Publicado em Diário, Reflexões

O dia pode começar a hora que for

Assim como a sua rotina de escrita.

Ou qualquer outra coisa.

Em 10 de novembro, eu comecei um plano de leitura anual da Bíblia. Ganhei de aniversário uma Bíblia com espaço para anotações e ao invés de esperar ansiosa pelo dia 1 de janeiro para começar a leitura em Gênesis 1, comecei do texto correspondente ao dia 10/11 mesmo. Também esqueci o receio de escrever algo errado ou destacar um trecho que outros considerem bobo e passei a anotar pensamentos e aprendizados (ou até um resumo em partes que achei que deveria resumir).

Em dezembro eu comecei a organizar e a jogar fora tudo aquilo que não quero mais aqui em casa. O mês dedicado ao destralhe, segundo o cronograma da Clean Mama, que eu acabo seguindo por aqui, é janeiro, mas eu comecei antes, pois, por incrível que pareça, arrumar a casa ajuda a descansar do meu trabalho remunerado.

A primeira semana do meu planner datado começou hoje e eu não poderia estar mais feliz, pois pude dar início a uma rotina que quero retomar em 2023: escrever todos os dias, ainda que não seja algo voltado para a publicação ou algum texto de ficção. Escrever e ponto. Isso passa pelo blog, pela escrita terapêutica para trabalhar todos os sentimentos guardados aqui dentro antes que eles causem mais estragos.

Meus dias não tem uma hora fixa para começar, pois além de ter um filho de dois anos, tanto a minha rotina de trabalho quanto a do meu marido são relativamente flexíveis. Tem dia que eu consigo estar sentada diante do computador e produzindo antes das 08 da manhã. Tem dia que só depois das 11. E eu resolvi abraçar essa realidade e eliminar um estresse da minha vida. Meu dia começa quando ele começa e pronto.

Por isso, não fazia muito sentido continuar querendo estabelecer mil regras de que dia e hora eu começo cada coisa.

A leitura bíblica não precisa esperar o ano começar, pois todo dia é dia de aprender do Senhor. E se eu já li a Bíblia inteira outras vezes, começar por algum dos profetas não vai atrapalhar meu entendimento da história em geral.

O destralhe dos armários também não precisou esperar janeiro. Eu quero começar o ano mais leve e quero conduzir o ano de 2023 de forma mais leve também. Muitas mágoas e muitos choques de realidade nos últimos dias de 2022 têm me feito repensar muita coisa. Eu não preciso esperar 2023 começar, se já posso entrar no ano novo sem aquilo que só está ocupando espaço que pode ser mais bem aproveitado (vale para coisas e para pessoas… kkkkkrying).

A rotina de escrita também vai começar mais leve, com menos cobranças e de forma mais orgãnica. Vou documentar mais e me preocupar menos. Vou escrever mais sobre como foram os meus dias e deixar que a rotina se planeje conforme a banda toca. Não sei quais serão meus volumes de trabalho, os dias em que ficaremos doentes e nem o que mais pode acontecer em 365 dias.

Sobre a escrita: sim, eu sei que preciso editar, revisar, eliminar repetições, melhorar o texto e ter ideias novas, criativas e surpreendentes. Mas a busca pela perfeição não pode mais tirar minha graça de vir aqui despejar a alma (nessa nova seção do blog que vou chamar de diário) ou contar sobre um livro que li, uma reflexão que me ocorreu. Aqui o lance vai ser orgânico, leve, seguindo o fluxo doido dos meus pensamentos e da minha rotina. O que eu quero publicar em forma de livro, esse sim, vai passar por um processo bem detalhado de aperfeiçoamento, sem publicação imediata nem muitos detalhes por enquanto.

E você com isso?

