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O tipo de influência que eu gosto

Desde quando a moda das blogueiras sem blog começou, eu primeiro fiquei incomodada, depois com preguiça de continuar escrevendo aqui. Agora, cheguei em uma fase na qual eu deixei de me importar com o que as redes sociais estão forçando seus usuários a fazer e estou me dedicando a construir as bases daquilo que eu considero importante.

Ter um blog em um domínio meu, registrado, em uma plataforma em que eu tenho muita liberdade para fazer as coisas do meu jeito sempre foi mais parecido comigo do que uma rede social que muda a forma de entregar o conteúdo todos os dias. Sem contar que aqui, na minha casa, como diz minha amiga Marga, eu não fico refém de estilos e práticas que não tem nada a ver comigo. Nesses poucos dias em que voltei a escrever aqui, encontrei meu público, as pessoas que me leem, mesmo em um tempo de conteúdos tão rapidamente descartados. Meus textos são um retrato de quem sou hoje, em janeiro de 2023, mas também são tijolinhos que vêm construindo, há quase dez anos, um monte de conteúdo legal. As estatísticas do blog me mostram que resenhas e reflexões escritas há um tempão continuam sendo encontradas pela busca do Google e atraindo a atenção de quem gosta das mesmas coisas que eu. É para essas pessoas que eu escrevo.

Fico extremamente feliz quando alguém cria um blog e começa a escrever seus pensamentos e até textos de ficção, inspirados em minha trajetória como blogueira (com blog) e escritora. Acho o máximo quando as minhas amigas me contam que estão lendo mais, porque se inspiraram no meu ritmo de leitura e nas coisas que eu publico sobre isso. Adoro conversar sobre livros e textos. As palavras fazem parte da minha vida e quando consigo tocar a vida de alguém com elas ou com as palavras que eu amei e foram escritas por alguém, sinto que a minha missão foi cumprida.

Não sou do tipo que faz do blog um catálogo, nem que vai fazer uma resenha só falando bem se o livro tem problemas. Houve um tempo no passado que me pediram para tirar do ar uma resenha sobre um livro que eu não gostei (e que eu critiquei com todo o respeito, é claro). Na parceria havia a cláusula de que eu não mentiria na resenha, mas ainda assim, acharam melhor não manter a publicação. Talvez por não ficar divulgando lançamentos nem propagandas sem qualquer contrato aqui no blog, as parcerias estejam meio paradas por enquanto. Quem sabe um dia elas voltam?

Mas o que eu gosto mesmo é de ir conversando com as pessoas sobre o que leio. Amo clubes de leitura por isso. Além de deixar as amigas com vontade de ler coisas novas, também saio de cada reunião com uma lista de livros que quero ler. Eu amo manter esse ciclo de recomendações e de influências e acho que é uma das formas de construir relacionamentos e conhecimento duradouros. Assim como o conteúdo que eu publico aqui.

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Sem querer criar expectativas…

Mas já criando.

E falhando miseravelmente.

O meu ano útil começou na primeira segunda-feira útil do mês e eu já estou atrasada. Claro que por mais que eu diga que não vou criar expectativas esse ano, eu tinha uma ideia (e um combinado) de trabalhar com mais intensidade durante a semana para poder dedicar os finais de semana à família e à igreja. Nem comecei e já deu errado. Com a loucura da rotina das festas, ontem fomos dormir tarde e hoje acordamos tarde. Até aí, tudo bem. Mas assim que eu fui acordada, fui interrompida antes do meu dia começar. Tem que esperar marido entregar pendência que era pra ter entregado antes das férias. Esperei. Fui levantando pra ir trabalhar e tem que esperar o marido ir ao banheiro. Já deu a hora do almoço, nem vai pro escritório, espera fazer a comida (é o marido que cozinha aqui em casa). Almoço (não sem interrupção, pois por mais que “agora ele está por conta da criança”, sou eu quem está vendo menino correndo com copo de vidro na mão, sou eu quem tem que parar para acudir menino chorando que quer a motoca que está no corredor, sou eu que tenho que ficar com um olho no meu prato e o outro no copo de suco de laranja que a criança vai chutar porque não olha por onde anda (igual ao pai).

Fiquei quinze minutos jogando uma porcaria de joguinho no celular, esperando pelo menos fazer a digestão antes de tentar começar meu dia de trabalho e fui gentilmente julgada por estar “mexendo no celular diante da criança sendo que eu mesma tinha sugerido pararmos de fazer isso”. Levantei e fui ao banheiro para tentar de novo. “Neném vai junto!” Terminei o serviço, fui fazer um café e fui para o escritório. Tudo aparentemente em paz. Criança jogando brinquedo, gritando e brincando com o pai. Os dois de férias, deixa eu tentar trabalhar.

