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[Blogagem Coletiva] 10 coisas que aprendi com relacionamentos

Cada pessoa com quem nos relacionamos nos ensina alguma coisa. Depois de algumas tentativas frustradas e de uma caminhada bem sucedida nesse aspecto, aprendi muita coisa, com cada pessoa que passou pela minha vida. Dessas lições, eu separei dez pra contar pra vocês:

Você tem que se amar primeiro: parece história de palestra de autoajuda, mas eu garanto. Se você entra em um relacionamento sem estar com sua autoestima no lugar, você vai se sujeitar ao que não precisa, vai aguentar muita coisa desnecessária e vai desequilibrar a balança do amor, porque vai se contentar em ficar sempre com as migalhas do outro.

Você tem que dar sua opinião:

Não tem coisa mais destrutiva pra um relacionamento do que deixar que o outro escolha tudo e tome todas as decisões por você. Anular suas vontades só vai fazer você perder espaço e deixar sua vida parada enquanto vive a do seu parceiro. A vida é muito mais divertida quando a gente pode experimentar as coisas novas que o relacionamento com outras pessoas nos permitem, mas é importante não nos esquecermos do que nos agrada. Não deixe de opinar, seja pra decidir que filme assistir ou onde comer, seja pra definir onde vão morar, quantos filhos vão ter, entre outras coisas mais importantes.

Você precisa observar a família:

Observe a família do seu parceiro. A forma como ele os trata reflete muito sobre como você será tratado no casamento. Os filhos são espelhos dos pais e, por isso, é bom ficar atento a que modelos de caráter seu parceiro foi exposto. Você vai perceber se eles se tratam com carinho, se se ajudam, se são companheiros e unidos. Tudo isso faz uma baita diferença no fim das contas!

Você precisa estar inteiro em seu relacionamento:

Ficar com alguém simplesmente pra tambar o rombo deixado por alguém do passado é a pior coisa que você pode fazer. Seu parceiro não merece ser tratado como estepe. Da mesma forma, não fique com alguém que você percebe que ainda não esqueceu um amor antigo. Você não será capaz de substituir a outra pessoa no coração do outro. Curem-se primeiro, sejam inteiros sozinhos, pra depois resolver dividir sua vida com alguém.

Você precisa tomar cuidado com as amizades:

Em determinadas fases da vida, nós dividimos muito das nossas vidas com os amigos. As mulheres são especialistas nisso. Talvez por isso sejam as que mais sofrem com traições, manipulação e falsidade, quando se trata de relacionamentos. É sempre bom tomar cuidado com os conselhos que recebe, pois sua amiga pode estar, na verdade, interessada no fim do seu relacionamento pra que ela possa ir lá e tomá-lo de você. Com todas as informações que você passou, o caminho para ela será bem mais simples.

Você precisa trabalhar sua autoestima:

Para ficar com alguém e ter um relacionamento feliz, é crucial que você esteja com sua autoestima equilibrada. Senão, você corre o risco de se submeter a quem não te trata como você gostaria ou não te dá tanta importância ou atenção quanto você merece, só pra não ficar sozinha. Isso é terrível. Não devemos nos submeter a situações degradantes apenas para falar pros outros que estamos com alguém.

Você precisa cultivar a amizade com seu parceiro:

Invista tempo em construir um relacionamento de amizade com seu parceiro. Conversar, compartilhar experiências, fazer programas que estimulem a criação de um vínculo que vá além da atração física entre vocês, são coisas que vão contribuir para que o relacionamento permaneça firme mesmo em momentos mais complicados.

Você precisa ter e dar espaço:

Você ainda precisa de tempo para você, da mesma forma que seu parceiro. Seja para cuidar de si mesmo, ou para fazer algo que você gosta e seu parceiro não, ou simplesmente para passar um tempo sozinho. Todos precisamos de espaço e de tempo, por isso, dê isso ao seu parceiro e separe um tempo para suas atividades individuais.

Você precisa ceder:

Nem sempre as coisas saem como a gente planejou. Por isso, uma das coisas mais importantes a se aprender em um relacionamento é fazer concessões. Você deve se impor quando isso for necessário e sempre dar sua opinião, mas em determinados momentos é a vontade do outro que vai prevalecer e você precisa entender e respeitar isso.