Sua rotina também pode ser mais leve, começar quando você acorda, independente da hora. Se te deu na telha começar a escrever, não precisa esperar a próxima segunda, ou o dia 1 do calendário. Começa hoje e colhe os frutos de um dia a dia mais leve. Se quiser começar a ler a Bíblia hoje por Gênesis 1, manda bala. Se quiser aproveitar o plano de leitura que já imprimiu e não usou, bora para Apocalipse 17, então. Só não vale ficar esperando a vida passar e desistir antes de começar. Eu já comecei a arrumar meu coração pra 2023, quem vem comigo?

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[Reflexões] Socorro, não tenho tempo – Parte 6

Nas semanas anteriores temos refletido sobre as lições aprendidas com a leitura de Socorro, não tenho tempo, da Carolyn Mahaney. Hoje, no último post da série, vamos falar mais especificamente sobre o tema Planejamento.

Até então, no livro, aprendemos sobre como definir nossas prioridades, como fazer uma análise da nossa vida para entender o que precisa de nossa ação no momento e especialmente, a colocar as nossas vidas e a nossa rotina louca nos pés de Jesus e aprender com ele.

Agora, numa parte um pouco mais prática, aprendemos sobre como colocar a mão na massa. Para que o nosso planejamento seja efetivo, precisamos de uma estratégia, senão vamos cair novamente nos mesmos erros. Aqui vão algumas dicas do que podemos fazer para melhorar nossa rotina:

Use uma Agenda

Temos que ter uma agenda e uma lista de tarefas. A partir disso, vamos conseguir nos organizar para as atividades que temos naquele dia específico. Precisamos saber com antecedência o que vamos fazer. Ao criar o hábito de usar uma agenda e colocar nela os compromissos para cada dia, conseguimos saber quanto tempo realmente temos disponível antes de começar.

15 minutos por dia para planejar

Você já acorda cansada e correndo contra o relógio, por isso deve achar que eu estou louca por sugerir que você pare por 15 minutos para organizar sua vida. A questão é quando a gente sai fazendo as coisas sem critério, terminamos o dia cansadas e sem ter a noção de quantas coisas fizemos. É importante estabelecer um plano organizado antes de começar, e realmente não precisamos de muitas horas pra fazer isso. Com 15 minutos do seu dia é possível desenhar um planejamento eficiente, que você vai aprender a adaptar com o tempo. Ao fazer isso, ao contrário de gastar tempo, no fim do dia você vai perceber uma economia de várias horas. Vai por mim.

Escolher o melhor tempo

Quando a gente se planeja com antecedência consegue decidir qual o melhor horário para fazer cada tarefa. Com exceção daquelas que tem hora marcada e que não podemos mudar, a maioria das tarefas do nosso dia podem ser feitas em um horário mais eficiente. Assim, você pode dedicar os horários em que está mais cansada ou com o raciocínio mais lento para fazer atividades mais automáticas ou operacionais, como dobrar aquela pilha imensa de roupas, ou organizar a sua mesa e gavetas do trabalho. E, com isso, você marca suas reuniões para seus horários mais produtivos e pode dedicar as horas do dia em que seu raciocínio está mais afiado para escrever relatórios, artigos, criar algo.

Algo que precisamos nos atentar é para não ficar empurrando com a barriga aquelas tarefas de que não gostamos. É preciso ter um plano até para estas coisas que não gostamos de fazer. A minha dica é começar por elas primeiro. Depois que você tiver acabado com aquilo que detesta fazer, as tarefas que sobram serão as mais agradáveis, e a lista vai ficando mais fácil de cumprir. Ou pelo menos mais prazerosa.

Fazer um pouco por dia

Às vezes queremos sair fazendo tudo e resolver todo o problema do mundo em um dia só. Não raro, criamos uma lista de tarefas que não conseguimos cumprir, porque para isso precisaríamos de um dia com 260 horas. O segredo para conseguir um objetivo é fazer um pouco por dia. A consistência e a regularidade do que fazemos nos tornará mais ágeis e com o passar dos dias teremos mais tempo para as outras coisas que precisamos ou queremos fazer.