Meu dia começa com a leitura da Bíblia. Eu decidi que não vou deixar isso pra depois, nem mesmo nos dias em que praticamente começo o expediente no fim do expediente, porque preciso manter algum relacionamento com Deus, já que ir à igreja fica prejudicado pelo atropelamento semanal que eu sofro das atividades de trabalho e de casa versus o quanto eu preciso produzir pra dar conta dos boletos que chegam religiosamente em suas datas definidas.

É o primeiro dia útil do ano e eu já vou ter que trabalhar de madrugada. É a primeira semana útil do ano e eu vou ter que trabalhar sem descansar, porque vou ter que dar conta de algum momento com meu filho na última semana dele de férias e depois que todo mundo que está de férias for descansar das atividades de lazer do dia, aí sim eu vou sentar para trabalhar. É só uma semana, eu sei. Logo vai todo mundo estar envolvido em suas atividades e me deixar em paz para exercer as minhas, mas me deixa bem frustrada começar o ano com essa sensação de atropelo que me arrastou até o final do ano passado. Me deixa frustrada ver que a leveza que eu tanto quero acabou ficando só nos desejos de ano novo, de novo! Bora trabalhar e torcer pra não ter um burnout.

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Boas notícias para terminar o ano

Último dia do ano e enquanto meu filho faz a soneca eu aproveito para despejar palavras no papel. Como a minha postura em relação a planejamento e expectativas está diferente para 2023, não vou fazer uma lista de resoluções nem de livros para ler em 2022 (embora eu já tenha uma meta mais ou menos definida para o mês de janeiro, para acompanhar meus grupos de leitura coletiva). Ao invés de me colocar metas fixas e expectativas elevadas, eu vou focar em me manter no presente esse ano. Celebrar as conquistas e documentar a jornada, mais do que desejar algo que talvez nem esteja nos planos de Deus para mim.

Meu dia começou com boas notícias. Uma antologia para a qual enviei um conto me selecionou. Em breve conto mais detalhes sobre isso, mas pela data, eu estava achando que não tinha sido aprovada e receber esse e-mail foi um presente de fim de ano. Como disse uma amiga, a energia que faltava para demonstrar que não devemos parar.

Depois, em um momento raro de sossego no meio da manhã, vim montar minha semana no planner e fiquei muito feliz com o resultado. A cada dia, melhoro minhas habilidades de decoração, uso de adesivos e dos recursos que selecionei para me acompanharem nessa terapia em 2023. E estou feliz por ter esses minutinhos dedicados a uma atividade que eu gosto muito e que me ajuda a relaxar. Junto com o devocional diário e a minha sessão de escrita para o blog, planejar e enfeitar meu planner é um momento que reservo para mim e que tem me feito bem.

Espero que em 2023 eu consiga manter essa leveza que estou começando a exercitar nos últimos dias do “ano velho”. Também desejo que você consiga levar até o fim aquilo que se propuser a fazer e, claro, que tenha coragem de desistir e de deixar para lá aquilo que perder o sentido no meio do caminho. Que venham mais boas notícias por aí, seja nesse último dia, seja ao longo do próximo ano! Até 2023! <3

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Como eu mantive a leitura em dia em 2022

Mesmo com a rotina apertada e a vida corrida.

Em 2022, uma das coisas que mais me deu orgulho, fora da área profissional, foi a quantidade de livros que li. Em um ano, foram 26 livros (27 se contar um que li no Kindle ontem, bem curtinho). É menos do que eu já cheguei a ler em tempos menos ocupados, mas é mais do que imaginei que conseguiria, considerando a vida que venho levando.

Em um ano em que trabalhei muito (e com perspectiva de trabalhar ainda mais no próximo, se Deus quiser, para atingir algumas metas que estabeleci), a leitura me ajudou a me situar em mim mesma e a preservar um momento que considero importante demais. O meu “momento de leitura”.

Algumas adaptações foram necessárias, é claro. A leitura bíblica foi postergada para um pouco mais tarde, depois de toda a rotina matinal do filho. Com ele na escolinha e o marido no trabalho, eu consigo os minutos sem interrupção que preciso para a minha porção diária das Escrituras. Nas férias, esse desafio é ainda maior, porque com todos em casa, não há a menor chance de ler um capítulo pequeno sem que eu seja interrompida pelo menos três vezes, pelo filho ou pelo marido. Mas, essa luta seguimos, pois não dá para ficar sem leitura bíblica.

