmos processos e agruparmos as tarefas por tipo. Nem sempre dá para fazer assim quando estamos falando de serviço doméstico, mas conseguimos adaptar bastante.

Quando pude migrar de um trabalho operacional em uma empresa com processos e procedimentos padronizados mundialmente para uma atividade criativa em uma empresa que tinha horror a padrões, meu desafio foi colocar em prática o que aprendi. Apesar de não ter pressão da instituição, mesmo assim, criei rotinas para a minha atividade e, em menos de dois meses, tinha relatórios, dados para apresentar e uma excelente reputação quanto à minha organização dentro da equipe.

Agora sou autônoma, mas atendo um cliente com processos estabelecidos e fluxo de informação organizado, e aplico esse conhecimento para melhorar o trabalho que entrego. Ao mesmo tempo, desenvolvo rotinas para acelerar minha produção e dos colegas. Em um ano, hoje sou referência para alguns assuntos na equipe e é muito bom esse reconhecimento.

Mas, voltando ao livro, embora eu conhecesse várias práticas de gestão do tempo, nunca havia relacionado cada uma com aspectos importantes da vida espiritual e familiar, muito menos elencado prioridades sobre quais áreas atender primeiro. Então, a leitura foi uma ferramenta de alinhamento do coração e de entendimento dos meus motivos, para além de meras ferramentas para aprender e aplicar.

Dito isto, começar a olhar para o todo das minhas atribuições foi crucial, e melhor do que separar a minha vida entre tradução, casa, leituras. Sem contar que, ao ler um livro escrito por um homem empresário, a tentação de querer descartar o livro ou de querer forçar abordagens onde elas não se aplicam é grande.

A principal noção que temos ao ler o livro é de elencar prioridades. Então, estabelecer uma vida devocional deve ser nosso primeiro foco. Depois disso, eliminar as distrações e os excessos de informação e de ruídos. Isso vai nos abrir os olhos para tempo que estava desperdiçando e que podemos usar para algo útil. Depois disso, o descanso, desde noites bem dormidas, passando pelas pausas entre as atividades do dia e chegando ao descanso semanal.

Este é um dos meus desafios e uma das práticas que estou desenvolvendo ao longo das semanas, desde que terminei a leitura do livro. Ter um dia de descanso do trabalho é essencial e eu negligencio bastante.

Nas últimas semanas, estou colhendo bons frutos dessas pausas e da melhor reorganização do tempo entre atividades. Apesar de não estar com tudo rodando perfeitamente como a engrenagem de uma empresa, e de não estar fazendo várias coisas por minha conta, aprendi que posso me valer de ferramentas de gestão de tempo tanto quanto de ajudas externas. Isso tira um peso enorme das minhas costas.

Por exemplo, por mais que eu lave e seque roupas na máquina, há aquelas que é melhor secar no varal e há épocas em que faz mais sentido, com o clima de onde eu moro, secar tudo no varal. Há as que não passo, mas não abro mão de passar outras por isso, meu tempo para essa atividade precisa ser protegido. Além disso, por mais que eu lave boa parte da louça na máquina, tem peças que devem ser lavadas à mão, por mais que eu tenha uma diarista uma vez na semana, devo organizar a casa todos os dias, dar conta da roupa e da louça, fazer compras e por e tirar mesa para as refeições. Em resumo: por mais que as ferramentas ajudem e economizem um bocado de tempo, ainda nos sobra trabalho para exercer em cada área da nossa vida. De forma mais inteligente e otimizada, mas mesmo assim, trabalho. E, se sobra mais tempo para alguma atividade remunerada que possibilite ter acesso a mais ferramentas, ótimo. Se sobra tempo para lazer e descanso, com a família e sozinha, melhor.

O principal resumo que fica dessa leitura, é que quanto mais otimizado o tempo, melhor, não para que eu fique de perna para o ar, mas sim que eu trabalhe de forma inteligente, descanse sem culpa e as coisas caminhem em um mínimo de ordem. Quando o caos vier — quem tem criança pequena sabe bem o que é uma virose — que seja mais fácil saber por onde começar a colocar ordem no caos e, com isso, refletir a imagem de Deus para aqueles que estão ao nosso redor.

Espero que vocês leiam o livro e depois venham aqui me contar o que aprenderam com ele.

Skoob

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[Resenha] Adultos – Marian Keyes

adultos marian keyes

Título: Adultos

Autor: Marian Keyes

Editora: Bertrand Brasil

Ano: 2021

Páginas: 658

Sinopse:

Adultos, novo romance de Marian Keys, conta a história dos Casey: Uma família perfeita (só que não). Eles sabem bem como manter as aparências, mas quando um acidente acontece e todos os segredos da família são revelados, finalmente chega a hora de encarar a verdade.

