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[Resenha] No Mundo da Luna – Carina Rissi

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Título: No Mundo da Luna

Autora: Carina Rissi

Editora: Verus

Ano: 2015

Páginas: 476

A vida de Luna está uma bagunça! O namorado a traiu com a vizinha, seu carro passa mais tempo na oficina do que com ela e seu chefe vive trocando seu nome.
Recém-formada em jornalismo, ela trabalha como recepcionista na renomada Fatos&Furos. Mas, em tempos de internet e notícias instantâneas, a revista enfrenta problemas e o quadro de jornalistas diminuiu drasticamente. É assim que a coluna do horóscopo semanal cai no colo dela. Embora não tenha a menor ideia de como fazer um mapa astral e não acredite em nenhum tipo de magia, Luna aceita o desafio sem pestanejar. Afinal, quão complicado pode ser criar um texto em que ninguém presta atenção?
Mas a garota nem desconfia dos perigos que a aguardam e, entre muitas confusões, surge uma indesejada, porém irresistível paixão que vai abalar o seu mundo. O romance perfeito — não fosse com o homem errado. Sem saída, Luna terá que lutar com todas as forças contra a magia mais poderosa de todas, que até então ela desconhecia: o amor.
Com seu estilo ágil e fluido, Carina Rissi criou em No mundo da Luna uma leitura viciante, permeada de humor, magia e paixão, que vai conquistar você do início ao fim.

O que eu achei de No Mundo da Luna?

O livro conta a história de Luna, uma garota que trabalhava como recepcionista numa revista, mas que tinha o sonho de ser jornalista. Ela odiava seu chefe, um cara irritante que insistia em trocar seu nome. Com a crise na revista e a saída de alguns profissionais, ela recebe a incumbência de escrever uma coluna. Apesar de ter ficado bem insatisfeita por ser a coluna do horóscopo, Luna agarra a oportunidade e então, tem o desafio de aprender alguma coisa sobre os signos para poder escrever sua coluna.
Como ela tem origem cigana, o caminho que encontra, mesmo sem concordar nem seguir os costumes familiares, é o de usar o baralho cigano para fazer suas previsões. O que ela não imaginava é que milhares de pessoas leriam o que ela escrevia e, ainda por cima, que suas previsões dariam certo.
No Mundo da Luna é um chick-lit típico. A mocinha atrapalhada, meio bobinha e que mete os pés pelas mãos constantemente, ao lado de um cara arrogante e grosso, que aos poucos se transforma no mocinho de contos de fadas que todas nós gostaríamos de ter ao lado. Comparado aos sucessos anteriores, No Mundo da Luna não tem o mesmo apelo. Pode até passar a impressão de que fica meio apagadinho, perto da série Perdida ou de Procura-se Um Marido, mas a verdade é que a pegada deste livro é um pouco diferente. Este livro tem muitos elementos de young adult, mais referências a sexo e uma escrita mais adulta, apesar da imaturidade da protagonista.
Talvez por isso Luna não seja a minha mocinha favorita, mas Dante, com certeza, entrou para a minha listinha. Eu conseguia entender e sofrer com cada tentativa dele e com as respostas que a Luna dava, sem entender nada do que ele queria dizer. Adoro nerds, tanto que me casei com um, por isso, minha paixão por Dante é absurdamente compreensível.
Encontrei alguns errinhos de revisão no texto de No Mundo da Luna, como erros de digitação e algumas palavras erradas. Não foram muitas, mas quem me acompanha por aqui sabe que isso me incomoda bastante… Apesar disso, a trama é bem escrita e bem amarrada. Só achei que o desfecho do núcleo vilão da história ficou um pouco forçado, faltou uma solução mais real, na minha opinião.
Mesmo com tudo isso, a leitura de No Mundo da Luna é rápida, divertida e com altas doses de emoção, perfeita pra quem gosta de comédias românticas.

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[Resenha] Procura-se um Marido – Carina Rissi

Procura-se um Marido
Título: Procura-se um Marido
Autora: Carina Rissi
Editora: Verus
Ano: 2012
Páginas: 476
Alicia sabe curtir a vida. Já viajou o mundo, é inconsequente, adora uma balada e é louca pelo avô, um rico empresário, dono de um patrimônio incalculável e sua única família. Após a morte do avô, ela vê sua vida ruir com a abertura do testamento. Vô Narciso a excluiu da herança, alegando que a neta não tem maturidade suficiente para assumir seu império – a não ser, é claro, que esteja devidamente casada. Alicia se recusa a casar, está muito bem solteira e assim pretende permanecer. Então, decide burlar o testamento com um plano maluco e audacioso, colocando um anúncio no jornal em busca de um marido de aluguel. Diversos candidatos respondem ao anúncio, mas apenas um deles será capaz de fazer o coração de Alicia bater mais rápido, transformando sua vida de maneiras que ela jamais imaginou. Cheio de humor, aventura, paixão e emoções intensas, Procura-se um marido vai fisgar você até a última linha.

O que eu achei de Procura-se um Marido?