Para as demais leituras, usei as estratégias básicas para aumentar o ritmo de leitura. Vou compartilhar aqui as que mais me ajudaram.

1 – Listas de Leituras:

Quando se trata de algum assunto ou gênero que eu sinto necessidade de ler mais, fazer uma lista de até 10 livros me ajuda a direcionar o que escolher a cada oportunidade. Um exemplo: este ano eu quis começar a estudar mais sobre o tema de Mulheres, Ministério, Feminilidade, Papel da Mulher etc. Já tinha alguns livros comprados, mas estavam todos espalhados pela casa e eu não lembrava de lê-los. Juntei tudo em uma prateleira, fiz a lista e comecei. Li dois, dos vários que estão lá. Pode ser pouco, mas é mais do que eu estava fazendo antes. E em 2023, pode ser que eu continue passeando por esse tema. Vamos ver.

2 – Clube de Leitura:

Adoro ler em grupo. Leio com um grupo de escritoras, com um grupo em uma livraria aqui da cidade, com as mulheres da igreja e agora vou ler com um grupo de cristãs da internet. Ter com quem conversar sobre os livros que amamos, xingar os que odiamos, mas principalmente compartilhar o amor em comum pela leitura é um grande estímulo para manter as metas de leituras semanais ou mensais (porque temos que terminar até o dia da discussão). Além disso, um clube de leitura normalmente tem escolhas de títulos que nem sempre escolheríamos se não fosse pelo grupo. E é uma delícia descobrir autores novos, gêneros diferentes dos que estamos acostumados e ampliar nosso repertório literário.

3 – Físico e Digital:

Ter um livro físico para ler, grifar, segurar, cheirar é uma delícia. Mas te limita quando você quer ler debaixo das cobertas e já com a luz apagada. O Kindle ajuda nesses momentos e naqueles em que não dá para levar o livro de papel. Fila de banco, espera de médico e outros momentos de ócio que podem ser preenchidos com uma boa leitura, adiantam sua meta e desviam sua atenção do Instagram. O livro físico fica para os momentos mais tranquilos e dedicados a sessões mais longas de leitura. E dá até para variar o tema entre o físico e o digital e arriscar ler mais do que um livro por vez.

4 – Começar Pequeno:

Eu sabia que 2022 ia ser desafiador, como autônoma, com filho pequeno e prospectando clientes. Então, ao invés de colocar uma meta de quantidade, escolhi os temas. Quero participar dos clubes de leitura X, Y e Z e quero ler sobre o tema W. As periodicidades diferentes dos clubes me permitiam ler poucas páginas por dia e acompanhar as discussões. E à noite ao invés de mexer no celular, eu lia pelo menos dez páginas de algum deles. Foi assim, de pouquinho, que eu li quase 5 mil páginas esse ano. Faça as contas, são quase 14 páginas por dia. Uma quantidade perfeitamente possível, se você quiser tentar também.

5 – Não Romantizar o Momento da Leitura:

Claro que queremos uma poltrona confortável, um café quentinho, um clima agradável e nenhuma interrupção. Mas se você é casada, mãe, dona de casa, profissional, tem cachorro e mora numa cidade quente como a minha, não vai ter todas as condições perfeitas sempre. Na verdade, quase nunca. Aí, nessas horas o que a gente faz é espremer os momentos de leitura entre as pausas que fazemos. Exemplos (que dariam um post só deles):

  • Devocional: assim que deixa o filho na escola, aproveita um momento quieto e passa um café quentinho pra ouvir a voz de Deus.
  • Depois de algumas horas de trabalho diante do computador (ou entre uma atualização e outra do sistema): cinco ou dez minutinhos lendo um livro físico, para descansar os olhos da tela e pensar em um tema diferente.
  • Antes de dormir: ler com o Kindle agride menos o nosso olho do que ler no celular e ler um livro tem muito mais chance de nos ajudar a pegar no sono do que ficar rolando o feed do Instagram ou do Twitter.
  • Fazendo companhia pro cônjuge na sala: sabe quando o marido está vendo aquele filme que você não quer ver, mas você ainda quer ficar ali na sala juntinho? Pega seu livro e embarca em uma história que te agrada. Pode ser que ele se anime, faça uma pipoca ou busque um copo de suco pra você (nada de café à noite, hein?).
  • Como recompensa de algo que você não quer fazer: “se eu fizer tal coisa da minha lista de pendências, posso ler X páginas daquele livro”. Ajuda a sua produtividade e você ainda se diverte no processo.
  • No banheiro: já experimentou levar um livro ao invés do celular?
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Organização da casa para o novo ano.