Você não vai arrumar o armário das crianças em uma noite só, depois de passar o dia todo trabalhando no escritório. Você vai organizar uma gaveta. Aquela simples gaveta vai continuar organizada por semanas ou até meses, e no dia seguinte você vai para a próxima. Até que em menos tempo do que imagina você vai ter organizado o armário inteiro. Ao fazer isso em sua casa e em seu escritório, logo as engrenagens da sua rotina estarão rodando com mais suavidade.

Mas e quando os planos não acontecem como a gente quer?

Isso vai acontecer, sinto informar. E vai ser com mais frequência do que gostaríamos. Eu não preciso nem listar as coisas que podem acontecer na sua vida, porque você já está pensando em todas. Mas precisamos entender que a vida ideal só existe na nossa cabeça. Nossos planos, por mais que considerem muitas variáveis, como as agendas da nossa família e de nossos colegas de trabalho, podem ser interrompidos por algo inesperado.

E por incrível que pareça, a vida louca e cheia de interrupções em nosso planejamento ideal é exatamente a vida que Deus planejou para nós. Não devemos pensar que estes imprevistos são obra do inimigo ou da nossa incapacidade de sermos boas donas de casa, boas profissionais, mães, esposas, filhas, amigas ou qualquer que seja o papel que estamos considerando aqui.

Devemos entender que estes acontecimentos que não estão sob nosso controle são a forma de Deus nos ensinar a confiar que Ele está no comando de tudo. E que são estes eventos que poderão nos levar a exercitar tudo isso que aprendemos no livro, que é basicamente, colocar a nossa vida e os nossos planos aos pés do Senhor para que ele nos oriente a agir corretamente.

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[Reflexões] Socorro, não tenho tempo – Parte 5

Temos falado em alguns posts sobre as lições ensinadas no livro Socorro, não tenho tempo. A cada capítulo somos levadas a refletir sobre nosso papel com mulheres cristãs, na família, na igreja e na sociedade, quando desempenhamos uma atividade profissional fora do lar, ou à parte dele.

No post de hoje o tema é “Relacionamento”. As nossas amizades influenciam muito em como levamos as nossas vidas, seja para o bem ou para o mal. Por isso, é essencial aprender a identificar quais relacionamentos merecem nossa atenção mais dedicada e quais relacionamentos precisamos realmente abandonar.

Vamos começar por esses, pois o critério é bem simples. Você consegue identificar amizades que são essencialmente mundanas e não nos aproximam do Senhor? Estas pessoas, ao invés de nos levarem a termos um relacionamento mais próximo com Deus, ou a estudar mais a Palavra, acabam nos influenciando a ter uma prática de vida que é contrária à Palavra de Deus. Neste caso, quanto menos tempo estivermos envolvidas com essas pessoas, melhor. É importante ir se afastando deste tipo de amizades e buscar ter mais tempo investido em relacionamentos que nos aproximam de Deus.

Os relacionamentos que merecem nossa atenção, são, como já indiquei, os que nos aproximam de Deus. Devemos investir tempo em amizades que nos ajudam a melhorar como pessoa, que confrontam nossos pecados em amor e nos ensinam, com palavras e exemplos.

Além disso, devemos estar perto de pessoas que precisam de amizade. Sabemos o quanto é ruim estarmos sozinhas ou isoladas em um ambiente e devemos trabalhar para que as pessoas se sintam acolhidas em nosso meio, seja na igreja ou em outros locais. Eu já passei por essa situação de não me encaixar em nada e não é nada legal. No fim das contas, eu acabo me afastando de ambientes onde me sinto um peixe fora d´água, mas também não gosto de me sentir sozinha, por isso, investir em novas amizades e tentar criar alguns vínculos tem sido meu desafio nos últimos tempos.

