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Liturgia do Ordinário

Este post não está marcado como resenha, pois ao invés de simplesmente escrever uma resenha, assim como fiz com a série de posts sobre o livro Socorro, não tenho tempo, achei mais interessante escrever sobre as reflexões que esse livro me trouxe.

O livro é o Liturgia do Ordinário, escrito por Tish Harrison Warren. Eu li a versão original, em inglês, pois a versão traduzida estava disponível apenas para assinantes da Box95, que eu parei de assinar há algum tempo.

Este livro traz uma série de reflexões sobre como cada acontecimento do nosso dia pode nos fazer refletir e aprender sobre Deus e as verdades sublimes do evangelho. Fiz alguns comentários breves aqui sobre o que me chamou a atenção em cada capítulo. A linguagem do livro é bastante simples e nos faz pensar bastante. Vale a pena a leitura.

Acordar: A primeira lição que aprendemos é a de que somos amados por Deus, independente do que façamos. O amor de Deus por nós não é dimensionado a partir de nossos esforços para chamarmos sua atenção.  

Arrumar a cama: Aqui aprendemos sobre as tarefas repetitivas, que nos ensinam, no dia a dia e na liturgia do nosso culto, a amar determinadas coisas. Assim como aprendemos em Você é aquilo que ama, essas repetições nos direcionam o coração a algo, que pode ou não ser Deus. Nossa vida inteira é formada de pequenos hábitos e práticas que repetimos todos os dias.

Escovar os dentes: Aprendemos que precisamos cuidar do corpo na medida certa. Não precisamos considerar o corpo desnecessário para nossa saúde espiritual, mas também não devemos ter uma preocupação exagerada com a estética ou com dietas e exercícios. Devemos cuidar do nosso corpo pelo que ele é. Uma criação de Deus, preciosa e amada e que está incluída no plano de redenção de Cristo. O fato de Jesus ter encarnado é uma prova de que nossos corpos serão renovados como o dele foi e estarão conosco pela eternidade. Nosso corpo deve fazer parte da nossa adoração, tanto na nossa vida ordinária, quanto em atos especialmente litúrgicos.

Perder as chaves: Aqui somos confrontados em nosso comportamento quando as coisas fogem do nosso controle. É muito fácil ser uma boa pessoa ou um bom cristão quando tudo está acontecendo conforme o que a gente planejou. É quando as coisas dão errado e o apocalipse acontece que as nossas falhas, quem nós somos debaixo de todas as capas que nos colocamos, se revela e ainda que momentaneamente vem a tona (e não é que este é exatamente o sentido de apocalipse?). Nesses momentos, não precisamos cair no sentimento de culpa, mas sim é essencial identificar aquilo em nós que não glorifica a Deus e confessar essas falhas a Ele e trabalhar para que elas sejam corrigidas. Esses eventos servem também para mostrar nossas verdadeiras lealdades e idolatrias. Quando algo sai de nosso controle, somos confrontados com os falsos deuses da vida confortável, da estabilidade, da segurança que constantemente colocamos no lugar de Deus em nossa vida.

Comendo sobras: Ainda que a nossa relação com a comida não seja meramente de alimentação, mas tenha diversos aspectos, entre eles o social e o emocional, a maior parte do tempo, nossas refeições são rotineiras e repetitivas. Assim como as refeições especiais são uma exceção, a nossa experiência com a igreja e a vida devocional é formada das diversas lições simples e constante, que nos fortalecem e nos nutrem para o dia a dia, não das coisas extraordinárias que podem acontecer de vez em quando. Nossa relação com a fé tem sido muito influenciada pela relação de consumo que trazemos de outras áreas da vida, porque temos buscado na igreja aquilo que nos agrada, diverte e chama a atenção, ao invés de encarar o culto como algo que oferecemos a Deus ou como um lugar onde somos nutridos naquilo que precisamos.

Brigar com meu marido: Este é mais um capítulo que traz um lado de nós do qual não nos orgulhamos. Aprendemos que ser pacificadores não é tão simples para ser aplicado nas relações mais próximas de nós. Somos testados o dia todo por aqueles que estão mais perto. Perdemos a paciência e magoamos com muita facilidade, mas também somos ensinados a perdoar e a pedir perdão todos os dias e várias vezes ao dia. 

Responder e-mails: Qualquer que seja a nossa atividade diária, por menor que seja a função, o trabalho não é um fim em si mesmo e não é feito para nós. Nossa satisfação pessoal e o reconhecimento dos outros é muito agradável, mas não pode ser o nosso objetivo. Ainda que não sejamos promovidos ou ganhemos mais, devemos trabalhar com a mesma motivação e qualidade, porque trabalhamos para Deus e para servir às pessoas, vivendo na prática os princípios bíblicos.

Parada no trânsito: Aqui trabalhamos a questão da impaciência, quando temos que esperar as respostas de Deus. A impaciência é a raiz de todo problema em relação ao pecado, porque demonstra nossa incapacidade de esperar pelo que Deus está fazendo por nós. Ele está trabalhando em nós e através de nós, para nos levar até ele, então boa parte do que temos a aprender na vida tem a ver com espera, por mais que não estejamos acostumados a esperar por nada, nesse mundo acelerado em que estamos vivendo. 

Ligar para uma amiga: A comunhão entre amigos na igreja, entre pessoas que não seríamos amigos se não fosse pela fé em comum é a grande beleza da igreja invisível. Mais do que apenas uma amizade por interesses comuns o vínculo que existe é a fé. As necessidades da amizade (ligar para uma amiga, ou atender uma ligação de uma amiga), assim como a liturgia, ensina que somos chamados e respondemos a este chamado, constantemente, até que Jesus volte. Estamos indo até ele, mas também ele está vindo até nós.