Johnny Casey, seus dois irmãos, Ed e Liam, suas lindas e talentosas esposas e seus filhos passam bastante tempo juntos ― festas de aniversário, celebrações de bodas, viagens nos feriados. E são uma família feliz. Pelo menos Jessie, esposa de Johnny ― e também a mais rica de todos ―, pode jurar que eles são, sim. Mas basta chegar um pouco mais perto para sentir o cheiro da farsa. Enquanto uns não se suportam, outros se gostam um pouco demais da conta… Apesar disso, a ordem familiar segue inabalada, até que Cara, esposa de Ed, sofre uma concussão e se torna incapaz de guardar para si o que pensa. Basta um comentário descuidado na festa de aniversário de Johnny, com todo mundo presente, para Cara começar a vomitar todos os segredos cabeludos da família perfeita.
Depois de lavar a roupa suja, os Casey sentem que é chegada a hora de finalmente encarar a realidade, e apenas uma pergunta passa a ocupar os pensamentos dos adultos da família: será que não está na hora de crescer?

Adultos é o mais novo, mais divertido e mais engraçado romance de Marian Keyes, autora do best-seller internacional Melancia.

Adultos é o romance mais recente de Marian Keyes. Recebi o livro na caixinha do Clube de Romance da Carina Rissi e, embora tenha demorado pra ler, considerando a loucura que estava a minha vida nos últimos meses, a experiência foi sensacional. Marian Keyes dispensa maiores apresentações. Autora de obras consagradas como Melancia, Férias, e o meu queridinho, Chá de Sumiço, ela tem uma escrita que é leve e bem-humorada, mesmo quando trata de temas pesados – e ela faz isso em praticamente todos os livros que escreve. Em Adultos, não seria diferente.

A obra conta a história de uma família. Não consegui eleger um protagonista, nem um antagonista, porque da forma como Marian teceu os elementos do seu enredo, todos os adultos da história estão no centro dos conflitos, ora de forma positiva, ora de forma negativa. Em um retrato fiel da vida adulta e dos relacionamentos familiares, Marian Keyes descreve os dilemas e os dramas que irmãos, cunhados, padrastos e enteados, sobrinhos, netos, ex-maridos e namorados vivem quando se atrevem a estar em um relacionamento. Em cada página, os conflitos resultantes dos meros laços familiares surgem e se embaraçam, a ponto de não sabermos mais quem vamos defender.

O livro é longo, mas a história é tão bem escrita, que não percebemos isso e, confesso, fica difícil largar o livro e ir dormir, porque sempre tem alguma coisa importante demais acontecendo e que não podemos simplesmente deixar pra lá. Os capítulos são relativamente curtos e as partes do livro são marcadas por uma contagem regressiva no tempo. O livro começa com uma das personagens, Cara, soltando algumas verdades na cara de toda a família durante a festa de aniversário de seu cunhado, Johnny. A cena nos parece confusa, mas quando a narração volta para meses antes, e começamos a explorar a fundo, quem eram cada um daqueles sentados à mesa no dia da festa, fica mais fácil entender como tudo culminou na catástrofe que dispara a narrativa do livro.

Marian criou personagens cativantes, que não nos abandonam facilmente e que nos emocionam, cada um com uma parte de sua história. Hoje, dois dias depois que concluí a leitura, ainda sinto um aperto no peito ao lembrar deles. Queria um final diferente para alguns, livros extras para contar a história de outros, mas a verdade é que, por mais que tenham sido inventados, Cara, Ed, Johnny, Jessie, Nell, Liam, Ferdia e os demais são reais para mim. São pessoas que eu não me espantaria de encontrar em um bar hoje à noite, por exemplo.

Recomendo muito a leitura, tanto para quem já conhece a escrita brilhante da Marian Keyes quanto para quem ainda precisa ler algum de seus livros. Para quem já a conhece, fica apenas o cuidado de não esperar um humor tão explícito como nos seus outros livros. Esse é mais dramático, trata de assuntos sensíveis e tem uma carga de realidade jogada na nossa cara muito mais forte. Mas, ainda assim, e talvez especialmente por isso, sejam tão recomendados por mim.

E você, já leu? Conta pra mim o que achou?

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[Resenha] Nos Bastidores da Pixar – Bill Capodagli e Lynn Jackson

Autor: Bill Capodagli e Lynn Jackson

Editora: Saraiva

Ano: 2010

Páginas: 184

Sinopse: Os leitores aprenderão a criar o seu próprio parque de inovação por meio dos segredos do sucesso da Pixar, que incluem a simples filosofia de que a qualidade é o melhor plano de negócios. Relata também como esta divertida organização oferece um ambiente de trabalho que incentiva a imaginação, a invenção e a colaboração prazerosa entre as pessoas e os meios de trabalho.

A escolha desse livro pode parecer fora de lugar no blog, em comparação com as minhas leituras habituais e com meus gêneros preferidos. Estou lendo algumas obras de desenvolvimento pessoal, a partir de um guia com vários recursos relacionados à cultura da empresa onde trabalho. A escolha foi aleatória entre as opções disponíveis no guia e, embora eu saiba que existe muita coisa boa publicada no gênero de desenvolvimento pessoal, esse não me pegou. Talvez eu esteja indo na contramão das milhares de resenhas positivas que li sobre a obra, mas sempre sou sincera no que escrevo aqui.