Você precisa manter seu relacionamento para você:

O que acontece entre vocês deve ficar entre vocês. Amigos ou família não podem nem devem interferir nessas questões, mas se você sai contando tudo o que acontece, está dando abertura para que eles opinem, critiquem, discordem e se intrometam em assuntos que inicialmente interessam apenas ao casal. Por isso, mantenha sua boquinha fechada.

 Este post faz parte da blogagem coletiva do Rotaroots, um grupo que tem a missão de resgatar as raízes da blogosfera, incentivando a produção de conteúdo autoral e criativo, sem regras pré-definidas.

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[Resenha] A Playlist de Hayden – Michelle Falkoff

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Título: A Playlist de Hayden

Autora: Michelle Falkoff

Editora: Novo Conceito

Ano: 2015

Páginas: 288

A Playlist de Hayden – Depois da morte de seu amigo, Sam parece um fantasma vagando pelos corredores da escola, o que não é muito diferente de antes. Ele sabe que tem que aceitar o que Hayden fez, mas se culpa pelo que aconteceu e não consegue mudar o que sente
Enquanto ouve música por música da lista deixada por Hayden, Sam tenta descobrir o que exatamente aconteceu naquela noite. E, quanto mais ele ouve e reflete sobre o passado, mais segredos descobre sobre seu amigo e sobre a vida que ele levava.
A PLAYLIST DE HAYDEN é uma história inquietante sobre perda, raiva, superação e bullying. Acima de tudo, sobre encontrar esperança quando essa parte parece ser a mais difícil.

O que que achei de A Playlist de Hayden?

A Playlist de Hayden conta a história de Sam, um garoto que passa por uma das piores experiências de sua vida. Seu melhor amigo, Hayden, cometeu suicídio e deixou apenas um pendrive e um bilhete: “Para Sam. Ouça, você vai entender”. Neste pendrive, está uma playlist com várias músicas selecionadas por Hayden e agora Sam, ao tentar lidar com o que aconteceu, quer usá-la para entender o que levou o amigo a tomar uma medida tão drástica.
A Playlist de Hayden é contado pela perspectiva de Sam. Tanto ele quanto Hayden eram os garotos desajustados da escola, os que não se encaixavam em nenhum padrão, em nenhuma das tribos adolescentes que se formaram no colégio e que preferiam se isolar em seu mundo geek. Com a morte de Hayden, Sam percebe que não tinha mais ninguém além do amigo e isso parece tornar a situação ainda mais difícil de superar. Ele não tem com quem conversar nem sente confiança em se abrir com outras pessoas.
Tanto Sam quanto Hayden eram vítimas de bullying e, com seu perfil antissocial, isso os afastava ainda mais dos outros colegas, o que apenas servia para alimentar ainda mais este círculo vicioso. Até que aparentemente a situação se torna insustentável para Hayden.
Sam se sente culpado pelo que aconteceu, acredita que poderia ter feito alguma coisa para impedir o amigo de ter tomado essa atitude, se tivesse percebido antes a forma como tudo o que acontecia com eles o afetava. Porém, conforme lemos a história, percebemos que nada é tão simples como parece.
Para quem já sofreu bullying, ler A Playlist de Hayden pode ter dois lados. Você pode achar extremo demais o que aconteceu com Hayden. Ou você pode se entender e se aceitar melhor. É interessante que, quando vemos as histórias de outras pessoas, conseguimos entender mais do que quando aquilo acontece com a gente mesmo.
Talvez pela minha personalidade ou pela minha criação, não sei exatamente por que motivos, mas eu já fui MUITO alvo de bullying. Eu tinha o “kit bullying”: magrela demais, estrábica, óculos, aparelho, espinhas, nerd. Então, pra mim foi bem simples entender o que os garotos do livro A Playlist de Hayden sentiam e os receios deles de se integrarem em uma vida social normal. Tudo isso passou, eu lidei com tudo isso (talvez não da melhor forma, mas com certeza, não da pior). Mas vejo que poderia ter passado por alguns anos da vida sem tanto sofrimento ou com um pouco mais de gente em volta de mim, se tivesse aprendido a ligar o foda-se naquela época.
Lembrei de muita coisa que eu vivi ao ler essa história, e por mais que eu nunca tomasse uma atitude como a de Hayden, entendo seus motivos e fico muito preocupada com outros adolescentes e jovens, por aí, que estão dando sinais de que estão no limite, que estão deixando mensagens sutis por meio de seus comportamentos, músicas, falas, silêncios… mas que a maioria das pessoas ignora ou subestima. Infelizmente, isso pode ter, sim, consequências graves, e nós precisamos prestar atenção.
Gostei muito da história de A Playlist de Hayden. Apesar de ter lido algumas resenhas desfavoráveis, acredito que a obra trouxe bastante reflexão para um tema aparentemente inocente, mas que pode ter consequências sérias, se não levarmos em conta as peculiaridades de cada indivíduo.
A leitura é rápida e fluida. Como o assunto me interessou muito, li A Playlist de Hayden em pouquíssimas horas, acompanhada das músicas que dão nome a cada capítulo e que permitem entender a essência do texto, ainda que não de forma expressa. Adorei a experiência de ler com música e é provável que a repetirei em outras obras que tenham sua trilha sonora própria.