Outro tipo de relacionamento que precisamos ter é aquele com pessoas que não professam a mesma fé que a nossa. Isso não significa que vamos nos distanciar da nossa fé, nem relativizar princípios bíblicos em nome da boa convivência, mas sim, que podemos aprender muito com estas pessoas, sobre como elas pensam e em como sua fé, se tiverem alguma, influencia seu modo de viver. Também pode ser uma boa oportunidade de desfazer preconceitos com relação aos cristãos, considerando os vários escândalos e polêmicas que tem sido televisionados nos últimos tempos, e o péssimo testemunho de algumas pessoas que acabam influenciando na opinião dos de fora e os afastando mais ainda do Evangelho.

O capítulo do livro traz alguns exemplos mais práticos de como investir ou se afastar de relacionamentos, conforme seja o caso, mas como eu havia dito, o propósito desta série de posts é trazer mais claros os pontos que me chamaram atenção. Se você leu o livro, me conte o que achou. Se não leu, mas tem algo a contribuir sobre esses textos, também me diz aí nos comentários a sua opinião!

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[Reflexões] Socorro, não tenho tempo – Parte 4

Se você ainda não viu os posts anteriores, eu tenho falado, a cada semana, sobre os aprendizados que tirei do livro Socorro, não tenho tempo. Este livro fininho traz ensinamentos muito relevantes para a nossa vida cristã, por isso, ao invés de fazer uma resenha dele, como faço para outras leituras, resolvi escrever um pouco mais sobre as lições que aprendi.

A primeira lição foi acordar cedo, e a segunda, assentar-se aos pés de Jesus. Hoje, quero falar sobre planejamento. Nesse capitulo, acredito que esteja a maioria das coisas que aprendi com esse livro. Primeiro, porque as autoras apresentam uma forma de planejamento que eu nunca tinha imaginado fazer. Além disso, elas indicam que esse planejamento deve levar em conta prioridades específicas, os pilares da vida de uma mulher cristã.

Segundo as autoras, devemos avaliar as diversas áreas da nossa vida e estabelecer um plano de ação para cada uma. A forma como elas fazem isso é separando um dia inteiro para esta tarefa, na qual farão um devocional, orarão por cada aspecto das suas vidas e traçarão um plano para conseguir atingir os seus objetivos em cada uma dessas áreas. O ideal é reservar um quarto de hotel ou um dia em que você sabe que estará sozinha em casa, para que possa fazer todo este trabalho sem interrupções.

As prioridades que elas elencam, a partir das Escrituras, são as seguintes:

Crescer em Santidade

Devemos tornar nossos períodos de devocional mais frutíferos, buscando melhorar nosso tempo com Deus. É aqui nesta atividade que identificaremos as áreas da nossa vida que precisam de mudança. Ao buscar a santidade, estaremos mais preparadas para ouvir o que Deus tem a nos dizer para as outras áreas da nossa vida.

Amar a família

Aqui, devemos listar nossos familiares mais próximos e identificar qual deles precisa de mais atenção neste momento. Como essa avaliação deve ser repetida a cada seis meses ou um ano, essas pessoas e as ações que tomaremos mudarão. Devemos identificar, aqui, de que formas práticas poderemos demonstrar amor para estas pessoas.

Servir a igreja

Devemos avaliar nossa participação na igreja local e identificar se estamos desenvolvendo e aplicando nossos dons de maneira satisfatória para servir aos irmãos.

Comunhão com outros cristãos

Neste aspecto, devemos identificar os relacionamentos que temos, e criar um plano de ação para podermos exercitar a comunhão com outros cristãos. Também, devemos identificar se não estamos investindo em relacionamentos que impedem a nossa comunhão com Deus e com outros cristãos. O destaque aqui é que devemos aprender a investir em relacionamentos frutíferos com outros cristãos.

Evangelizar não cristãos

É muito importante identificar oportunidades de desenvolver, também, amizades com não cristãos, para que seja possível pregar o evangelho a eles. Por mais que seja importante termos tempo com amigos cristãos, não fomos chamadas para viver em uma bolha, e o relacionamento com pessoas que não são cristãs pode ser uma excelente forma de apresentar a graça de Jesus a elas. Os relacionamentos sempre foram a forma mais efetiva de evangelização, por isso, devemos ter tempo para estas amizades também.