Literalmente. E não.

Esse mês, depois de um ano inteiro tumultuado, como já venho comentando nos últimos textos, resolvi fazer um belo destralhe aqui em casa. Destralhe é uma palavra que vem da tradução literal de “declutter” e significa remover toda a tralha, tudo aquilo que não nos serve mais, de alguma forma. Percebi que precisava fazer isso em todos os cômodos da casa e em cada armário, gaveta e prateleira e coloquei a mão na massa em dezembro mesmo.

Se você já leu textos mais antigos, sabe que eu aplico uma mistureba de sistemas de organização aqui em casa (que no fim das contas vira o meu jeitinho particular de tentar dar conta disso tudo, ou pelo menos de saber por onde começar). O método que eu uso como base é o Clean Mama (da Becky Rapinchuck), mas tem aspectos e princípios do Flylady que eu também aplico, ou porque são parecidos com o método da Becky ou porque não tem ali e eu acho importante implementar. Também gosto da forma bastante personalizada da Flávia Ferrari e seus cronogramas de limpeza da casa, porque com eles eu consegui me desapegar um pouco dos dias fixados em que os dois principais métodos que eu sigo determinam para cada atividade.

Pois bem, em uma das minhas tentativas de criar uma forma mais personalizada de limpeza para a minha rotina (que muda mais do que eu gostaria), eu também comprei um curso de organização (com foco na organização de armários e áreas da casa, em geral) e também um curso de como dobrar tudo quanto é peça de roupa. Todos da Flávia Ferrari. Com isso, eu me animei e, depois de tirar mais da metade das minhas roupas e das roupas do meu marido, estou nesse processo de aprender a dobrar corretamente cada peça e guardar de forma que fique fácil de achar, prático e principalmente, mais tempo organizado.

A minha parte acabou recentemente. Eu praticamente dobrei os espaços disponíveis do meu armário e tirei sacolas enormes de roupas que não estava usando há anos, esperando emagrecer. Sem contar aquelas peças que achamos que vamos usar algum dia, mas que na verdade nem gostamos muito e guardamos por algum apego emocional. Foi tudo embora.

A cada sacola que eu tirava do meu quarto, um peso ia junto. Nada de energia esotérica não. Não acredito nessas coisas, vocês sabem. Mas a leveza da decisão tomada, do apego desfeito, de não precisar carregar o que não faz mais sentido. Organizei sem querer até um pouco da minha mente e do que eu valorizo nesses minutos diários de desapego e organização.

Dezembro está terminando e eu não estou nem perto de terminar o primeiro cômodo que comecei a organizar. Mas só com o que já fiz, entro em 2023 bem mais leve e carregando comigo só o que vale a pena manter. Também levo o aprendizado de que, assim como limpar é cíclico e constante, cuidados de higiene também são e o destralhe também tem que ser.

E foi assim que, depois de anos, eu consegui entender de verdade, porque esse item está na planilha de todos os métodos de limpeza e organização que eu encontro e tento aplicar. Porque aquilo que não serve, por mais que esteja escondido no armário, está ocupando um espaço desnecessário, pesando mais do que precisamos carregar e acumulando mais pó do que a nossa rinite aguenta. Então sim, todos os dias temos que tirar de casa aquilo que não serve, que é lixo, que não amamos e está só ocupando o lugar do que é realmente importante.

De repente, nem estou falando só de coisas. Mas isso você também já deve ter notado.

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Um balanço de 2022

Esse ano foi bem intenso. Maluco mesmo! Aconteceu de tudo, do mais maravilhoso ao mais estranho. E acho até que a sensação generalizada, entre as pessoas com quem eu convivo, pelo menos, é que ninguém aguenta mais. Faltam 3 dias e ninguém vê a hora de 2022 acabar.

Na escrita, minha vida deu uma bela melhorada. Escrevi mais do que no ano passado e aprendi muito com cada análise, cada leitura crítica, cada reescrita. Também fui selecionada para várias antologias, participei de cursos e conheci muita gente que está no mesmo caminho que eu. É uma delícia ver as conquistas deles também. Cada vez que alguém consegue um contrato, os ânimos para continuar escrevendo são renovados. Para 2023, embora eu esteja cansada no momento em que escrevo esse texto, não quero parar de escrever nem de me aprimorar. Eu sei que se eu deixar a escrita sem um ritmo mais ou menos estruturado, sem um cronograma, vou acabar deixando pra depois e não vou terminar o ano com o primeiro rascunho de um livro meu.