Tomar chá: Precisamos aprender a entender a necessidade do lazer como parte de nossa rotina. Não podemos nos esquecer de fazer as coisas que gostamos, na medida certa, sem idolatrar o lazer a ponto de somente nos guiarmos por aquilo que amamos nem deixar de fazer coisas importantes para gastar tempo com atividades de entretenimento.

Dormir: O sono é uma necessidade básica do ser humano. É uma característica da nossa limitação, da nossa finitude e da necessidade que nosso corpo tem de se recuperar. É uma lembrança de que somos frágeis e não duraremos para sempre. Também é uma forma de nos lembrarmos todos os dias de que dependemos de Deus para nos levantarmos, para cuidar de nós enquanto não estamos conscientes e de termos a certeza de que ainda que não estejamos no controle de tudo o tempo todo, Ele está. Ele sabe muito bem o que precisamos e cuida de todas as coisas, mesmo depois que fechamos os olhos. 

Espero que este post tenha contribuído para as suas atividades diárias, em casa ou no trabalho, e até mesmo na igreja, e a refletir até mesmo sobre as coisas simples do seu dia a dia. Tem algo que não foi abordado aqui? Conta pra mim nos comentários!

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[Reflexões] Socorro, não tenho tempo – Parte 5

Temos falado em alguns posts sobre as lições ensinadas no livro Socorro, não tenho tempo. A cada capítulo somos levadas a refletir sobre nosso papel com mulheres cristãs, na família, na igreja e na sociedade, quando desempenhamos uma atividade profissional fora do lar, ou à parte dele.

No post de hoje o tema é “Relacionamento”. As nossas amizades influenciam muito em como levamos as nossas vidas, seja para o bem ou para o mal. Por isso, é essencial aprender a identificar quais relacionamentos merecem nossa atenção mais dedicada e quais relacionamentos precisamos realmente abandonar.

Vamos começar por esses, pois o critério é bem simples. Você consegue identificar amizades que são essencialmente mundanas e não nos aproximam do Senhor? Estas pessoas, ao invés de nos levarem a termos um relacionamento mais próximo com Deus, ou a estudar mais a Palavra, acabam nos influenciando a ter uma prática de vida que é contrária à Palavra de Deus. Neste caso, quanto menos tempo estivermos envolvidas com essas pessoas, melhor. É importante ir se afastando deste tipo de amizades e buscar ter mais tempo investido em relacionamentos que nos aproximam de Deus.

Os relacionamentos que merecem nossa atenção, são, como já indiquei, os que nos aproximam de Deus. Devemos investir tempo em amizades que nos ajudam a melhorar como pessoa, que confrontam nossos pecados em amor e nos ensinam, com palavras e exemplos.

Além disso, devemos estar perto de pessoas que precisam de amizade. Sabemos o quanto é ruim estarmos sozinhas ou isoladas em um ambiente e devemos trabalhar para que as pessoas se sintam acolhidas em nosso meio, seja na igreja ou em outros locais. Eu já passei por essa situação de não me encaixar em nada e não é nada legal. No fim das contas, eu acabo me afastando de ambientes onde me sinto um peixe fora d´água, mas também não gosto de me sentir sozinha, por isso, investir em novas amizades e tentar criar alguns vínculos tem sido meu desafio nos últimos tempos.

Outro tipo de relacionamento que precisamos ter é aquele com pessoas que não professam a mesma fé que a nossa. Isso não significa que vamos nos distanciar da nossa fé, nem relativizar princípios bíblicos em nome da boa convivência, mas sim, que podemos aprender muito com estas pessoas, sobre como elas pensam e em como sua fé, se tiverem alguma, influencia seu modo de viver. Também pode ser uma boa oportunidade de desfazer preconceitos com relação aos cristãos, considerando os vários escândalos e polêmicas que tem sido televisionados nos últimos tempos, e o péssimo testemunho de algumas pessoas que acabam influenciando na opinião dos de fora e os afastando mais ainda do Evangelho.

O capítulo do livro traz alguns exemplos mais práticos de como investir ou se afastar de relacionamentos, conforme seja o caso, mas como eu havia dito, o propósito desta série de posts é trazer mais claros os pontos que me chamaram atenção. Se você leu o livro, me conte o que achou. Se não leu, mas tem algo a contribuir sobre esses textos, também me diz aí nos comentários a sua opinião!

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[Reflexões] Socorro, não tenho tempo – Parte 4

Se você ainda não viu os posts anteriores, eu tenho falado, a cada semana, sobre os aprendizados que tirei do livro Socorro, não tenho tempo. Este livro fininho traz ensinamentos muito relevantes para a nossa vida cristã, por isso, ao invés de fazer uma resenha dele, como faço para outras leituras, resolvi escrever um pouco mais sobre as lições que aprendi.

A primeira lição foi acordar cedo, e a segunda, assentar-se aos pés de Jesus. Hoje, quero falar sobre planejamento. Nesse capitulo, acredito que esteja a maioria das coisas que aprendi com esse livro. Primeiro, porque as autoras apresentam uma forma de planejamento que eu nunca tinha imaginado fazer. Além disso, elas indicam que esse planejamento deve levar em conta prioridades específicas, os pilares da vida de uma mulher cristã.