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[Resenha] Neve na Primavera – Sarah Jio

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Título: Neve na Primavera

Autora: Sarah Jio

Editora: Novo Conceito

Ano: 2015

Páginas: 336

SEATTLE, 1933. Vera Ray dá um beijo no pequeno Daniel e, mesmo contrariada, sai para trabalhar. Ela odeia o turno da noite, mas o emprego de camareira no hotel garante o sustento de seu filho.
Na manhã seguinte, o dia 2 de maio, uma nevasca desaba sobre a cidade.
Vera se apressa para chegar em casa antes de Daniel acordar, mas encontra vazia a cama do menino. O ursinho de pelúcia está jogado na rua, esquecido sobre a neve.
Na Seattle do nosso tempo, a repórter Claire Aldridge é despertada por uma tempestade de neve fora de época. O dia é 2 de maio. Designada para escrever sobre esse fenômeno, que acontece pela segunda vez em setenta anos,
Claire se interessa pelo caso do desaparecimento de Daniel Ray, que permanece sem solução, e promete a si mesma chegar à verdade. Ela descobrirá, também, que está mais próxima de Vera do que imaginava.

O que eu achei de Neve na Primavera?

Neve na Primavera, de Sarah Jio, conta a história de Claire Aldridge, uma jornalista que está passando por um problema em sua vida pessoal, em razão de um acidente e de seu casamento, que parece estar ruindo um pouco a cada dia. Ela é escalada pelo seu chefe para escrever uma matéria sobre a nevasca que assolou a cidade naquele dia, 2 de maio. É a segunda vez em oitenta anos que este fenômeno acontece e, apesar de inicialmente Claire achar que não tem realmente muito o que escrever sobre o assunto a não ser a enorme coincidência de datas, logo ela descobre uma notícia de um jornal muito antigo, sobre o desaparecimento de Daniel Ray, um garotinho de apenas três anos de idade.

Tocada pelo mistério do desaparecimento do garoto, que permaneceu este tempo todo sem solução, Claire começa a pesquisar e investigar o que realmente aconteceu naquela época. A busca acaba se tornando algo muito pessoal para ela, que pecebe que o desfecho deste caso pode estar mais perto do que realmente imagina.

A história de Neve na Primavera é narrada do ponto de vista de Claire, em 2013 e de Vera, em 1933. Aos poucos, vamos sabendo o que aconteceu no passado, ao mesmo tempo em que Claire faz suas descobertas nos dias atuais. A trama vai se fechando em torno das duas narrativas, construindo aos poucos o quebra cabeças que é o desaparecimento do garoto.

Gostei bastante da premissa da história, principalmente por abordar, ainda que de forma leve e sutil, não só a questão do sofrimento pela perda de um filho, mas também a autodestruição que a falta de comunicação e a falta de perdão geram para o indivíduo e seus relacionamentos. A escrita de Sarah Jio é bastante delicada e usa um vocabulário leve e gracioso, sem uso de termos muito coloquiais. A leitura de Neve na Primaveraé rápida e envolvente, repleta de descobertas e novidades ao longo dos capítulos.

Entretanto, não posso afirmar que é um dos melhores livros dos últimos tempos. Apesar de ser uma excelente distração, e uma história bonita, há coincidências demais em Neve na Primavera. O tempo todo parece que as coisas se resolvem como em um passe de mágica. Claro que há aquelas situações em que fica claro o esforço do personagem em resolver algum mistério, mas na grande maioria das vezes, a impressão que temos é que as coisas caem do céu, de bandeja no colo de Claire.