Embora eu tenha achado a leitura do texto do livro arrastada e bem maçante, os temas abordados são muito relevantes, com lições excelentes para aplicarmos no nosso dia a dia. Elas estão espalhadas entre as histórias do desenvolvimento da cultura inovadora da Pixar.

Embora o livro fale de criatividade, inovação e diversão, não me diverti com a leitura! Fiz o que nunca faço em livros e acabei apenas passando o olho por algumas páginas. Realmente não me senti envolvida.

Ainda assim, quero trazer o que achei de mais relevante ao longo das quase duzentas páginas.

Uma das coisas que o livro mais destaca é a respeito da qualidade do nosso trabalho. Segundo o que os autores trazem, nossas tarefas precisam ser feitas da melhor forma possível para alcançar os fins extraordinários que queremos. A excelência em todas as etapas do processo leva a resultados que perduram no tempo. Para alcançar isso, contudo, é preciso colocar nossa dedicação na realização do trabalho, mas não em querer gerar resultados o mais rápido possível. Devemos levar o tempo necessário para que o produto seja algo memorável.

O livro também fala que a diversão no trabalho é essencial para o desempenho das nossas atividades. Segundo os autores, o ambiente divertido leva a pensar para além do comum e a encontrar soluções inovadoras para os problemas que possam surgir. Eles sugerem incentivar a personalização do local de trabalho e fomentar uma cultura de celebração, das conquistas de time e também das pessoais.

Além disso, os autores comentam também sobre a importância de incentivar a automotivação, através da autonomia para desempenhar a atividade profissional de forma criativa. Dizem também que é importante incentivar que os erros sejam encarados como aprendizado que leva à melhora do desempenho futuro.

Você já leu esse livro? O que achou?

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[Resenha] A Canção da Órfã – Lauren Kate

a canção da órfã

Título: A Canção da Órfã
Autor: Lauren Kate
Editora: Record
Ano: 2019
Páginas: 322

Veneza, século XVIII. Época em que as pessoas usavam máscaras durante a maior parte do ano; quando os amantes, em suas gôndolas, erguiam seus disfarces sob pontes para trocar um beijo; quando a música era a maior de todas as artes. Em uma era de excessos, dois órfãos – uma soprano e um violinista – sonham em ter uma família e um lugar que possam chamar de lar. Duas almas atormentadas que se entregam à música e aos mistérios das calli da cidade, em cidade, em busca de amor e redenção.

A Canção da Órfã é o livro de estreia no gênero de romance histórico de Lauren Kate. A autora ficou conhecida pela série Fallen, um romance jovem adulto sobre anjos. Não li essa série, pois o tema não costuma me chamar a atenção, mas reconheci o nome da autora quando A Canção da Órfã chegou no final do ano passado pela caixinha do Clube de Romance da Carina Rissi.

A história é sobre Letta e Milo, dois órfãos que viviam no orfanato Incuráveis. Eles foram abandonados quando ainda crianças, por suas mães e não tinham outra escolha a não ser seguir o que o destino os havia reservado. Mino, como homem, provavelmente arrumaria um emprego e deixaria o local. Já Letta, como outras mulheres, seguiria a carreira de cantora da igreja, caso conseguisse uma vaga no coro.

Ela e suas companheiras de orfanato não podiam sair sozinhas, muito menos fazer parte do carnaval, que parecia ser algo constante na Veneza do século XVIII, em que a história se passa. Os dois se conhecem por acaso, quando Letta, em uma de suas idas ao telhado para pensar sobre a sua vida e imaginar como seria ter uma vida como a das mulheres que via ali de cima.

Ao compartilharem seus sonhos e o amor pela música, além de uma música em comum, nasce ali uma grande amizade, que logo se transforma em amor. Entretanto, algumas reviravoltas da vida, além de diferenças nos sonhos de cada um acabam separando o caminho dos dois e cada um vai seguir seu caminho.

Mino vai seguir sua vida como aprendiz no estaleiro, enquanto Letta é promovida para o coro, e também ainda consegue cantar, algumas noites, em um cassino chamado La Sirena. Seus caminhos teriam tudo para não se cruzarem mais, se não fosse o destino, que deu seu jeitinho para que os dois se reaproximassem.

A leitura me agradou bastante. A autora traz elementos históricos bastante consistentes e podemos nos imaginar pelas ruas e canais de Veneza, desfrutando do Carnevale daquele tempo distante. A escrita é bastante poética e nos leva justamente para dentro dos sentimentos de Letta e de Mino. Cada evento que acontece nos alegra e nos emociona como se estivéssemos na pele dos personagens.

Talvez por isso, por ser tão real e tratar de sentimentos tão humanos, apesar de usar fatos que eram costumeiros em uma época tão distante, a narrativa em um certo ponto toma o ritmo da vida: lenta, morosa e sem muitas novidades por algum tempo. Mais ao final o ritmo se torna mais ágil, levando a um final belíssimo.