Procura-se um Marido conta a história de Alicia, uma garota mimada e irresponsável, que vivia com o avô, um empresário muito rico, após a morte de seus pais. Por isso, nunca foi sua preocupação trabalhar e levar uma vida como a maioria das pessoas de sua idade. Ela gasta seu tempo viajando pelo mundo e se metendo em diversas enrascadas, deixando o avô sempre muito preocupado. Quando ele falece, seu testamento é aberto e descobre-se uma condição para que Alicia tome posse da herança: ela deve estar casada.

Esta poderia ser uma condição simples de ser cumprida, se não fosse por Alicia ter verdadeiro horror a casamento. Por isso, não lhe resta outra alternativa a ter que enfrentar a dura realidade e começar a trabalhar. Ou melhor, para Alicia, trabalhar nunca havia sido uma alternativa, por isso ela coloca em prática um plano mirabolante com a finalidade de burlar o testamento do avô e conseguir finalmente ser a herdeira da fortuna dele.

Só que enquanto não consegue levar o plano até o fim, Alicia tem que se submeter ao trabalho em uma das empresas do avô, e tem que suportar os novos colegas de trabalho, inclusive Max, um rapaz estúpido, arrogante, mas arrebatadoramente lindo, e que tira Alicia do sério o tempo todo.

A história de Procura-se um Marido é narrada em primeira pessoa, o que leva o leitor a embarcar em todas as intensas emoções expressadas por Alicia. Essa experiência torna a leitura muito mais empolgante e envolvente. Não consegui largar o livro enquanto não cheguei ao final da história.

O estilo de Carina Rissi, que não havia conhecido até ler este livro, me cativou muito. A escrita é leve e moderna, com um vocabulário moderno e adequado à realidade dos personagens, mas sem cair no coloquial demais. Essa é uma das maiores vantagens da autora, na minha opinião: escrever um texto moderno, atual, sem deixar cair a qualidade.

As situações descritas pela autora são muito próximas à realidade, embora a história seja um tanto inusitada. Chegamos a pensar que pode acontecer conosco, mesmo assim. A trajetória das personagens de Procura-se um Maridorende muitas risadas e algumas lágrimas.

Procura-se um Marido é o romance ideal para quem quer sonhar acor dada.

A capa do livro é linda, a edição foi muito bem feita e cuidadosa com detalhes, como a revisão do texto e a diagramação. Absolutamente recomendado, para todas as idades!

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[Resenha] Perdida – Carina Rissi

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Título: Perdida

Autora: Carina Rissi

Editora: Verus

Ano: 2011

Páginas: 322

Sofia vive em uma metrópole, está habituada com a modernidade e as facilidades que isto lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor a menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição. Após comprar um novo aparelho celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa. Com a ajuda de prestativo Ian, Sofia embarca numa procura as cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam leva-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos…

O que eu achei de Perdida?

A independente Sofia, protagonista de Perdida, adepta de todas as facilidades que o mundo moderno proporciona, leva uma vida corrida, trabalhando muito, como a da maioria das mulheres de hoje. Tudo ia muito bem, ou muito normal, até que ela perde o celular e tem que comprar outro em seguida. Este celular acaba levando Sofia direto para o século XIX.

Ela não tem a menor ideia de como voltar para casa. A única coisa que ela sabe é que tem que encontrar as pistas que a levarão de volta para o mundo a que ela está acostumada.

Ela acaba indo parar na casa da família Clarke, depois de ser encontrada por Ian. Lá ela tem que aprender a viver sem as facilidades a que está acostumada, e descobrir um novo jeito de fazer as coisas mais simples sem o apoio da tecnologia, além de ter que entender que pistas são essas que ela tem que encontrar.

Perdida é aquele tipo de romance em que é fácil identificar com a personagem. Por mais que a história tenha elementos fantásticos, Sofia é muito real. Em diversos momentos são destacadas situações tão corriqueiras que nos fazem pensar que Sofia realmente existe, e que fomos nós que vivemos toda a história.

Ian também não fica atrás. Criado em um sistema de regras de comportamento extremamente engessado, Ian é um homem charmoso, que povoa os sonhos de toda romântica.

Há outros personagens importantes na trama de Perdida como Elisa, a irmã de Ian, que é delicada e rapidamente se apega a Sofia como a uma irmã mais velha, e Teodora, uma amiga da família, que em alguns momentos parece apresentar uma grande resistência à presença de Sofia em meio aos Clarke. É importante destacar também que os empregados da casa são uma parte relevante da história, como Gomes, cuja discrição e apego ao seu patrão colaboram muito para o desenrolar de toda a história.

Perdida é um daqueles livros que eu considero permanentes. É um romance lindo, leve, que emociona ao mesmo tempo em que diverte. Carina Rissi, de um modo muito especial, soube combinar a doçura de um romance que nos faz suspirar com a personalidade marcante da protagonista, Sofia, que com sua espontaneidade, nos faz rir o tempo todo. Este com certeza é um livro que voltarei a ler mais de uma vez, e que recomendo muitíssimo para quem quer uma leitura leve e divertida.