Sem falar que, em algumas cenas, é muito previsível o desenrolar, e isso acabou me incomodando um pouco. Por exemplo, em uma das cenas Claire insiste em não atender a chamada do marido, e isso é exaustivamente destacado no capítulo, depois de ele ter feito algo que a magoou. Claro que, destacar tanto isso só poderia significar que ele estava ligando para dar uma notícia séria. E foi batata. Nada que seja essencial para a trama, mas que deixa a obra com um tom adolescente demais para uma história com personagens que já passaram dos trinta anos.

De um modo geral, porém, Neve na Primavera vale a pena e eu certamente recomendo sua leitura. Foi o primeiro livro da autora que li, mas quero ver se leio outros, para poder fazer uma comparação adequada.

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[Resenha] A Lista – Cecelia Ahern

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Título: A Lista

Autora: Cecelia Ahern

Editora: Novo Conceito

Ano: 2015

Páginas: 384

Kitty Logan tem 32 anos e aos poucos está perdendo tudo o que conquistou: sua carreira está arruinada; seu namorado a deixou sem um motivo aparente; seu melhor amigo está decepcionado com ela; e o principal: sua confidente e mentora está gravemente doente.
Antes de morrer, Constance deixa um mistério nas mãos de Kitty que pode ser a chave para sua mudança de vida: uma relação de nomes de pessoas desconhecidas. É com base neles que Kitty deverá escrever a melhor matéria de sua carreira.
Quando começa a ouvir o que aquelas pessoas têm a dizer, Kitty aos poucos descobre as conexões entre suas histórias de vida e compreende por que foi escolhida para dar voz a elas.

O que eu achei de A Lista?

A Lista é o sétimo livro de Cecelia Ahern e o primeiro que eu li da autora. O livro conta a história de  Kitty, uma jornalista que está em um péssimo momento. Após ter feito uma grande besteira no trabalho, ela vê sua vida profissional e pessoal desmoronando. Sem saber o que fazer, ela procura Constance, sua amiga e mentora, a editora da revista onde ela trabalha, para tentar encontrar uma solução. Constance é uma das pessoas que mais conhece Kitty e que acredita que ela poderia dar a volta por cima, porém, não há muito o que ela possa fazer, pois está em um leito de hospital, com câncer em estágio terminal.

Após sua morte, Kitty descobre uma lista com cem nomes que Constance deixou para ela. Mas são apenas estes nomes, sem nenhuma instrução, nenhuma informação adicional. Sem saber nada sobre estas pessoas, mas com pouco tempo para tentar colocar no papel a última ideia de sua amiga, Kitty começa a tentar desvendar o mistério por trás de cada nome dessa lista.

A história de A Lista é uma delícia de ler. Confesso que eu fiquei esperando uma carga dramática enorme, considerando que a autora ficou famosa por escrever P. S. Eu te amo, que eu inclusive ainda não li, por motivos de não querer me colocar no lugar da personagem. Enfim. Peguei o livro conformada de estar prestes a enfrentar as lágrimas, mas encontrei uma narrativa leve, uma história descontraída e cheia de humor. Bem do jeitinho que eu gosto. Apesar de ter, sim, alguns elementos dramáticos, isto não tira a leveza da trama e nem deixa a história arrastada. Li o livro em pouquíssimo tempo, pois não conseguia largá-lo para nada!

A edição está linda. Gostei muito da capa  de A Lista e da ideia dos nomes, da cor e da textura. A tradução está muito bem feita e a revisão foi cuidadosa. Apesar de ser um livro de quase 400 páginas, acredito que todos lerão bem rapidinho, assim como eu. Vale muito a pena!

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[Resenha] Bom Dia, Sr. Mandela – Zelda La Grange

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Título: Bom dia, Sr. Mandela

Autora: Zelda La Grange

Editora: Novo Conceito

Ano: 2015

Páginas: 432

Bom Dia, Sr. Mandela conta a extraordinária história de uma jovem que teve suas crenças, preconceitos e tudo em que sempre acreditou transformados pelo maior homem de seu tempo. A incrível trajetória de uma datilógrafa que, escolhida para se tornar a mais leal e devotada assessora de Nelson Mandela, passou a maior parte de sua vida trabalhando ao lado do homem que ela passaria a chamar de Khulu , ou avô.