Eu recomendo muito a leitura. Não li tantos romances históricos na vida, mas já é um gênero que tem estado no meu radar e no qual eu quero investir em futuras leituras. Caso a Lauren Kate decida explorar mais este gênero, possivelmente lerei suas obras!

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[Reflexões] Socorro, não tenho tempo – Parte 5

Temos falado em alguns posts sobre as lições ensinadas no livro Socorro, não tenho tempo. A cada capítulo somos levadas a refletir sobre nosso papel com mulheres cristãs, na família, na igreja e na sociedade, quando desempenhamos uma atividade profissional fora do lar, ou à parte dele.

No post de hoje o tema é “Relacionamento”. As nossas amizades influenciam muito em como levamos as nossas vidas, seja para o bem ou para o mal. Por isso, é essencial aprender a identificar quais relacionamentos merecem nossa atenção mais dedicada e quais relacionamentos precisamos realmente abandonar.

Vamos começar por esses, pois o critério é bem simples. Você consegue identificar amizades que são essencialmente mundanas e não nos aproximam do Senhor? Estas pessoas, ao invés de nos levarem a termos um relacionamento mais próximo com Deus, ou a estudar mais a Palavra, acabam nos influenciando a ter uma prática de vida que é contrária à Palavra de Deus. Neste caso, quanto menos tempo estivermos envolvidas com essas pessoas, melhor. É importante ir se afastando deste tipo de amizades e buscar ter mais tempo investido em relacionamentos que nos aproximam de Deus.

Os relacionamentos que merecem nossa atenção, são, como já indiquei, os que nos aproximam de Deus. Devemos investir tempo em amizades que nos ajudam a melhorar como pessoa, que confrontam nossos pecados em amor e nos ensinam, com palavras e exemplos.

Além disso, devemos estar perto de pessoas que precisam de amizade. Sabemos o quanto é ruim estarmos sozinhas ou isoladas em um ambiente e devemos trabalhar para que as pessoas se sintam acolhidas em nosso meio, seja na igreja ou em outros locais. Eu já passei por essa situação de não me encaixar em nada e não é nada legal. No fim das contas, eu acabo me afastando de ambientes onde me sinto um peixe fora d´água, mas também não gosto de me sentir sozinha, por isso, investir em novas amizades e tentar criar alguns vínculos tem sido meu desafio nos últimos tempos.

Outro tipo de relacionamento que precisamos ter é aquele com pessoas que não professam a mesma fé que a nossa. Isso não significa que vamos nos distanciar da nossa fé, nem relativizar princípios bíblicos em nome da boa convivência, mas sim, que podemos aprender muito com estas pessoas, sobre como elas pensam e em como sua fé, se tiverem alguma, influencia seu modo de viver. Também pode ser uma boa oportunidade de desfazer preconceitos com relação aos cristãos, considerando os vários escândalos e polêmicas que tem sido televisionados nos últimos tempos, e o péssimo testemunho de algumas pessoas que acabam influenciando na opinião dos de fora e os afastando mais ainda do Evangelho.

O capítulo do livro traz alguns exemplos mais práticos de como investir ou se afastar de relacionamentos, conforme seja o caso, mas como eu havia dito, o propósito desta série de posts é trazer mais claros os pontos que me chamaram atenção. Se você leu o livro, me conte o que achou. Se não leu, mas tem algo a contribuir sobre esses textos, também me diz aí nos comentários a sua opinião!

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[Reflexões] Socorro, não tenho tempo – Parte 4

Se você ainda não viu os posts anteriores, eu tenho falado, a cada semana, sobre os aprendizados que tirei do livro Socorro, não tenho tempo. Este livro fininho traz ensinamentos muito relevantes para a nossa vida cristã, por isso, ao invés de fazer uma resenha dele, como faço para outras leituras, resolvi escrever um pouco mais sobre as lições que aprendi.

A primeira lição foi acordar cedo, e a segunda, assentar-se aos pés de Jesus. Hoje, quero falar sobre planejamento. Nesse capitulo, acredito que esteja a maioria das coisas que aprendi com esse livro. Primeiro, porque as autoras apresentam uma forma de planejamento que eu nunca tinha imaginado fazer. Além disso, elas indicam que esse planejamento deve levar em conta prioridades específicas, os pilares da vida de uma mulher cristã.

Segundo as autoras, devemos avaliar as diversas áreas da nossa vida e estabelecer um plano de ação para cada uma. A forma como elas fazem isso é separando um dia inteiro para esta tarefa, na qual farão um devocional, orarão por cada aspecto das suas vidas e traçarão um plano para conseguir atingir os seus objetivos em cada uma dessas áreas. O ideal é reservar um quarto de hotel ou um dia em que você sabe que estará sozinha em casa, para que possa fazer todo este trabalho sem interrupções.

As prioridades que elas elencam, a partir das Escrituras, são as seguintes:

Crescer em Santidade

Devemos tornar nossos períodos de devocional mais frutíferos, buscando melhorar nosso tempo com Deus. É aqui nesta atividade que identificaremos as áreas da nossa vida que precisam de mudança. Ao buscar a santidade, estaremos mais preparadas para ouvir o que Deus tem a nos dizer para as outras áreas da nossa vida.