Na família, as conquistas e as descobertas são diárias. Com um filho pequeno, todo dia é dia de aprender uma coisa nova, sempre é momento de risadas, abraços e muito amor. Até a rotina maluca se força a parar, pois ninguém tira de nós as nossas manhãs e nossas noites recheadas de brincadeiras, que renovam a energia para o período de trabalho entre elas.

E por falar em trabalho, esse foi um dos anos em que mais trabalhei. Como autônoma, o desafio de manter um fluxo mais ou menos uniforme de entradas financeiras e controlar os gastos foi o principal gigante desse ano. Aprendi muito sobre mim mesma, sobre descanso, rotina e sobre o que aceitar e que limites colocar, seja para um cliente inoportuno, seja para o trabalho que invade as horas de descanso. Criei uma planilha para tentar visualizar esse equilíbrio financeiro de forma mais clara, mas também coloquei como meta não abrir mão das minhas horas de descanso e de dedicação à família e à igreja. Em 2022, fomos mais do que em 2021 aos cultos, mas ainda assim, não estamos da forma como eu gostaria. Ainda há muito espaço para melhorar.

Há um ano como autônoma, eu aprendi que dá para ser muito bem sucedida e viver do que eu mais sei fazer, apesar de tanta gente dizer o contrário. Deixei de lado um sonho de trabalhar em um lugar que eu achava que era estruturado e descobri a maravilha de poder fazer meu horário, de trabalhar de vários locais diferentes e vi um mundo de novas possibilidades que eu antes não tinha coragem de enfrentar se abrir diante dos meus olhos. Ser demitida em 2019 (e em 2021 depois que a estabilidade da licença maternidade acabou e o chefe que gostava de mim ter dado o fora da empresa) foi a melhor coisa que poderia ter acontecido para a minha carreira. E não, não fiz texto de agradecimento no LinkedIn, porque ainda tenho muitas indignações guardadas aqui, sobre a forma como tudo aconteceu.

Foi intenso, cheio de trabalho, sem tempo pra respirar, quase nada de dinheiro e muito menos férias. Mas no fim, vejo a mão de Deus guiando a minha família até aqui e só consigo ser muito grata por ele ter nos sustentado ao longo de todos esses meses. Mas, beleza, VALEU, FOI BOM (?), ADEUS!

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5 Coisas Divertidas Para Janeiro

Nessa onda de levar o próximo ano com mais leveza, trago aqui uma listinha de coisas que quero fazer para relaxar. Eu sei que a partir do dia 2 de janeiro a rotina volta ao normal (ou quase, porque marido e filho estão de férias). A ideia é ter pequenos momentos de descanso ao longo do ano, para não chegar estressada e acabada em dezembro, como foi esse ano. Nem sabemos se vamos conseguir viajar no final de 2023, então é melhor aproveitar para ir descansando ao longo do caminho.

E, como a minha meta maior é estabelecer planejamentos realistas e menos rígidos esse ano, para acomodar as mudanças que sempre acontecem na minha vida, vou listar apenas o que eu quero fazer em janeiro. O que eu não fizer, coloco na lista em fevereiro de novo, e tudo bem.

Atividades Relaxantes de Janeiro

Séries: The Crown (terminar) e Bridgerton

Leitura: quero ler livros leves e que não estejam em nenhuma das leituras coletivas das quais participo. O primeiro escolhido é A Maldita Sorte de Cruzar o Seu Caminho, da Stefania Cedro, que comprei há poucos dias.

Passeios: quero aproveitar pelo menos uma das tardes de férias do meu marido e do meu filho para irmos passear no shopping em um horário menos lotado e curtir as áreas com brinquedos para crianças.

Cozinha: desde o ano passado estou com uma receita de biscoitinhos que quero fazer, mas ainda não consegui parar para isso. Entrou na lista de janeiro e, se ficar gostoso eu conto aqui depois.

Escrever: já comecei em dezembro mesmo, é verdade, principalmente aqui no blog. Em janeiro quero continuar escrevendo aleatoriedades por aqui e também desenvolver alguma ideia de ficção. Ainda não decidi o quê.