O que eu achei de Bom Dia, Sr. Mandela?

O livro Bom Dia, Sr. Mandela foi escrito pela secretária pessoal de Nelson Mandela, Zelda La Grange. Nesta obra, ela relata de forma emocionante os anos que viveu ao lado do lider humanitário, desde quando exerceu o cargo de Presidente da África do Sul até sua morte.

Por meio dessa história, conhecemos um pouco mais da trajetória de Nelson Mandela, suas ações como presidente e suas ideias. O livro não é uma biografia dele, mas sim um relato da experiência de Zelda, de modo que, ao conhecermos seu ambiente profissional, as atividades que tinha que desempenhar como assistente pessoal de Mandela, aprendemos mais sobre a pessoa dele, sua vida particular – pelo menos aquilo que ela quis revelar – e a emocionante mudança de pensamento de Zelda, conforme convivia com ele.

Zelda é uma mulher branca, que nasceu e cresceu na África do Sul do apartheid. Filha de protestantes bôeres tradicionais, ela foi criada para acreditar que os negros eram perigosos, que não deveria tocar neles, conviver com eles. Ela era conservadora e, por ter tido uma vida boa, nunca havia se questionado sobre a veracidade ou validade de tudo o que lhe ensinaram desde sempre. A separação entre as raças e o medo dos negros, incitado pelos próprios brancos, sempre foi algo comum para ela.

Quando ela, que era uma simples datilógrafa, foi escolhida para ser assistente do agora presidente da República, Nelson Mandela, tudo o que ela sempre acreditou passou a sofrer transformações diárias. Seu comportamento e sua visao política se transformou de maneira radical, conforme conhecia o chefe do Poder Executivo, o líder humanitário, o ser humano que ela passaria a amar e admirar profundamente.

O livro é escrito de forma belíssima. Mesmo sendo um relato biográfico, a história é fascinante. O legado de Nelson Mandela é conhecido de todos, mas foi uma experiência deliciosa conhecer como tudo isso foi tomando forma ao longo do tempo e um aprendizado fantástico conhecer os bastidores da transformação da África do Sul. Fiquei emocionada com a devoção de Zelda ao seu Khulu – a forma carinhosa com que se referia a ele – e com a transformação que ele foi capaz de motivar nela e em sua família.

Li o livro em poucos dias. Gosto de história e sempre me interesso por temas que envolvem assuntos importantes como o apartheide ou a história de Mandela. Recomendo muito a leitura!

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[TAG] Meus Hábitos Literários

Hoje vou responder a tag Meus Hábitos Literários, que vi no blog Resenhando Sonhos. Faz um tempão que ela postou, mas mesmo assim, quis fazer a tag. Venha ver minhas respostas!!

1. QUANDO VOCÊ LÊ? (MANHÃ, TARDE, NOITE, O DIA INTEIRO OU QUANDO TEM TEMPO).

À noite é regra… Sempre leio um pouco antes de dormir. Mas sempre que posso, encaixo uma leitura entre outros horários, como no almoço, por exemplo. Se almoço sozinha, depois de comer leio pelo menos uma meia horinha, pra descansar a cabeça. De manhã, enquanto meu marido termina de se arrumar para irmos trabalhar, também consigo ler alguns minutos.

2. VOCÊ LÊ APENAS UM LIVRO DE CADA VEZ?

Normalmente sim, porque me apego a uma história e fica complicado largar o livro pra ler outro. Mas às vezes leio as postagens capítulo a capítulo no Wattpad, então acabo lendo dois ao mesmo tempo, mas é raro… O que eu costumo fazer é ter o livro físico e o digital, assim leio a história em qualquer lugar, acabo mais rápido e já parto para a próxima leitura!!

3. QUAL SEU LUGAR FAVORITO PARA LER?

Gosto de ler na minha cama. Acho que por ter o costume de ler antes de dormir, se estiver em casa e quiser ler durante o dia, acabo indo pra lá.

4. O QUE VOCÊ FAZ PRIMEIRO: LÊ O LIVRO OU ASSISTE AO FILME?

Normalmente eu deixo tanto o filme pra depois que, se o livro perde a prioridade na minha lista de leitura eu nem leio nem assisto. Aí vou ler muito tempo depois ou, se perdi completamente o interesse em ler aquela história, assisto só o filme e não leio.