Amar a família

Aqui, devemos listar nossos familiares mais próximos e identificar qual deles precisa de mais atenção neste momento. Como essa avaliação deve ser repetida a cada seis meses ou um ano, essas pessoas e as ações que tomaremos mudarão. Devemos identificar, aqui, de que formas práticas poderemos demonstrar amor para estas pessoas.

Servir a igreja

Devemos avaliar nossa participação na igreja local e identificar se estamos desenvolvendo e aplicando nossos dons de maneira satisfatória para servir aos irmãos.

Comunhão com outros cristãos

Neste aspecto, devemos identificar os relacionamentos que temos, e criar um plano de ação para podermos exercitar a comunhão com outros cristãos. Também, devemos identificar se não estamos investindo em relacionamentos que impedem a nossa comunhão com Deus e com outros cristãos. O destaque aqui é que devemos aprender a investir em relacionamentos frutíferos com outros cristãos.

Evangelizar não cristãos

É muito importante identificar oportunidades de desenvolver, também, amizades com não cristãos, para que seja possível pregar o evangelho a eles. Por mais que seja importante termos tempo com amigos cristãos, não fomos chamadas para viver em uma bolha, e o relacionamento com pessoas que não são cristãs pode ser uma excelente forma de apresentar a graça de Jesus a elas. Os relacionamentos sempre foram a forma mais efetiva de evangelização, por isso, devemos ter tempo para estas amizades também.

Realizar seu trabalho

Seja qual for o seu trabalho, desempenhá-lo de forma excelente é uma forma de glorificar a Deus. Ainda que sejamos profissionais que atuam fora do lar, nossa família é nossa prioridade um, e devemos dedicar nossas forças para servir ao esposo e aos filhos, sem deixá-los de lado em nome do exercício profissional. É uma das coisas mais difíceis encontrar esse equilíbrio, por isso devemos colocar toda a nossa vida diante de Deus e ele nos ajudará a colocar as nossas prioridades na ordem certa, dando graça para que façamos as melhores escolhas.

Cuidar do corpo

Devemos também atentar para o cuidado com o nosso corpo. Precisamos identificar o que é preciso fazer para que nos cuidemos de forma adequada. Seja corrigir a nossa alimentação ou investir em atividades físicas, precisamos sim investir em nossa saúde física. Assim, teremos disposição para servir aos nossos familiares, para trabalhar, servir a igreja e ter uma vida feliz e saudável.

Conclusões

Uma dica importante é que não devemos tentar mudar tudo de uma vez só. É preciso identificar onde estamos precisando investir mais do nosso tempo e intensificar as ações para esta área. Com o tempo, a área em que investimos estará sob controle e equilibrada e assim poderemos continuar cuidando dela e identificar qual outro aspecto precisa de um pouco mais de atenção.

Outra coisa que precisamos enfiar na cabeça é que por mais que a vida esteja louca, precisamos tirar esse tempo de planejamento. Não devemos esperar que a vida fique sossegada para poder parar e fazer isso, porque infelizmente a tendência é de cada vez mais correria. As pressões que sofremos são o motivo pelo qual devemos sim nos planejar. A vida de Jesus é um exemplo da importância de retiros individuais para o desenvolvimento das demais áreas da nossa vida. Justamente por ter tantas demandas, é que ele se retirava para orar e buscar a orientação de Deus.

Como eu disse, esse capítulo está recheado de ensinamentos. Nem tudo o que aprendi aqui eu já coloquei em prática, mas pretendo começar a fazer esse planejamento geral da vida, colocar sob teste as dicas que este capítulo apresentou e ver o que funciona e o que não funciona na minha rotina.

Você já conhecia essa forma de planejamento? Como você organiza as várias demandas da sua vida?

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[Reflexões] Socorro, não tenho tempo – Parte 3

Continuando a falar sobre o livro Socorro, não tenho tempo, como tenho feito há algumas semanas, hoje quero falar sobre a segunda dica que as autoras trazem no livro.

A primeira dica, que é a de acordar cedo e não enrolar pra começar as atividades do dia, está intimamente ligada com a segunda, que é: assentar-se aos pés de Jesus.

Acordar cedo vai ser excelente para sua produtividade. Você vai começar a administrar seu tempo melhor, vai conseguir fazer mais coisas. Mas como mulheres cristãs, não queremos ser apenas produtivas, certo? Queremos que Deus seja glorificado em nossa vida, por isso, tirar um tempo para aprender com ele, é essencial para nós.

Segundo as autoras, o ideal é que você tenha contato com a palavra de Deus logo pela manhã, antes mesmo de se arrumar para o trabalho ou fazer o café da família. Claro que, se somos donas de casa e não precisamos sair para trabalhar, é só uma questão de reorganizar as atividades matinais pra poder colocar o devocional como a primeira coisa do dia, antes até que o resto da família acorde.

