Maggie sempre foi uma anjinha, a cria mais certinha da complicada (e engraçadíssima) família Walsh… até se cansar de andar na linha e mandar todas as regras que a prendiam a um dia-a-dia em sal (e muito menos açúcar) às favas – a começar pelo casamento (que, para o bem da verdade, nunca havia realmente engrenado) e o trabalho bitolante numa firma de advocacia. Ao largar essa vida em preto e branco no passado, Maggie decide se mandar para o lugar onde a realidade promete ser em Technicolor: Hollywood, claro! Terra do glamour, da liberdade, da beleza (até as palmeiras das calçadas são magras), da luxúria e, obviamente, da diversão!
O que eu achei de Los Angeles?
Los Angeles conta a história de Maggie, a mais certinha das irmãs Walsh, que resolve mudar completamente, dar uma pirada total e começar uma vida nova, depois do fim do seu casamento. Ela larga tudo e vai para a terra do cinema, em busca de aventura e de uma vida que nunca foi a dela, em companhia de sua amiga Emily, que faz de tudo por um espaço nesse mundo das estrelas de cinema.
A história segue a mesma linha dos demais livros da Marian Keyes que li até agora e tem uma narrativa fluida e rápida, com diálogos que se aproximam muito do leitor. As descrições são bem feitas, de forma que todo o cenário e as situações ficam claramente definidos em nossa mente. Em Los Angeles vamos nos divertir com o esforço de Maggie em deixar de lado toda sua auto-crítica e a sua seriedade excessiva. Entediada e frustrada com a vida que havia levado até então, ela precisa mudar e são essas coisas que vão garantir os momentos de diversão da história, além da visita da família à Los Angeles, que é uma das partes mais hilárias da história.
Apesar de ser uma leitura divertida, Los Angeles não é tão cativante como as demais histórias das irmãs Walsh. Acho que não consegui me adaptar ao jeito de Maggie, apesar de toda sua tentativa de deixar de ser tão certinha. Mesmo assim, a leitura me prendeu, me divertiu e cumpriu seu papel. Apenas não é minha irmã Walsh favorita.
Los Angeles é uma leitura que eu recomendaria para quem já conhece a autora e, com isso, conseguiria entender o estilo e a ironia por trás de sua escrita. Do contrário, pode ser que achem o livro maçante e pouco dinâmica. Vale para ler nas férias, entre um passeio e outro, ou antes de dormir.