5. QUAL FORMATO DE LIVRO VOCÊ PREFERE? (ÁUDIO-LIVRO, E-BOOK OU LIVRO FÍSICO)

Sempre vou amar os livros físicos, mas aprendi a gostar da praticidade de ler em qualquer lugar que o e-book oferece. Por isso, acabo dando preferência ao e-book ou então indo atrás do e-book dos livros físicos que eu tenho.

6. VOCÊ TEM ALGUM HÁBITO EXCLUSIVO AO LER?

Gosto de ler deitada de lado, normalmente coberta, quando é à noite. Durante o dia, sempre faço uma caneca de café quentinho e vou pra sala.

7. AS CAPAS DE UMA SÉRIE TEM QUE COMBINAR OU NÃO IMPORTA?

Nossa, claro que sim, por favor!! Me dá aflição quando as cores das lombadas não são uniformes, quando muda o tamanho dos livros, a fonte, o estilo… Se é uma série, acho que tem que manter um padrão do começo ao fim.

 

Bom, agora você já conhece um pouco mais sobre meus hábitos de leitura! Que tal responder também e deixar seu link aqui nos comentários? Vou adorar conhecer seus hábitos!!

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[Resenha] Primeiro e Único – Emily Giffin

primeiro e único

Título: Primeiro e Único

Autora: Emily Giffin

Editora: Novo Conceito

Ano: 2015

Páginas: 448

Shea tem 33 anos e passou toda a sua vida em uma cidadezinha universitária que vive em função do futebol americano. Criada junto

com sua melhor amigas, Lucy, filha do lendário treinador Clive Carr, Shea nunca teve coragem de deixar sua terra natal. Acabou cursando a universidade, onde conseguiu um emprego no departamento atlético e passa todos os dias junto do treinador e já está no mesmo cargo há mais de dez anos.

Quando finalmente abre mão da segurança e decide trilhar um caminho desconhecido, Shea descobre novas verdades sobre pessoas e fatos e essa situação a obriga a confrontar seus desejos mais profundos, seus medos e segredos.

A aclamada autora de Questões do Coração e Presentes da Vida criou uma história extraordinária sobre amor e lealdade e sobre uma heroína não convencional que luta para conciliá-los.

O que eu achei de Primeiro e Único?

O livro Primeiro e Único é o sétimo de Emily Giffin, mas o primeiro que eu li da autora. A escolha desse livro se deu mais pela vontade de ler algo dela do que pela sinopse ou pela capa. Não sou uma fã de esportes, e a referência ao futebol americano na capa me deixou um pouco receosa sobre o livro, mas ao começar percebi que estava me preocupando sem motivos.

Primeiro e Único conta a história de Shea, uma mulher de 33 anos que passou a vida inteira na mesma cidade, estudou na universidade de lá e sempre trabalhou no mesmo lugar: o departamento de esportes do Walker, o time de futebol americano da universidade, que era comandado pelo pai da sua melhor amiga, Lucy.

No início da história, com o falecimento da mãe de Lucy, Shea passa a refletir sobre muita coisa, principalmente seu comodismo em relação ao namoro com Miller e o trabalho que não era nem de longe o que a traria mais realização profissional.

Apesar do respeito e do relacionamento próximo  com o treinador Carr e sua família, Shea acaba aceitando seu conselho e deixando a Walker para ir trabalhar em um jornal. Ela também acaba se envolvendo com Ryan James, o principal jogador de futebol americano do país.

Com o tempo, porém, ela vai se tornando cada vez mais próxima do treinador, ganha sua confiança e passa a ser até mesmo sua confidente. Eles passam cada vez mais tempo juntos e ela percebe que o que sente por ele está muito além de uma simples admiração.

A trama de Primeiro e Único é leve e carregada de romance, referências sutis, algo bem diferente do conteúdo explicito de tantos romances eróticos. É algo que me agrada muito e que vai me fazer ler mais livros da autora, com certeza.

Apesar de algumas referências desnecessárias como a história do passado de Ryan James e a demonização dele ao longo da história, como que para justificar que o treinador Carr seria muito melhor que ele, para Shea, achei a leitura muito agradável e envolvente, o tipo de romance que aquece o coração e é ótimo para os dias em que estamos de bobeira em casa. Mesmo cheio de clichês, que muita gente despreza e eu amo.