Realizar seu trabalho

Seja qual for o seu trabalho, desempenhá-lo de forma excelente é uma forma de glorificar a Deus. Ainda que sejamos profissionais que atuam fora do lar, nossa família é nossa prioridade um, e devemos dedicar nossas forças para servir ao esposo e aos filhos, sem deixá-los de lado em nome do exercício profissional. É uma das coisas mais difíceis encontrar esse equilíbrio, por isso devemos colocar toda a nossa vida diante de Deus e ele nos ajudará a colocar as nossas prioridades na ordem certa, dando graça para que façamos as melhores escolhas.

Cuidar do corpo

Devemos também atentar para o cuidado com o nosso corpo. Precisamos identificar o que é preciso fazer para que nos cuidemos de forma adequada. Seja corrigir a nossa alimentação ou investir em atividades físicas, precisamos sim investir em nossa saúde física. Assim, teremos disposição para servir aos nossos familiares, para trabalhar, servir a igreja e ter uma vida feliz e saudável.

Conclusões

Uma dica importante é que não devemos tentar mudar tudo de uma vez só. É preciso identificar onde estamos precisando investir mais do nosso tempo e intensificar as ações para esta área. Com o tempo, a área em que investimos estará sob controle e equilibrada e assim poderemos continuar cuidando dela e identificar qual outro aspecto precisa de um pouco mais de atenção.

Outra coisa que precisamos enfiar na cabeça é que por mais que a vida esteja louca, precisamos tirar esse tempo de planejamento. Não devemos esperar que a vida fique sossegada para poder parar e fazer isso, porque infelizmente a tendência é de cada vez mais correria. As pressões que sofremos são o motivo pelo qual devemos sim nos planejar. A vida de Jesus é um exemplo da importância de retiros individuais para o desenvolvimento das demais áreas da nossa vida. Justamente por ter tantas demandas, é que ele se retirava para orar e buscar a orientação de Deus.

Como eu disse, esse capítulo está recheado de ensinamentos. Nem tudo o que aprendi aqui eu já coloquei em prática, mas pretendo começar a fazer esse planejamento geral da vida, colocar sob teste as dicas que este capítulo apresentou e ver o que funciona e o que não funciona na minha rotina.

Você já conhecia essa forma de planejamento? Como você organiza as várias demandas da sua vida?

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[Reflexões] Socorro, não tenho tempo – Parte 3

Continuando a falar sobre o livro Socorro, não tenho tempo, como tenho feito há algumas semanas, hoje quero falar sobre a segunda dica que as autoras trazem no livro.

A primeira dica, que é a de acordar cedo e não enrolar pra começar as atividades do dia, está intimamente ligada com a segunda, que é: assentar-se aos pés de Jesus.

Acordar cedo vai ser excelente para sua produtividade. Você vai começar a administrar seu tempo melhor, vai conseguir fazer mais coisas. Mas como mulheres cristãs, não queremos ser apenas produtivas, certo? Queremos que Deus seja glorificado em nossa vida, por isso, tirar um tempo para aprender com ele, é essencial para nós.

Segundo as autoras, o ideal é que você tenha contato com a palavra de Deus logo pela manhã, antes mesmo de se arrumar para o trabalho ou fazer o café da família. Claro que, se somos donas de casa e não precisamos sair para trabalhar, é só uma questão de reorganizar as atividades matinais pra poder colocar o devocional como a primeira coisa do dia, antes até que o resto da família acorde.

Se você, como eu, já acorda cedo demais e ainda assim precisa correr pra não perder a hora do trabalho, pode ser que precise encontrar outro momento para seu devocional diário. Eu acabo usando o trajeto até o trabalho para fazer isso. Sempre li alguma coisa nesse tempinho, mas depois da leitura desse livro, resolvi dedicar a primeira leitura da manhã para a Bíblia. Aí o livro fica pra hora do almoço ou pra viagem de volta. E vários outros momentos também.

