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Qual sua música preferida?

Já vou começar falando que eu mesma não tenho uma só. E nem sempre tenho a mesma música como favorita. Ano passado aprendi que pra mim, a música tem muito a ver com o que eu to sentindo. Muito mais do que simplesmente algum conceito externo ou algo que uma pessoa diga ser música de qualidade.

Eu gosto de música velha. Eu ouço músicas atuais, sim, mas também me pego a maior parte do tempo curtindo músicas que já estão longe das listas de mais tocadas da semana há um tempão.

Durante muito tempo, meu repertório se restringia a música cristã contemporânea. Por várias razões, mas especialmente aquela modinha de uns anos atrás de que cristão só podia ouvir música cristã. Acabou que eu fui atrás, dentro da CCM, de bandas e artistas que tocavam estilos que eu gostava e que tinham letras que não iam contra a minha fé.

Demorou um tempo até eu aprender que outras bandas não necessariamente contrariavam a minha fé. Mas, o “estrago” já estava feito e eu, mesmo que ouvisse qualquer tipo de música no rádio, quando se tratava de investir dinheiro para comprar (ou ouvir no Spotify), eu ficava mais concentrada nas CCM. Foram uns bons anos assim, até que eu comecei a inserir uma ou outra música “secular” no meio.

Hoje em dia, eu posso dizer que sou bem mais eclética do que antes. Mas, claro, tudo dentro dos estilos que eu gosto de ouvir. Não vou ouvir o que eu não gosto só porque me disseram pra gostar. Nem vou mais me achar inferior por estar sempre ouvindo algo que ninguém ouve ou que a maioria das pessoas não conhece.

Continuo tendo as minhas bandas favoritas. E elas continuam concentradas no âmbito da CCM. A maioria das músicas que eu mais ouço são antigas, um ou outra nova.

Tem as minhas músicas “de sempre”, pra onde eu corro quando preciso só voltar pra um lugar confortável dentro de mim. As que eu sei que vão me colocar pra pensar. As que estimulam minha criatividade e as que me fazem ter vontade de levantar e conquistar o dia.

Basicamente como todo mundo.

Mas acredito muito que isso não tem só a ver com a esplêndida qualidade musical do artista em questão, ou de ser um clássico “inquestionável”. Tem a ver com sentimento, com identificação, memória, lembrança, ou simplesmente porque eu gosto. Me deixa feliz, me faz rir e isso basta.

Ao longo da minha vida toda eu parei muito pra refletir em cima de músicas, mesmo que já as conhecesse há um milhão de anos e soubesse a letra de cor. E aprendi que sempre tem aquele pãozinho com manteiga e café quentinho na música. Eu valorizo as músicas que fizeram sentido pra mim em algum momento. E voltar a ouvi-las em novas ocasiões não só me ajuda em outros perrengues, mas me mostra o quanto eu aprendi desde que tudo o que ela carrega consigo aconteceu.

Não estou aqui pra listar as melhores músicas do mundo, nem “cagar regra” sobre como você deve ouvir sua música. Ou comer seu pãozinho com manteiga e café. Porque pode ser que você nem goste de café.

Estou escrevendo esse texto ao som de músicas que seriam normalmente consideradas velhas, chatas, mais do mesmo, “você só ouve essa banda” e etc. Mas não vou justificar meu gosto musical aqui, explicando porque eu gosto, ou porque vale a pena escutar as mesmas músicas que eu.

Aliás, acho um porre querer enfiar goela abaixo de quem quer que seja o seu gosto musical pessoal (ou qualquer gosto, na verdade), como se “aquilo sim fosse música”. Ou “aqui tem música boa” e “lá tem música ruim”.

Não.

Aqui, na minha playlist, tem as músicas que me tocam e que me movem em alguma direção. A faixa que me inspira a sentar diante do computador e escrever quase um capítulo inteiro com o coração derretendo por conta de um personagem talvez te faça querer dançar sozinho pela casa enquanto vai arrumando umas gavetas. Vai saber.