Algumas coisas me incomodaram um pouco, como as complicadas referências às jogadas do futebol amercano, com o qual não estamos familiarizados, alguns erros ortográficos graves e algumas frases com construções esquisitas, fruto de uma tradução – ou uma revisão – sem tanto cuidado. Tirando isso, eu amei Primeiro e Único e com certeza recomendo!

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[Resenha] Chá de Sumiço – Marian Keyes

chá de sumiço

Helen Walsh não vive um bom momento. O trabalho como detetive particular não vai bem, o apartamento foi tomado por falta de pagamento e um ex- namorado surge com uma proposta de trabalho: encontrar o desaparecido músico da Laddz, a boy band do momento. Precisando do dinheiro, ela se vê forçada a aceitar, o que causa uma confusão em sua cabeça ao conviver com o ex e precisar acalmar o atual namorado. Ao tentar seguir suas próprias regras, Helen será arrastada para o mundo complexo, perigoso e glamoroso do showbiz, percebendo que seu pior inimigo ainda está por surgir. Irresistível, comovente e muito engraçado, Chá de sumiço é diferente de todos os romances do gênero, e a protagonista – corajosa, vulnerável e dona de uma língua afiadíssima – é a heroína perfeita para os novos tempos.

O que eu achei de Chá de Sumiço?

Chá de Sumiço conta a história de Helen, a última das irmãs Walsh. Ela é descrita nos demais livros como a mais estabanada e atrapalhada, meio louca e completamente desajustada. Ela é uma personagem secundária forte nos demais livros das irmãs Walsh, o que deixou um buraco enquanto a autora não publicou um livro contando sua história.

Em Chá de Sumiço podemos conhecer mais da Helen de verdade, por trás de todas essas características externas. Não que ela seja uma incompreendida, mas como acontece com todo mundo, as pessoas só conhecem uma faceta dela. Há muito sobre Helen que ela não deixa ninguém acessar e esta é a razão de seus problemas no livro.

Ela é contratada para investigar o sumiço de um integrante de uma banda dos anos oitenta, mesmo não querendo nem conversa com Jay Parker, o agente da banda e seu ex namorado. Ela está muito bem com Artie, seu atual namorado, lindo e compreensivo e não quer problemas, mesmo precisando do dinheiro.

Helen ficou muito tempo sem trabalho e com isso, suas contas chegaram, ela não pagou e perdeu tudo. Até o apartamento que tanto amava. Ao ter que voltar a morar com os pais, ela, que já estava emocionalmente fragilizada desde o último episódio de depressão, se vê em um beco sem saída e tem que aceitar o trabalho de Jay.

Ao mesmo tempo em que tem que desvendar o mistério do desaparecimento de Wayne, vamos acompanhando a luta de Helen com a depressão, os seus efeitos e os remédios, bem como as situações em que se coloca, devido ao trabalho e sua condição pessoal.

A leitura é leve, cativante e rápida. Apesar de tratar de um tema sério como a depressão, a história de Chá de Sumiço me fez rir muito e me divertir com minha própria história, ao me identificar nos sintomas da doença e em todas as reações que tive e estou tendo ao longo do tratamento.

Chá de Sumiço um livro que recomendo demais. Marian Keyes usou muito o humor negro e a estrutura de escrita que aproxima o leitor. Em diversos momentos é possível quase ouvir os personagens conversando ao seu lado. Eu adorei!

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[Resenha] Tem Alguém Aí? – Marian Keyes

tem alguém aí?

Anna Walsh é um desastre ambulante. Ferida fisicamente e emocionalmente destruída, ela passa os dias deitada no sofá da casa de seus pais em Dublin com uma ideia fixa na cabeça: voltar para Nova York. Nova York é onde estão seus melhores amigos, é onde fica o Melhor Emprego do Mundo®, que lhe dá acesso a uma quantidade estonteante de produtos de beleza, mas também, e acima de tudo, é a cidade que representa Aidan, seu marido. Só que nada na vida dela é simples… Sua volta para Manhattan se torna complicada não só por conta de suas cicatrizes físicas e emocionais, mas também porque Aidan parece ter desaparecido. Será que é hora de Anna tocar sua vida pra frente? Será que ela vai conseguir (tocar a gente sabe que sim; o negócio é pra frente)? Uma série de desencontros, uma revelação estarrecedora, dois recém-nascidos e um casamento muito esquisito talvez ajudem Anna a encontrar algumas respostas. E talvez transformem sua vida… para sempre.