Se você, como eu, já acorda cedo demais e ainda assim precisa correr pra não perder a hora do trabalho, pode ser que precise encontrar outro momento para seu devocional diário. Eu acabo usando o trajeto até o trabalho para fazer isso. Sempre li alguma coisa nesse tempinho, mas depois da leitura desse livro, resolvi dedicar a primeira leitura da manhã para a Bíblia. Aí o livro fica pra hora do almoço ou pra viagem de volta. E vários outros momentos também.

Mas, independente da hora em que você vai fazer seu devocional, é importante pensar no motivo pelo qual as autoras falam disso como uma prioridade. Como cristãs, nossa prioridade deve ser ler a Bíblia e orar. Só depois de colocarmos nossos pensamentos e ações sob o crivo de Deus é que devemos seguir com nossos planos.

Quando nos sentamos aos pés de Jesus recebemos graça para lidar com o tempo; sabedoria para como nos comportamos; direção para as decisões que temos que tomar; e paz no meio de toda essa confusão que é a nossa vida.

Além disso, colocar nossa vida nas mãos do Senhor todos os dias, antes de começar a desempenhar qualquer coisa, nos ensina a sermos dependentes dele e a confessar que somos incapazes de fazer as coisas sem a ajuda dele.

Quando não colocamos nossa vida nas mãos de Deus, demonstramos com arrogância que não nos importamos com o que ele tem para nós.

Para ajudar a começar este hábito, defina o tempo que vai ser usado para o devocional. Se for de manhã, que hora, e qual duração. Este é o compromisso mais importante do seu dia, portanto, nada de flexibilizar demais.

Além disso, escolha um plano de leitura para seguir durante estes momentos. Temos a tendência de sempre escolher as passagens de que mais gostamos, ao passo que um plano de leitura ajuda a seguir ao longo de toda a Bíblia ou então um certo eixo temático que pode ser bem eficiente para esses momentos de devocional.

Desligue a televisão. Sem perceber, passamos tempo demais em frente à televisão ou computador, e quando nos damos conta, não temos mais tempo nem disposição para passar nosso tempo de qualidade com Deus. Sejamos firmes em restringir o tempo de televisão para que tenhamos um período de devocional produtivo e frutífero.

Eu tenho tentado manter uma certa rotina nas minhas manhãs. Na semana passada acordei um pouco mais cedo quase todos os dias e consegui ganhar um pouco mais de tempo sem prejudicar meu rendimento no trabalho ou ficar muito sonolenta. Vou tentar essa semana novamente.

Como você organiza seu tempo para o devocional? Conta pra mim nos comentários e vamos aprendendo umas com as outras!

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[Resenha] Desencantada – Carina Rissi

Título: Desencantada

Autor: Carina Rissi

Editora: Verus

Ano: 2018

Páginas: 476

Sinopse:

O quinto volume da série best-seller Perdida.

Valentina de Albuquerque descobriu muito cedo que não é nenhuma princesa encantada. Em vez de bailes e romance, tudo o que a jovem deseja é encontrar um jeito de viver com dignidade longe do pai e da madrasta, que tem como hobby fazer da vida dela um inferno. A oportunidade surge com uma proposta de casamento. Quase passando da idade de se casar, Valentina cogita aceitar. Seu coração não se alvoroça com o pretendente, mas ela não está à procura do amor. Seria um bom arranjo… se o capitão Leon Navas não cruzasse o seu caminho. O misterioso espanhol é mal-educado, irritante, atrevido — além de lindo —, e Valentina ficaria muito feliz se jamais voltasse a vê-lo. Mas o destino parece decidido a reuni-los, e, após um equívoco embaraçoso, ela está noiva de Leon, de quem pouco sabe, exceto que seu coração dispara toda vez que seus olhares se cruzam e que irritação não é o único sentimento que o capitão lhe desperta. Então Valentina sofre um terrível acidente. Assustada, porém disposta a provar que não foi um simples acaso, ela vai atrás do responsável. Entre suspeitas, disfarces, segredos e contratempos, a moça acaba sucumbindo à irresistível e devastadora paixão, sem se dar conta de que o perigo ainda está à espreita… Poderá uma garota nem um pouco encantada viver um conto de fadas e conseguir o seu final feliz?

O que eu achei de Desencantada?

Desencantada conta a história de Valentina, uma personagem que conhecemos desde o primeiro volume da série. Neste livro, contado a partir da perspectiva dela, conhecemos mais sobre a sua história e seus dramas familiares.

Valentina acabou se tornando uma moça com pretensões diferentes das de sua idade. Após o casamento do pai com Miranda ela precisou aprender a viver de forma muito diferente. A família havia perdido o patrimônio, ela não tinha mais um dote atraente e teve que se mudar da vila. Ela vê no casamento uma oportunidade de deixar a casa do pai para ter um pouco de paz. Ela até recebe uma proposta de casamento, mas isso não tem nada de romântico. Ainda assim, ela não aceita.