Mas, independente da hora em que você vai fazer seu devocional, é importante pensar no motivo pelo qual as autoras falam disso como uma prioridade. Como cristãs, nossa prioridade deve ser ler a Bíblia e orar. Só depois de colocarmos nossos pensamentos e ações sob o crivo de Deus é que devemos seguir com nossos planos.

Quando nos sentamos aos pés de Jesus recebemos graça para lidar com o tempo; sabedoria para como nos comportamos; direção para as decisões que temos que tomar; e paz no meio de toda essa confusão que é a nossa vida.

Além disso, colocar nossa vida nas mãos do Senhor todos os dias, antes de começar a desempenhar qualquer coisa, nos ensina a sermos dependentes dele e a confessar que somos incapazes de fazer as coisas sem a ajuda dele.

Quando não colocamos nossa vida nas mãos de Deus, demonstramos com arrogância que não nos importamos com o que ele tem para nós.

Para ajudar a começar este hábito, defina o tempo que vai ser usado para o devocional. Se for de manhã, que hora, e qual duração. Este é o compromisso mais importante do seu dia, portanto, nada de flexibilizar demais.

Além disso, escolha um plano de leitura para seguir durante estes momentos. Temos a tendência de sempre escolher as passagens de que mais gostamos, ao passo que um plano de leitura ajuda a seguir ao longo de toda a Bíblia ou então um certo eixo temático que pode ser bem eficiente para esses momentos de devocional.

Desligue a televisão. Sem perceber, passamos tempo demais em frente à televisão ou computador, e quando nos damos conta, não temos mais tempo nem disposição para passar nosso tempo de qualidade com Deus. Sejamos firmes em restringir o tempo de televisão para que tenhamos um período de devocional produtivo e frutífero.

Eu tenho tentado manter uma certa rotina nas minhas manhãs. Na semana passada acordei um pouco mais cedo quase todos os dias e consegui ganhar um pouco mais de tempo sem prejudicar meu rendimento no trabalho ou ficar muito sonolenta. Vou tentar essa semana novamente.

Como você organiza seu tempo para o devocional? Conta pra mim nos comentários e vamos aprendendo umas com as outras!

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Somewhere in The Middle – Casting Crowns

Essa música é de uma das bandas de música cristã contemporânea que eu mais tenho ouvido ultimamente. Gosto muito das letras, porque me fazem pensar em muita coisa sobre a vida e sobre a fé e isso é o que eu normalmente busco quando estou escolhendo o que ouvir no Spotify. É verdade que eu acabo ouvindo quase sempre as mesmas, durante um tempo e, depois, quando volto a ouvir, sempre lembro de pessoas, fases, eventos. Mas quando me bate aquela vontade de conhecer músicas novas eu coloco o player no aleatório e acabo esbarrando em coisa boa. Foi assim com Somewhere in the Middle.

A música é do álbum The Altar and the Door, de 2007, antiguinha, mas ao longo dos posts sobre música vocês vão notar que eu sou bem nostálgica quanto a isso. Você pode acessar a playlist de músicas analisadas do blog aqui, segui-la e sempre que tiver coisa nova, acompanhar por lá também. A letra vai estar no final do post.

Blog da Ju - Somewhere in the middle - The Altar and The Door

Quando ouvi essa música prestando atenção na letra pela primeira vez, a ideia central da música ficou bem clara. Ela é repetida ao longo das estrofes e do refrão, e me levou a pensar sobre meu comportamento em relação ao que me acontece. O fato de estar sempre presa entre duas situações ou decisões, que é o dilema constante de todo ser humano. Escolhas. Mas quando estamos presos entre duas opções, em algum lugar no meio disso tudo, Deus vai nos encontrar. As figuras que ele traz, em frases comparativas, são emblemáticas e nos ajudam a enxergar o que ele quer transmitir.

Claro que eu sei que Deus está comigo, mas escolher nem sempre é fácil, principalmente quando não se está entre o certo ou o errado ou entre o bom ou o ruim. É mais difícil quando estamos entre dois caminhos possíveis.