O que eu achei de Tem Alguém Aí?

O livro Tem Alguém Aí? conta a história de Anna Walsh, a irmã mais hippie das cinco. Ela mora em Nova York com o marido e trabalha em um emprego dos sonhos que a dá acesso a todo tipo de produtos de beleza. Mas quando a história começa, ela está em Dublin, na casa de seus pais, toda machucada e procurando por seu marido, Aidan, que desapareceu e não lhe dá notícias.

Além desse ponto da trama, há outras histórias paralelas, como o casamento de Rachel e o trabalho de Helen como detetive particular, que dão leveza à trama de Tem Alguém aí? e garantem boas risadas, em contraponto ao conteúdo dramático da obra, devido aos problemas por quais Anna está passando.

Tem Alguém Aí? é o mais diferente de todos das irmãs Walsh. Cheio de mistério, até quase a metade da história, que Anna precisa desvendar, para poder colocar sua vida nos eixos e voltar para sua cidade e seu trabalho, o enredo é bastante denso e com uma história que se desenvolve mais lentamente do que as demais. Mesmo assim, o estilo de Marian, recheado de humor e diálogos fluidos entre os personagens, deixa a leitura muito agradável.

A leitura é muito cativante e recomendada, apesar de sua temática ser um pouco mais pesada que os anteriores. Gostei muito da história de Tem Alguém Aí? e de poder observar o crescimento de Anna ao longo da trama, já que nos livros anteriores, por ser mais novinha e mais atrapalhada que suas irmãs – exceto Helen – acabamos tendo uma impressão um pouco diferente. Vale muito a pena!

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[Resenha] Los Angeles – Marian Keyes

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Maggie sempre foi uma anjinha, a cria mais certinha da complicada (e engraçadíssima) família Walsh… até se cansar de andar na linha e mandar todas as regras que a prendiam a um dia-a-dia em sal (e muito menos açúcar) às favas – a começar pelo casamento (que, para o bem da verdade, nunca havia realmente engrenado) e o trabalho bitolante numa firma de advocacia. Ao largar essa vida em preto e branco no passado, Maggie decide se mandar para o lugar onde a realidade promete ser em Technicolor: Hollywood, claro! Terra do glamour, da liberdade, da beleza (até as palmeiras das calçadas são magras), da luxúria e, obviamente, da diversão!

O que eu achei de Los Angeles?

Los Angeles conta a história de Maggie, a mais certinha das irmãs Walsh, que resolve mudar completamente, dar uma pirada total e começar uma vida nova, depois do fim do seu casamento. Ela larga tudo e vai para a terra do cinema, em busca de aventura e de uma vida que nunca foi a dela, em companhia de sua amiga Emily, que faz de tudo por um espaço nesse mundo das estrelas de cinema.

A história segue a mesma linha dos demais livros da Marian Keyes que li até agora e tem uma narrativa fluida e rápida, com diálogos que se aproximam muito do leitor. As descrições são bem feitas, de forma que todo o cenário e as situações ficam claramente definidos em nossa mente. Em Los Angeles vamos nos divertir com o esforço de Maggie em deixar de lado toda sua auto-crítica e a sua seriedade excessiva. Entediada e frustrada com a vida que havia levado até então, ela precisa mudar e são essas coisas que vão garantir os momentos de diversão da história, além da visita da família à Los Angeles, que é uma das partes mais hilárias da história.

Apesar de ser uma leitura divertida, Los Angeles não é tão cativante como as demais histórias das irmãs Walsh. Acho que não consegui me adaptar ao jeito de Maggie, apesar de toda sua tentativa de deixar de ser tão certinha. Mesmo assim, a leitura me prendeu, me divertiu e cumpriu seu papel. Apenas não é minha irmã Walsh favorita.

Los Angeles é uma leitura que eu recomendaria para quem já conhece a autora e, com isso, conseguiria entender o estilo e a ironia por trás de sua escrita. Do contrário, pode ser que achem o livro maçante e pouco dinâmica. Vale para ler nas férias, entre um passeio e outro, ou antes de dormir.