Porém, parece que o destino está determinado a colocá-la diante do amor. E aparentemente este chega personificado em Leon Navas, um capitão espanhol, lindo e irritante na mesma proporção. Após terem sido flagrados em uma situação constrangedora, são obrigados a se casar.

As coisas mudam quando ela sofre um acidente e é dada como morta. Porém, o tal acidente foi na verdade uma tentativa de homicídio. Como não tem muitas referências sobre seu algoz, ela precisa de mais informações. Para investigar, volta à cidade com uma nova identidade, para tentar descobrir o que lhe aconteceu.

Durante essa trajetória de medos e desconfianças, ela se aproxima mais e mais de Leon. Tantas reviravoltas nos deixam agoniados pela próxima página e, gostando ou não da história, é impossível largar antes do final. Realmente, li o livro de uma tacada só em um fim de semana.

A leitura tem as características marcantes da Carina. Livros longos que não nos incomodam, pois os personagens são envolventes, com diálogos ágeis. O texto é escrito de forma a nos colocar na pele dos personagens e quase prever suas falas e sentimentos, segundos antes de ler cada frase. É uma leitura que recomendo muito, apesar de algumas críticas, que não tem tanto a ver com a história em si.

Este é o quinto volume da série Perdida, da Carina Rissi. Embora seja parte de uma trama completa, não é impossível ser lido de forma independente. Os elementos necessários para compreender a história são todos explicados, ainda que de forma superficial, e não há problema com isso.

Perdida é um dos meus livros favoritos, que me apresentou aos romances de época e outros autores nacionais. Na época de seu lançamento, o estrondoso sucesso da premissa fez com que os leitores pedissem cada vez mais. E é aí que eu faço a minha crítica (e não só aos livros da Carina): as editoras querem ganhar dinheiro, é óbvio. Escrever, publicar e todas as atividades envolvidas na produção de um livro são trabalho e devem ser muito bem remuneradas por isso. Mas, com isso, algumas vezes, elas acabam dando passos não muito inteligentes ao explorar demais uma história ou um universo.

Perdida é um livro fantástico, com uma premissa ousada e que levou a Carina até pra fora do país. Quando eu a conheci, já havia até sido lançado o segundo volume, e eu achei que estava bom, que a história podia acabar. Já lemos outros livros dela e sabemos que criatividade é o que não falta naquela cabecinha. Mas na ocasião em que ela havia vindo à minha cidade para um evento, ficamos sabendo que a série seria composta de seis volumes. Fiquei com medo.

Não acho que a Carina perdeu a mão. Ela soube expandir o universo que havia criado de forma a que as coisas fizessem sentido e ficassem sem furos, temos as suas melhores qualidades em seu texto e também é possível perceber o quanto amadureceu enquanto escritora ao chegar em Desencantada.

Mas ainda que não tenha perdido a mão, acho que não precisava. Amo as histórias que ela escreve, mas confesso que gostaria de ler coisas diferentes com personagens diferentes. Quero me apaixonar do zero, por outros personagens. Amo os Clarke, Sofia e toda a essa turma que conheci, mas acho que já está na hora de mudar de ares.

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[Resenha] Simplesmente o Paraíso – Julia Quinn

Honoria Smythe-Smith é parte do famoso quarteto musical Smythe-Smith, embora não se engane e saiba que o dito quarteto carece sequer do menor sentido musical e tem esperanças postas que esta seja a última vez que se submeta a semelhante humilhação. Esta será sua temporada e com um pouco de sorte conseguirá um marido.

Durante um jantar, põe seus olhos em Gregory Bridgerton, um dos mais jovens da família Bridgerton. Sabe que não está apaixonada, mas ele parece uma opção mais que válida.

Marcus Holroyd é o melhor amigo do irmão de Honoria, Daniel, que vive exilado na Italia. Ele prometeu olhar por ela e leva suas responsabilidades muito seriamente. Odeia Londres e durante toda a temporada, permaneceu vigilante e intermediou quando acreditava que o pretendente não era o adequado.

Honoria e Marcus compartilham uma amizade, pouco atípica, fruto dos anos que se conhecem e que o torna parte da família.

Entretanto, um desafortunado acidente faz que ambos repensem sua relação e encontrem a maneira de confrontar o que surge entre eles, se tiverem coragem suficiente

Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Ano: 2017
Páginas: 272

O que eu achei de Simplesmente o Paraíso?

Simplesmente o Paraíso conta a história de Honoria, uma das integrantes do quarteto Smythe-Smith, cuja fama já conhecemos em Os Bridgertons. Ela já está há algumas temporadas em busca de um marido para poder se livrar do calvário que é se apresentar com as primas, tão sem talento musical quanto ela. Mas, o recital é uma tradição familiar, e a felicidade da sua família é o mais importante para Honoria.

Por isso, cada temporada social em Londres é uma oportunidade de conseguir um marido, mas apesar de seu empenho, nenhum pretendente leva até o fim as suas intenções. 