Segundo as autoras, devemos avaliar as diversas áreas da nossa vida e estabelecer um plano de ação para cada uma. A forma como elas fazem isso é separando um dia inteiro para esta tarefa, na qual farão um devocional, orarão por cada aspecto das suas vidas e traçarão um plano para conseguir atingir os seus objetivos em cada uma dessas áreas. O ideal é reservar um quarto de hotel ou um dia em que você sabe que estará sozinha em casa, para que possa fazer todo este trabalho sem interrupções.

As prioridades que elas elencam, a partir das Escrituras, são as seguintes:

Crescer em Santidade

Devemos tornar nossos períodos de devocional mais frutíferos, buscando melhorar nosso tempo com Deus. É aqui nesta atividade que identificaremos as áreas da nossa vida que precisam de mudança. Ao buscar a santidade, estaremos mais preparadas para ouvir o que Deus tem a nos dizer para as outras áreas da nossa vida.

Amar a família

Aqui, devemos listar nossos familiares mais próximos e identificar qual deles precisa de mais atenção neste momento. Como essa avaliação deve ser repetida a cada seis meses ou um ano, essas pessoas e as ações que tomaremos mudarão. Devemos identificar, aqui, de que formas práticas poderemos demonstrar amor para estas pessoas.

Servir a igreja

Devemos avaliar nossa participação na igreja local e identificar se estamos desenvolvendo e aplicando nossos dons de maneira satisfatória para servir aos irmãos.

Comunhão com outros cristãos

Neste aspecto, devemos identificar os relacionamentos que temos, e criar um plano de ação para podermos exercitar a comunhão com outros cristãos. Também, devemos identificar se não estamos investindo em relacionamentos que impedem a nossa comunhão com Deus e com outros cristãos. O destaque aqui é que devemos aprender a investir em relacionamentos frutíferos com outros cristãos.

Evangelizar não cristãos

É muito importante identificar oportunidades de desenvolver, também, amizades com não cristãos, para que seja possível pregar o evangelho a eles. Por mais que seja importante termos tempo com amigos cristãos, não fomos chamadas para viver em uma bolha, e o relacionamento com pessoas que não são cristãs pode ser uma excelente forma de apresentar a graça de Jesus a elas. Os relacionamentos sempre foram a forma mais efetiva de evangelização, por isso, devemos ter tempo para estas amizades também.

Realizar seu trabalho

Seja qual for o seu trabalho, desempenhá-lo de forma excelente é uma forma de glorificar a Deus. Ainda que sejamos profissionais que atuam fora do lar, nossa família é nossa prioridade um, e devemos dedicar nossas forças para servir ao esposo e aos filhos, sem deixá-los de lado em nome do exercício profissional. É uma das coisas mais difíceis encontrar esse equilíbrio, por isso devemos colocar toda a nossa vida diante de Deus e ele nos ajudará a colocar as nossas prioridades na ordem certa, dando graça para que façamos as melhores escolhas.

Cuidar do corpo

Devemos também atentar para o cuidado com o nosso corpo. Precisamos identificar o que é preciso fazer para que nos cuidemos de forma adequada. Seja corrigir a nossa alimentação ou investir em atividades físicas, precisamos sim investir em nossa saúde física. Assim, teremos disposição para servir aos nossos familiares, para trabalhar, servir a igreja e ter uma vida feliz e saudável.

Conclusões

Uma dica importante é que não devemos tentar mudar tudo de uma vez só. É preciso identificar onde estamos precisando investir mais do nosso tempo e intensificar as ações para esta área. Com o tempo, a área em que investimos estará sob controle e equilibrada e assim poderemos continuar cuidando dela e identificar qual outro aspecto precisa de um pouco mais de atenção.

Outra coisa que precisamos enfiar na cabeça é que por mais que a vida esteja louca, precisamos tirar esse tempo de planejamento. Não devemos esperar que a vida fique sossegada para poder parar e fazer isso, porque infelizmente a tendência é de cada vez mais correria. As pressões que sofremos são o motivo pelo qual devemos sim nos planejar. A vida de Jesus é um exemplo da importância de retiros individuais para o desenvolvimento das demais áreas da nossa vida. Justamente por ter tantas demandas, é que ele se retirava para orar e buscar a orientação de Deus.

Como eu disse, esse capítulo está recheado de ensinamentos. Nem tudo o que aprendi aqui eu já coloquei em prática, mas pretendo começar a fazer esse planejamento geral da vida, colocar sob teste as dicas que este capítulo apresentou e ver o que funciona e o que não funciona na minha rotina.

Você já conhecia essa forma de planejamento? Como você organiza as várias demandas da sua vida?

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[Reflexões] Socorro, não tenho tempo – Parte 3

Continuando a falar sobre o livro Socorro, não tenho tempo, como tenho feito há algumas semanas, hoje quero falar sobre a segunda dica que as autoras trazem no livro.

A primeira dica, que é a de acordar cedo e não enrolar pra começar as atividades do dia, está intimamente ligada com a segunda, que é: assentar-se aos pés de Jesus.

Acordar cedo vai ser excelente para sua produtividade. Você vai começar a administrar seu tempo melhor, vai conseguir fazer mais coisas. Mas como mulheres cristãs, não queremos ser apenas produtivas, certo? Queremos que Deus seja glorificado em nossa vida, por isso, tirar um tempo para aprender com ele, é essencial para nós.

Segundo as autoras, o ideal é que você tenha contato com a palavra de Deus logo pela manhã, antes mesmo de se arrumar para o trabalho ou fazer o café da família. Claro que, se somos donas de casa e não precisamos sair para trabalhar, é só uma questão de reorganizar as atividades matinais pra poder colocar o devocional como a primeira coisa do dia, antes até que o resto da família acorde.