Acredito que vou conseguir encaixar tudo ou quase tudo na minha rotina do próximo mês. Não é para ser uma cobrança a mais, mas sim um lembrete de possibilidades que eu tenho para descansar a mente do trabalho e que acabo me esquecendo, no meio do turbilhão do dia a dia.

Conta pra mim, o que você gosta de fazer para relaxar?

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O dia pode começar a hora que for

Assim como a sua rotina de escrita.

Ou qualquer outra coisa.

Em 10 de novembro, eu comecei um plano de leitura anual da Bíblia. Ganhei de aniversário uma Bíblia com espaço para anotações e ao invés de esperar ansiosa pelo dia 1 de janeiro para começar a leitura em Gênesis 1, comecei do texto correspondente ao dia 10/11 mesmo. Também esqueci o receio de escrever algo errado ou destacar um trecho que outros considerem bobo e passei a anotar pensamentos e aprendizados (ou até um resumo em partes que achei que deveria resumir).

Em dezembro eu comecei a organizar e a jogar fora tudo aquilo que não quero mais aqui em casa. O mês dedicado ao destralhe, segundo o cronograma da Clean Mama, que eu acabo seguindo por aqui, é janeiro, mas eu comecei antes, pois, por incrível que pareça, arrumar a casa ajuda a descansar do meu trabalho remunerado.

A primeira semana do meu planner datado começou hoje e eu não poderia estar mais feliz, pois pude dar início a uma rotina que quero retomar em 2023: escrever todos os dias, ainda que não seja algo voltado para a publicação ou algum texto de ficção. Escrever e ponto. Isso passa pelo blog, pela escrita terapêutica para trabalhar todos os sentimentos guardados aqui dentro antes que eles causem mais estragos.

Meus dias não tem uma hora fixa para começar, pois além de ter um filho de dois anos, tanto a minha rotina de trabalho quanto a do meu marido são relativamente flexíveis. Tem dia que eu consigo estar sentada diante do computador e produzindo antes das 08 da manhã. Tem dia que só depois das 11. E eu resolvi abraçar essa realidade e eliminar um estresse da minha vida. Meu dia começa quando ele começa e pronto.

Por isso, não fazia muito sentido continuar querendo estabelecer mil regras de que dia e hora eu começo cada coisa.

A leitura bíblica não precisa esperar o ano começar, pois todo dia é dia de aprender do Senhor. E se eu já li a Bíblia inteira outras vezes, começar por algum dos profetas não vai atrapalhar meu entendimento da história em geral.

O destralhe dos armários também não precisou esperar janeiro. Eu quero começar o ano mais leve e quero conduzir o ano de 2023 de forma mais leve também. Muitas mágoas e muitos choques de realidade nos últimos dias de 2022 têm me feito repensar muita coisa. Eu não preciso esperar 2023 começar, se já posso entrar no ano novo sem aquilo que só está ocupando espaço que pode ser mais bem aproveitado (vale para coisas e para pessoas… kkkkkrying).

A rotina de escrita também vai começar mais leve, com menos cobranças e de forma mais orgãnica. Vou documentar mais e me preocupar menos. Vou escrever mais sobre como foram os meus dias e deixar que a rotina se planeje conforme a banda toca. Não sei quais serão meus volumes de trabalho, os dias em que ficaremos doentes e nem o que mais pode acontecer em 365 dias.

Sobre a escrita: sim, eu sei que preciso editar, revisar, eliminar repetições, melhorar o texto e ter ideias novas, criativas e surpreendentes. Mas a busca pela perfeição não pode mais tirar minha graça de vir aqui despejar a alma (nessa nova seção do blog que vou chamar de diário) ou contar sobre um livro que li, uma reflexão que me ocorreu. Aqui o lance vai ser orgânico, leve, seguindo o fluxo doido dos meus pensamentos e da minha rotina. O que eu quero publicar em forma de livro, esse sim, vai passar por um processo bem detalhado de aperfeiçoamento, sem publicação imediata nem muitos detalhes por enquanto.

E você com isso?

Sua rotina também pode ser mais leve, começar quando você acorda, independente da hora. Se te deu na telha começar a escrever, não precisa esperar a próxima segunda, ou o dia 1 do calendário. Começa hoje e colhe os frutos de um dia a dia mais leve. Se quiser começar a ler a Bíblia hoje por Gênesis 1, manda bala. Se quiser aproveitar o plano de leitura que já imprimiu e não usou, bora para Apocalipse 17, então. Só não vale ficar esperando a vida passar e desistir antes de começar. Eu já comecei a arrumar meu coração pra 2023, quem vem comigo?