Mal sabe ela que Marcus Holroyd, amigo de seu irmão Daniel, e praticamente parte da família desde a infância, é o responsável por seus fracassos neste aspecto.

Ele fez uma promessa a Daniel, quando este teve que deixar o país às pressas, de cuidar de sua irmã e garantir que nenhum mau partido se aproximasse dela.  

A amizade entre os dois foge dos padrões de contato entre um homem e uma mulher naquela época. Quando um acidente acontece e os força a passarem mais tempo juntos do que antes, eles começam a repensar a sua amizade e a se enxergar de forma diferente.

Honoria é uma personagem muito bondosa e, apesar de não ser uma das mulheres fortes que a Julia Quinn escreveu em Os Bridgertons, tem seus encantos e é essa suavidade dela que torna o primeiro livro da série algo único. 

O relacionamento entre ela e Marcus vai se desenvolvendo de uma amizade sólida e sincera, para um amor igualmente sincero. Desde o começo percebemos mudanças na forma como os dois veem um ao outro e, em várias ocasiões, fica inclusive muito claro para outros personagens, que o que eles sentem é muito mais do que uma simples amizade de infância.

Assim como os demais livros da autora, a trama de Simplesmente o Paraíso é bastante doce e divertida, escrita de forma a nos envolver do começo ao fim. O fato de estar relacionado ao universo de Os Bridgertons, é algo que me ajudou também a me apegar facilmente aos personagens desta nova série. Não vejo a hora de ler os próximos volumes!

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[Resenha] Mar de Rosas – Nora Roberts

Blog da Ju Mar de Rosas

Emma Grant é a decoradora da Votos, empresa de organização de casamentos que fundou com suas três melhores amigas de infância – Mac, Parker e Laurel. Ela passa os dias cercada de flores, imersa em seu aroma, criando e montando arranjos e buquês. Criada em uma família tradicional e muito unida, Emma cresceu ouvindo a história de amor dos pais. Não é de espantar que tenha se tornado uma romântica inveterada, cultivando um sonho desde menina: dançar no jardim, sob a luz do luar, com seu verdadeiro amor. Os pais de Jack se separaram quando ele era garoto, e isso lhe causou um trauma muito profundo. Ele se tornou um homem bonito e popular entre as mulheres, porém incapaz de assumir um compromisso. Quando Emma e suas três amigas fundaram a Votos, foi Jack, o melhor amigo do irmão de Parker, quem cuidou de toda a reforma para transformar a propriedade no melhor espaço para casamentos do estado.

Mar de Rosas é o livro mais romântico e fofo da série Quarteto de Noivas. Emma, a sócia da Votos (empresa de organização de casamentos que ela e as amigas administram), é a responsável pela decoração e pelas flores dos casamentos realizados ali. Ela cresceu em uma família estruturada e amorosa, o que a fez acreditar fortemente no amor e desejar, com todas as forças, encontrar o seu par perfeito e um amor verdadeiro.

Jack, por sua vez, é o amigo delas, arquiteto responsável tanto pelos projetos da empresa como dos particulares. Melhor amigo de Delaney, ele assim como o amigo as ama como a irmãs. Sua convivência na casa e na empresa é livre e bem íntima, como se eles realmente fizessem todos parte da mesma família.

Tudo ia muito bem até que os dois perceberam que havia algo além de uma amizade fraternal entre eles. Quando se dão conta disso, eles ficam preocupados com os efeitos que isso poderia ter em sua amizade e nas pessoas à sua volta, pois temiam que caso tudo desse errado, eles não tivessem mais a mesma intimidade e liberdade que tinham.

Quando Jack rouba um beijo de Emma, e eles percebem que o que sentem é mútuo, descobrem ao mesmo tempo que não vão mais conseguir reprimir o desejo e também que não tem como o relacionamento deles dar certo, pois os dois são completamente diferentes. Emma é romântica e sonhadora e, por mais que tenha o homem que quiser aos seus pés, quer encontrar alguém com quem dividir a vida, assim como aconteceu com os seus pais.

Jack, por sua vez, ama seu espaço e a sua liberdade, e por mais que esteja muito a fim de Emma, os dois sabem que é algo apenas físico. Ou pelo menos é o que eles imaginam.

A narrativa de Mar de Rosas continua da mesma forma como no livro anterior. Nora Roberts alterna sutilmente entre os pontos de vista dos dois personagens principais e também, em poucos momentos, dos outros personagens. Isso dá uma ampla visão ao leitor do que está acontecendo, sem tirar a emoção da narrativa. Este, aliás, é um livro super fofo e que faz suspirar.

Como já conhecemos os personagens do livro anterior, é mais fácil mergulhar na história e se envolver com os personagens, embora não seja tão simples mudar de estar dentro da mente de Mac (do primeiro livro) para ver o mundo pelos olhos de Emma, já que elas são bem diferentes.

Mesmo assim, é uma leitura rápida e que certamente agrada quem gosta de um  bom romance. Li o livro muito rápido, tanto por ter gostado da história como por ter aproveitado para ler a série durante um período de férias. Recomendo!