Se você, como eu, já acorda cedo demais e ainda assim precisa correr pra não perder a hora do trabalho, pode ser que precise encontrar outro momento para seu devocional diário. Eu acabo usando o trajeto até o trabalho para fazer isso. Sempre li alguma coisa nesse tempinho, mas depois da leitura desse livro, resolvi dedicar a primeira leitura da manhã para a Bíblia. Aí o livro fica pra hora do almoço ou pra viagem de volta. E vários outros momentos também.

Mas, independente da hora em que você vai fazer seu devocional, é importante pensar no motivo pelo qual as autoras falam disso como uma prioridade. Como cristãs, nossa prioridade deve ser ler a Bíblia e orar. Só depois de colocarmos nossos pensamentos e ações sob o crivo de Deus é que devemos seguir com nossos planos.

Quando nos sentamos aos pés de Jesus recebemos graça para lidar com o tempo; sabedoria para como nos comportamos; direção para as decisões que temos que tomar; e paz no meio de toda essa confusão que é a nossa vida.

Além disso, colocar nossa vida nas mãos do Senhor todos os dias, antes de começar a desempenhar qualquer coisa, nos ensina a sermos dependentes dele e a confessar que somos incapazes de fazer as coisas sem a ajuda dele.

Quando não colocamos nossa vida nas mãos de Deus, demonstramos com arrogância que não nos importamos com o que ele tem para nós.

Para ajudar a começar este hábito, defina o tempo que vai ser usado para o devocional. Se for de manhã, que hora, e qual duração. Este é o compromisso mais importante do seu dia, portanto, nada de flexibilizar demais.

Além disso, escolha um plano de leitura para seguir durante estes momentos. Temos a tendência de sempre escolher as passagens de que mais gostamos, ao passo que um plano de leitura ajuda a seguir ao longo de toda a Bíblia ou então um certo eixo temático que pode ser bem eficiente para esses momentos de devocional.

Desligue a televisão. Sem perceber, passamos tempo demais em frente à televisão ou computador, e quando nos damos conta, não temos mais tempo nem disposição para passar nosso tempo de qualidade com Deus. Sejamos firmes em restringir o tempo de televisão para que tenhamos um período de devocional produtivo e frutífero.

Eu tenho tentado manter uma certa rotina nas minhas manhãs. Na semana passada acordei um pouco mais cedo quase todos os dias e consegui ganhar um pouco mais de tempo sem prejudicar meu rendimento no trabalho ou ficar muito sonolenta. Vou tentar essa semana novamente.

Como você organiza seu tempo para o devocional? Conta pra mim nos comentários e vamos aprendendo umas com as outras!

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[Reflexões] Socorro, não tenho tempo – Parte 2

Na semana passada comecei a falar sobre o que eu aprendi com o livro Socorro, não tenho tempo, da Carolyn Mahaney e publicado pela Editora Monergismo.

Como eu havia comentado com vocês, vou contar com um pouco mais de detalhes sobre os pontos dessa leitura que me chamaram a atenção. O livro traz cinco dicas sobre como equilibrar nossas funções como mulheres, evitando o sentimento de frustração de não conseguir fazer tudo o que queremos.

Embora a premissa do livro parta do fato de termos muito o que fazer e pouquíssimo tempo, a primeira dica parece ir na contramão disso. Para saber orientar bem nossas ações e estabelecer sabiamente as nossas prioridades, precisamos nos sentar.

Planejamento é essencial. Quando estamos desesperados diante de tudo o que precisa ser feito no dia, parece ridículo pensar que a primeira coisa que precisa ser feita é sentar e programar nossas atividades. Eu já pensei assim. Mas de tanto correr atrás do rabo, fazer mil coisas e acabar o dia com a sensação de tempo perdido, resolvi começar a colocar em prática essa dica. Funciona.

A primeira dica do livro é acordar cedo. Se você trabalha fora, como eu, provavelmente tem que acordar cedo todos os dias. Mas calma, que tem coisas importantes pra nós aqui também.

Essa dica é essencial pra quem trabalha em casa, pois adiantar tudo o mais cedo possível torna o dia mais tranquilo, e ainda nos faz ganhar tempo para atividades que gostamos de fazer. Quando eu trabalhei de casa, acordava cedo, organizava tudo o que estava previsto pro dia e, em muitos dias, sobrava um tempo pra ler, escrever pro blog, sair com a minha mãe e até mesmo me dedicar a algum hobby.

Como hoje acordar cedo é uma rotina, já que eu tenho que estar na empresa em um horário determinado, o conselho muda um pouco, mas continua importante.

Nós ficamos cansadas. Quando o despertador toca, ficamos muito tentadas a apertar o soneca e ficar mais uns minutinhos na cama. Nós nós planejamos pra acordar em cima da hora, fazemos tudo correndo e já saímos de casa tão aceleradas, que fica difícil até acompanhar a velocidade dos nossos pensamentos. Quanto mais nos organizar pra que as coisas fluam corretamente.

E se a gente começasse a pular da cama assim que o alarme toca, e nos arrumarmos com foco, rapidamente, mas ao mesmo tempo sem afobação? Quando eu faço isso consigo até alguns minutinhos a mais pra me sentar com calma e pensar no meu dia, fazer uma oração e tomar um café quentinho.

Isso me ajuda a começar o dia com mais bom humor, o que afeta diretamente meu relacionamento com o meu marido e me ajuda a seguir ao longo do dia com mais tranquilidade. Sem aquela sensação de estar sempre atrasada.