Em determinadas situações, estar parado entre as duas opções é que é a coisa errada. É preciso escolher um lado, posicionar-se, dar a cara a tapa e arcar com as consequências disso. Ficar em cima do muro, tentando servir aos dois lados é bem mais prejudicial. É preciso escolher entre ser frio e ser quente. Morno não é uma opção.

Há ainda, um contraste bem grande entre o que eu era quando a caminhada começou e quem eu sou hoje. Assim como um rio nunca é sempre o mesmo rio, porque a água que estava ali num dia, não é a mesma que está ali hoje, não somos os mesmos. É um processo contínuo e, nesse caso, até o fim, estaremos presos entre o que fomos um dia e o que estamos caminhando para ser. Sou bem ansiosa, então, pensar na vida como um processo, um caminho não concluído é algo que me frustra às vezes, porque eu queria ver alguns resultados que demoram para aparecer. Preciso aprender a olhar pra trás e ver o que já consegui até aqui.

Aprender a ser coerente com o que sinto é bem necessário. Não que eu não seja assim na maior parte do tempo, mas sempre há aquelas situações que nos colocam o dilema entre fazer o que achamos certo e manter a política da boa vizinhança.

E o principal, creio, aprender a submeter os meus planos à vontade de Deus, pois em várias ocasiões, o que quero nem sempre se concretiza justamente por estar fora do que Deus determinou. E isso me deixa, a princípio, bem frustrada. Na maior parte do tempo, precisamos aprender a ter paz com o que já temos, ao invés de querer sempre mais.

Nós sabemos que ele está conosco o tempo todo, e que por mais difícil que seja a escolha, não passaremos por isso sozinhos. Mas sempre tentamos nos manter no meio, equilibrando situações opostas, nos desgastando e ficando sempre com o pior dos dois mundos. Exatamente o oposto do que queremos.

Enquanto ainda estamos em território seguro, temos coragem, nos gabamos de nossas conquistas e desbravamos o mundo que está do lado de dentro da cerquinha branca do quintal de casa. Mas quando somos obrigados a crescer e ir além dos limites do nosso mundo conhecido, mergulhar em uma realidade totalmente diferente, as nossas decisões deverão ser tomadas fora de um ambiente à prova de falhas. Nessa hora, precisamos nos soltar das nossas certezas, para só assim conseguimos nos render inteiramente a Cristo e sua vontade.

Nós tentamos ir até o limite da nossa própria segurança, porque por mais que queiramos nos submeter ao Senhor, somos teimosos demais pra abrir mão das nossas certezas. Isso me diz que não amamos a Deus como deveríamos, pois não o colocamos como única opção pra nós e sempre tentamos conciliar nosso serviço a Ele com o serviço aos nossos próprios caprichos. E essa é a principal lição que devemos aprender.

Somewhere in the middle – Letra

Somewhere between the hot and the cold
Somewhere between the new and the old
Somewhere between who I am and who I used to be
Somewhere in the middle, You’ll find me

Somewhere between the wrong and the right
Somewhere between the darkness and the light
Somewhere between who I was and who You’re making me
Somewhere in the middle, You’ll find me

Just how close can I get, Lord, to my surrender without losing all control

Fearless warriors in a picket fence, reckless abandon wrapped in common sense
Deep water faith in the shallow end and we are caught in the middle
With eyes wide open to the differences, the God we want and the God who is
But will we trade our dreams for His or are we caught in the middle
Are we caught in the middle

Somewhere between my heart and my hands
Somewhere between my faith and my plans
Somewhere between the safety of the boat and the crashing waves

Somewhere between a whisper and a roar
Somewhere between the altar and the door
Somewhere between contented peace and always wanting more
Somewhere in the middle You’ll find me

Just how close can I get, Lord, to my surrender without losing all control

Lord, I feel You in this place and I know You’re by my side
Loving me even on these nights when I’m caught in the middle