Normalmente são necessários apenas dez minutos pra começar o dia bem. Nos próximos posts vou falar um pouco mais sobre o que fazer nesses primeiros dez minutos do dia, mas por enquanto, vamos ficar com a noção de simplesmente sair da cama assim que o celular tocar, certo?

A partir de amanhã, assim que o celular tocar, saia da cama, lave o rosto e se for necessário, já tome uma xícara de café.

Depois, se arrume o mais rápido possível, sem correr, mas sem enrolação. Deixar a roupa separado no dia anterior pode te fazer ganhar minutos preciosos de manhã.

Depois de cuidar de você, sua próxima prioridade é a família. Como mulher cristã é casada, quero buscar atender às necessidades do meu marido e do nosso casamento.

Isso pode significar deixar a mesa do café da manhã posta no dia anterior para que vocês façam a refeição juntos pela manhã, ou então preparar um lanche para ele levar ao trabalho.

Se você tem crianças, imagina que maravilha é ter tempo para preparar as lancheiras, vesti-los e sair de casa com mais calma?

Minhas amigas feministas devem estar torcendo o nariz pra essa parte do texto. Mas calma. Como cristão, meu marido atende minhas necessidades e cuida do nosso casamento, então da minha parte, posso identificar formas de cuidar dele também. Não há nada de degradante nisso, quando cada um exerce seu papel.

Sem contar que, se o dia começa em um ritmo mais ordenado, o trabalho que temos pela frente é desempenhado com mais tranquilidade também. Seja em casa, ao conseguirmos encadear cada tarefa doméstica de forma mais produtiva e deixando nosso lar aconchegante e confortável, seja no escritório, ao atuar em cada uma de nossas responsabilidades entregando-as com qualidade e mantendo a serenidade.

É difícil? Demais. Mas é um exercício que com o tempo vai nos moldando, e vamos nos acostumando a fazer as coisas dessa forma.

Eu ainda estou nesse processo. A leitura desse livro me ajudou a identificar algumas coisas que eu ainda tenho que aplicar na minha vida. Fico feliz de já ter como hábito algumas das dicas que elas dão e quero me esforçar para aplicar as outras.

Como você começa o seu dia? Você acha que acordar mais cedo pode te ajudar a ter um dia melhor? Conta pra mim como é a sua rotina matinal e se já aplica algum destes conselhos, o que isso mudou pra você.

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[Reflexão] Por que ler romances de época?

Não é segredo pra ninguém que eu amo romances de época. Comecei a ler esse gênero por Julia Quinn, como muitos leitores e, embora ainda não tenha conhecido tantas obras assim, já me apaixonei pelas histórias de duques e condes e aquele universo cheio de bailes e vestidos maravilhosos.

Também já sofri um bocado por não esconder minhas preferências literárias de ninguém. Sempre tem aquele amigo mais esnobe que acha que se você não está lendo um clássico não é bom leitor o suficiente, e tem o que simplesmente critica porque você não lê o mesmo que ele.

Como eu não me importo com o que as pessoas acham dos meus hábitos literários, nem tenho vergonha de admitir que adoro um romance e um final clichê, continuo aqui defendendo os romances, e agora também os de época, com unhas e dentes!

Sempre que digo que gosto de ler esses romances de época, acabam me perguntando porque eu leio esses livros, o que eu acho deles, o que eles tem de tão bom assim. Já que falo tanto sobre isso, porque não escrever também?

Já tinha pensado em escrever alguma coisa sobre romances aqui, mas ainda estava só no planejamento, quando ouvi o podcast da Arqueiro sobre Romances de Época e percebi que tinha chegado a hora de tirar o post do rascunho! Alguma coisa que vou escrever aqui eu aprendi nesse episódio do podcast. Mas não vou só replicar o que as meninas falaram, vou colocar as minhas impressões também.

Onde tudo isso começou

Os romances de época começaram a fazer sucesso nas editoras não faz muito tempo. Antes esse tipo de literatura era encontrada em banca de jornal (os famosos romances de banca, com aquelas capas apelativas). A maioria deles vinha pra cá pela Harlequin se não me engano. Até hoje esses livros podem ser encontrados em sebos e alguns estão sendo resgatados da banca para serem reeditados por editoras.

Como as meninas falaram no podcast, o interesse das editoras foi despertado quando elas perceberam que havia público pra esse gênero por aqui. Quando os livros começaram a ser publicados, já haviam grupos de leitores no orkut, Facebook etc., que quando não encontravam o livro por aqui, compravam no exterior mas não ficavam sem suas histórias.

O preconceito com esse tipo de literatura vem daí. As capas com homens sem camisa apelavam para as românticas irrecuperáveis, as donas de casa que encontravam em histórias leves e melosas, o descanso de seu dia a dia pesado. Com a descoberta do grande potencial dessas histórias, as editoras tem dado uma nova roupagem a esses livros, especialmente a partir das capas. A própria editora arqueiro trouxe um desfile de vestidos maravilhosos nas capas dos livros de época que tem publicado. A intenção é mudar o foco do apelo sexual destas histórias para o ambiente ou a época em que as tramas se desenrolam.

A maioria das histórias escritas no exterior acaba retratando o período regencial (quem souber história pode dizer um pouco mais sobre esse período), um curto espaço de tempo da história da Inglaterra, em que a própria nobreza estimulava a realização de festas, fomentava a literatura e a arte. Por isso, esta época acaba sendo a queridinha das autoras.

Porque uns amam e outros detestam?

Uma das maiores críticas a estes livros são os finais felizes e os romances clichês. Mas acredito que aqui autores e leitores concordam. Quem busca esse tipo de leitura, embora se torne cada vez mais crítico e exigente, até mesmo dentro do próprio gênero de romances de época, quer mesmo é se divertir um pouco. Ao escolher um romance de época, buscamos uma realidade tão diferente da nossa, que até mesmo um final feliz daqueles bem melosinhos mesmo, é maravilhoso.

Uma característica importante destas histórias é que normalmente não são escritas para serem livros únicos. Ao invés de retratarem apenas a história de um casal, estas obras trazem muito conteúdo relacionado aos personagens secundários. A riqueza de detalhes não fica apenas no figurino ou nos ambientes e jogos de chá que de tão maravilhosos, quase podemos ver e tocar enquanto lemos. Os relacionamentos de amizade e os vínculos familiares são muito bem descritos. Tanto que é difícil abandonar aquelas pessoas depois da última página. Assim, as histórias são escritas em séries, que retratam famílias inteiras, ou gerações dessas famílias, e suas relações entre si e com outras pessoas.

Tanto é assim que na série Os Bridgertons, que foi a primeira que li da Julia Quinn, a personagem que era inicialmente secundária, Violet – a matriarca – tornou-se tão forte que era essencial em todos os livros da série, além de ganhar um conto especial sobre ela no último volume e, além disso, garantiu para a família uma nova série, sobre as gerações anteriores dos Bridgertons.

Uma pitada de fantasia

Normalmente as personagens destes livros não tem a menor preocupação com dinheiro, pois são membros da nobreza e o tem de sobra. Estão em uma época tão distante de nós que os figurinos, os costumes, as regras sociais e as prioridades são tão diferentes que nos deixamos levar pela pura fantasia e conseguimos até mesmo ouvir a música dos bailes e corar ao mais inocente toque de um cavalheiro.

Esse é o tipo de história que nos faz suspirar, que dá uma certa esperança de que ainda possa existir romantismo, cordialidade, elegância. Nestas obras, o amor e o desejo são expressos de formas tão sutis, que nos ajudam a lembrar que a construção de um relacionamento e o fortalecimento de uma paixão moram nos detalhes e que isso pode sim ser cultivado nos dias de hoje. Basta que olhemos com delicadeza para o que temos à nossa volta, os olhares furtivos, os meios-sorrisos, um bilhete ou um botão de rosa.

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[Reflexões] Meta para o Ano Novo

E então eis aqui mais um post sobre metas para o ano novo. Qual a sua meta para 2019??? Resolvi começar o ano refletindo sobre o que eu quero. Não é uma lista fechada, pois sei bem que a vida não segue nosso roteiro. Por isso, não vou me culpar caso as prioridades se alterem ao longo do ano. A vida é louca mesmo, e a minha tem o dom de dar umas viradas que me deixam tonta. A ideia desse post foi olhar para coisas que faltaram em 2018, aquilo que quero mudar em 2019. Olha só como ficou:

Meta 1. Retomar o hábito da leitura

Antes que seus queixos caiam, eu não parei de ler. Se você me segue no Skoob já sabe que em 2018 eu li muito menos do que em anos anteriores. Eu sempre fiz meta de leitura, sempre tentei seguir o planejamento nisso e registrar minhas impressões por meio de resenhas. Mas de uns tempos pra cá eu acabei perdendo esse hábito. Descobri que mesmo parecendo entediante, uma meta de leitura anual me ajuda a focar e priorizar a leitura. Ler também me torna uma pessoa melhor, por isso a ideia em 2019 é retomar essa rotina. Já estou trabalhando na lista de leitura e vou atualizar o meu Skoob para que vocês possam acompanhar por lá. 

Meta 2. Priorizar tempo para escrever no blog

Assim como ler me faz uma pessoa melhor, escrever também é parte de mim. O fato de não ter dado atenção a isto em 2018 me deixou triste. A escrita, seja aqui no blog ou em outros ambientes, é uma excelente terapia para mim. Talvez, se eu tivesse priorizado escrever no blog em 2018, teria lidado melhor com muita coisa ao longo do ano. 

Também sei que a falta de posts por tanto tempo é falta de organização da minha parte. Por isso, estou deixando posts agendados para o próximo ano (estou escrevendo no final de 2018). Voltaremos a ver esse espaço cheio de conteúdo. 

Meta 3. Estudar idiomas com mais dedicação

Estou estudando alemão há mais de um ano. Eu amo aprender novos idiomas e, por isso, esta não é algo sofrido para mim. A questão aqui é novamente a priorização. Eu poderia ter me dedicado bem mais, caso tivesse dedicado um tempo maior para o alemão. E, claro, revisão dos outros idiomas que eu já aprendi. Vocabulário se perde muito facilmente quando a gente não utiliza.

Para isso, vou usar algumas estratégias que sempre me ajudaram, que são: ouvir músicas, assistir filmes e séries e ouvir podcasts nestes idiomas, acompanhar perfis no Facebook e Instagram que me ajudem a ler e aprender algo nestes idiomas e também usar aplicativos que me ajudem com a revisão de vocabulário. Por mais que não seja algo tão massivo quanto sentar por horas e estudar, o contato constante com outras línguas pode ajudar a manter o aprendizado em um bom nível. 

Meta 4. Manter a rotina de atividades físicas

Estou seguindo há praticamente um mês uma rotina de exercícios físicos em casa mesmo. Cansei de achar que eu ia conseguir amar academia e puxar ferro. Não vou. Então, procurei outras formas de me exercitar e acabei descobrindo uns programas de exercícios localizados que tem como base as posturas de yoga, além de ter iniciado a prática da yoga, também. Por serem atividades com baixo impacto, a dor resultante tem sido suportável e tem me permitido dar continuidade e, pra mim, é isso que importa. Mesmo que o resultado não venha tão logo, com a constância, eu sei que haverá alguma diferença, sim.

Ainda no caso da yoga, por promover o relaxamento, os exercícios de respiração e de foco, tenho percebido vários benefícios que vão além da atividade física, como melhor sono, energia para as atividades do dia a dia, menos ansiedade etc.

Meta 5. Prática devocional diária

Isso é algo que eu já comecei no final de 2018 e tenho planos de seguir em 2019. Passei boa parte do ano lutando para encontrar a melhor forma, o melhor livro, a melhor estratégia para fazer minha devocional diária e, no fim, acabei encontrando o Lecionário. Eu já havia lido muito a respeito, e tenho amigos que o seguem como seus devocionais também. Mas, aqui outra vez deixei o perfeccionismo ganhar a parada e só comprei o meu agora em novembro, pois é quando começa o ano litúrgico da igreja e eu não ia me sentir pegando o bonde espiritual andando. Tem sido um momento bastante especial. Escolhi a manhã para fazer minhas leituras, assim que acordo, antes de ir pro trabalho. Como é a primeira coisa do dia, é algo que eu posso fazer até aos finais de semana e feriados. 

Meta 6. Cuidar dos cabelos

Eu tenho reflexo nos cabelos, e pretendo manter eles assim, já que eu preciso dar aquela disfarçada básica nos brancos (a idade chega, né?). Só que fazer este tipo de procedimento nos cabelos acaba deixando os fios muito danificados. Por isso, eu procurei informações sobre cronograma capilar e estou seguindo. Pretendo manter essa rotina ao longo do próximo ano, pra que meus cabelos fiquem cada vez mais bonitos e saudáveis. Ainda não sei quais serão os próximos passos depois do primeiro ciclo de 4 semanas, mas se tiver alguma leitora por aí que conheça cronograma capilar e quiser me ajudar com isso, ficarei muito grata!

Meta 7. Ligar menos para o que não importa

Às vezes eu dou bola demais pra coisas que não vão acrescentar em nada na minha vida. No fim das contas, eu é que acabo chateada, então, um dos objetivos pra 2019 é inspirar e expirar, fazer muitos exercícios de respiração e meditação, e focar no que realmente vale a pena. Pra tudo na vida se dá um jeito e pra conversinhas que não precisamos ouvir, sempre há o fone de ouvido e um podcast nos esperando pra sermos felizes juntos. Pra cada indireta, há uma pessoa que não vestiu a carapuça e deixou o ofensor sem graça por não ter conseguido tirar a paz dos outros. Não é fácil. Mas vamos lá que vamos conseguir sim.

Meta 8. Entender que o caminho é longo pra se chegar onde quer

Temos metas arrojadas como família. Temos objetivos que ainda levaremos alguns meses para conseguir alcançar. Mas, como sempre, eu acabo me sentindo ansiosa, por querer que as coisas aconteçam imediatamente. A expectativa é boa por me dar mais clareza de algumas escolhas no presente, mas também é ruim, porque me tira um pouco desse presente e me transporta pra um limbo, onde eu vivo insatisfeita no agora e esperando chegar logo no futuro. Preciso trabalhar muito forte essa ansiedade ao longo desse ano.

Meta 9. Está tudo bem descansar

Uma das coisas que eu mais disse em 2018 é que estava cansada. E eu realmente me senti assim a maior parte do tempo. Cansada, estressada, em muitos momentos emocionalmente drenada e sem forças pra fazer quase nada do que eu gostaria. Percebi, no final do ano, que a totalidade do meu tempo estava focada em obrigações e nenhum dia, praticamente, dedicado ao meu descanso, sem que eu me sentisse culpada por estar deixando de fazer alguma coisa importante.

Isso é uma das coisas que vou mudar em 2019. Quero ter metas e atividades importantes e relevantes para o mundo, mas meu foco vai se virar um pouco mais para mim mesma esse ano. Ainda que o mundo desabe, quero tirar partes do meu dia para lazer e períodos em família, para meu casamento e para investir naquilo que vai me manter de pé para fazer o que é preciso no restante do tempo.

Meta 10. Usar um life planner

Quem me segue no Instagram acompanhou pelos stories a minha alegria com a chegada do planner. Comprei um depois de buscar muitas opções e analisar bem o que eu queria. Tenho algumas ideias para o próximo ano, mas como a ansiedade é algo que eu preciso trabalhar por aqui, vou deixar pra pensar nisso mais pro final do ano, quando chegar a hora de pensar em um planner para 2020.

Por enquanto, estou na fase de esperar começar janeiro, porque o planner que eu comprei é datado (primeiro erro detectado aqui! rs) e então ainda estou focada em preencher as folhas que não precisam esperar até o dia 01 de janeiro. Minha ideia é separar um tempo por dia e por semana para programar as atividades e garantir que eu consiga respirar melhor do que em 2018. Estou estudando sobre planejamento e acredito que vai dar um bom resultado no fim das contas. Depois eu mostro pra vocês, ok?

Publicado em Reflexões

Convicções Religiosas – o que eu penso sobre o que eu creio

Em um grupo de que participo, com blogueiros estrangeiros, há uma série de dicas e sugestões de escrita e alguns temas para nos estimular a escrever. Os “prompts”, ou temas usados como gatilho para estes exercícios são divididos por temas e o do mês de setembro é opinião. O tema escolhido para hoje é: Você tem opiniões fortes? Conte-nos sobre uma delas. Por isso, resolvi falar sobre as minhas convicções religiosas.

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Em um primeiro momento, eu pensei em escrever uma lista de coisas sobre as quais tenho opiniões fortes, pois embora eu demore pra ter uma opinião formada sobre algumas coisas, assim que me convenço, é complicado me fazer mudar de ideia. Não sou inflexível e aceito mudar de opinião, mas o argumento precisa me convencer de verdade.

Mas, para seguir o exercício do jeito certo, tenho que escolher apenas uma delas, então resolvi falar sobre a minha convicção religiosa e as opiniões fortes que tenho a esse respeito. Sou cristã, protestante, recentemente ingressei em uma igreja presbiteriana e gosto muito de estudar temas relacionados à teologia, ainda que apenas em casa, baseando-me em artigos de blogs confiáveis. Vou à igreja desde criancinha, com algumas pausas entre uma igreja e outra, pois, justamente por minhas opiniões a respeito de alguns assuntos, acabei mudando de uma para outra até chegar onde estou hoje. Ao longo de todo este caminho, foi possível formar algumas opiniões que, por mais que eu não entre mais em debates para defender, não vou mudar por ouvir quem pensa de forma diferente.

Como a ideia inicial era fazer uma lista, trouxe este formato pra cá e, dentro do tema “convicções religiosas”, vou listar as principais.

  1. A Bíblia é a Palavra de Deus: Embora muitos amigos tenham a mesma convicção que eu, tenho muitos outros que pensam diferente. Alguns acham que é um livro de mitos, outros acham que é apenas mais um livro religioso, outros um compilado de histórias com lições de moral. Para mim, é o livro onde está revelado o propósito de Deus para a vida do ser humano, desde o relato da criação, a queda do homem, o plano estabelecido para a sua redenção e as profecias relacionadas à consumação deste plano no futuro. É o ápice da revelação de Deus, que já havia se revelado de outras formas, e que agora já está completa. Claro que esta não é uma definição técnica nem acadêmica, mas já expressa a minha opinião sobre a Bíblia e sua importância para mim. Já tive conversas com amigos e professores, inclusive na época da faculdade, que tentaram me dissuadir de acreditar nela, mas nunca conseguiram. Esse é o tipo de coisa que já está bem enraizada em mim e é uma opinião bem forte!
  2. Monergismo: Eu poderia ter escrito Calvinismo? Poderia, mas vamos ser justos. Embora eu tenha encontrado os e-books das Institutas e tenha começado a ler o primeiro volume, ainda estou nos primeiros capítulos. Não posso afirmar com todas as letras e uma fortíssima convicção que concordo com toda a maneira de pensar de Calvino. O que eu posso dizer, e vou fazer sempre, é que sou monergista no que se refere à questão da salvação do homem. Ou seja, eu creio que no que diz respeito à salvação, Deus é quem faz tudo, sem deixar nada para o ser humano, ou seja, é uma obra 100% de Deus sem nenhuma participação do ser humano, nem mesmo em relação à sua vontade. Esse tema foi algo que eu demorei quase a vida toda até agora pra entender, mas uma vez que isso tudo fez sentido na minha cabeça, não consigo pensar de outra forma. A convicção, nesse caso, se tornou tão forte, que já resultou em algumas discussões – umas produtivas e outras totalmente horríveis e que me magoaram muito – mas sempre que me perguntarem o que eu penso, vou ter que correr o risco!
  3. Não existem apóstolos hoje: Mais uma daquelas opiniões fortes que não soam muito bem aos ouvidos de algumas pessoas que eu conheço. Na minha opinião, para ser um apóstolo, a pessoa deve ter sido chamada diretamente por Jesus Cristo, ter sido testemunhas oculares da sua morte e ressurreição, ter recebido ensinamentos diretamente de Jesus. O que leva a uma opinião forte dentro dessa opinião, que é a de que os apóstolos de hoje em dia (sei lá quantos mil só no Brasil) não são apóstolos verdadeiros.
  4. É importante estudar teologia: a ideia não é todo mundo se enfiar num seminário, nem fazer trezentos cursos de matérias apenas teóricas. O que eu acho essencial é estudar os fundamentos da fé, os princípios de interpretação bíblica, as principais histórias bíblicas e os temas essenciais para a fé cristã. Ler bons livros escritos por pastores, teólogos, ter curiosidade e se aprofundar no estudo de passagens mais difíceis é importante não só pra fortalecer a nossa fé, mas também para sabermos falar sobre o que cremos.

Bom, essas são algumas coisas que eu acho muito importantes, relacionadas ao que eu creio. Não são todas, até porque há coisas que eu deixei de mencionar aqui e que são igualmente essenciais para mim. Mas só por estes que listei já dá pra ter uma ideia. Recentemente eu acabei me desvinculando de algumas instituições, que inicialmente eu apoiava e igualmente defendia, mas que com algum estudo, acabei formando uma convicção diferente e hoje tenho um pensamento bem mais consolidado – e contrário a essas instituições. Por isso, há uma série de pensamentos e opiniões que, embora fortes, ainda estão muito recentes e eu prefiro deixar pra falar sobre elas depois que a poeira baixar um pouco.

Mas, agora quero saber de você. Você tem opiniões fortes? Conte-me sobre uma delas. Ou então fale sobre o que eu escrevi, mantendo aquele princípio básico do respeito à minha crença, ok? Vai ser ótimo interagir com você aqui.