Recentemente conheci músicas boas por indicações que recebi e sou muito feliz ouvindo-as com uma certa frequência. Só que também passei por algumas situações envolvendo meu gosto musical e a minha forma de lidar com música que me fizeram repensar tanto o que estava no meu player quanto as minhas referências nesse assunto.

Quando me perguntaram em que planeta eu vivia que ainda não conhecia a banda X, eu fiquei me sentindo mal. Cheguei a me achar incrivelmente idiota por não sair da bolha musical que criei pra mim nos últimos tempos e fui atrás de conhecer mais.

E não é que algo incrível aconteceu?

Conheci mais, não só sobre a banda em questão, mas sobre outras músicas que o Spotify me recomendou, e ampliei bastante meu repertório do que ouvir no trabalho. Fui descobrindo novas letras e novas inspirações pra escrever. Aprendi a montar playlists conforme o que eu queria sentir em alguma situação. Segui nessa linha.

Quando ouvi críticas ao meu gosto musical, me justifiquei dizendo que já tinha melhorado, que estava ampliando meus horizontes. Agradeci. Continuei prestando atenção às minhas referências e tentando consertar meus “erros musicais” (oi?), até que um dia…

Eu estava quase pós-graduada em “música boa”, tendo uma overdose de “artistas fodões” e estava no trabalho. Era um dia bastante difícil, de uma semana difícil e eu já estava bem cansada, mal-humorada e sem qualquer capacidade de concentração.

Sim, a música estava ligada no fone, como todos os dias. Mas ao contrário do que sempre acontecia, estava mais me atrapalhando do que me ajudando a focar e entrar no modo produtividade máxima.

Sem fone também não tinha como fazer nada. O lugar estava um burburinho só, e não dava nem pra escutar o colega do lado.

Depois de uma ida ao banheiro pra jogar água na cara e uma caneca a mais de café devidamente tirada da máquina, pedi desculpas aos deuses da música pela blasfêmia, procurei minha banda favorita de sempre, dei play e comecei a trabalhar.

Não preciso nem dizer que a partir dali o dia rendeu o dobro de antes. E nem que eu senti o meu coração quentinho, confortável como meu lugar favorito da casa e o fato de saber todas as letras, sequências, falas ao vivo, vinhetas etc. sem precisar parar pra prestar atenção foi lindo.

Eu aprendi que não tem porque querer moldar meu gosto musical aos dos outros, porque quando a vida acontece, você é que sabe qual a trilha sonora mais combina com o momento.

As pessoas que criticam meu gosto musical não estavam aqui pra conversar comigo e me ajudar a colocar tudo no lugar quando a vida virou uma zona. Quem acha que eu só ouço a mesma coisa sempre, não está realmente prestando atenção quando eu listo a quantidade de artistas que ouço ao longo de apenas um dia. Quem acha que só quem ouve tal gênero é que ouve música boa, está mais fechado a crescer musicalmente do que eu estava quando só ouvia música cristã.

Eu amadureci muito nesses últimos tempos, e aprender a me respeitar e a acolher meus gostos foi um passo importantíssimo nesse processo. Inclusive, continuo ouvindo a minha banda favorita todo dia. E cantando junto.

Com a minha banda favorita eu não preciso de justificativas. Não estou ouvindo porque é chique, porque é culto, porque escritores ouvem, porque “quem sabe tudo de música tem que gostar”. Mas porque é parte da minha identidade e eu não vou me desculpar por ser eu mesma. 🙂

Eu não sei tudo de música.

Mas eu sinto muita coisa ouvindo minhas músicas favoritas.

E eu sinto muito se esse gosto é pessoal demais para não ser compartilhado por você.

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[Resenha] A morte de Ivan Ilitch – Lev Tolstói

a morte de ivan ilitch

Esta obra mostra a história de um burocrata medíocre, Ivan Ilitch, um juiz respeitado que depois de conseguir uma oferta para ser juiz em uma outra cidade, compra um apartamento lá, para ele, sua mulher, sua filha e seu filho morarem. Ao ir para o apartamento, antes de todos, para decorá-lo, ele cai e se machuca na região do rim, dando início à uma doença.

Título: A Morte de Ivan Ilitch
Autor: Lev Tolstói
Editora: BIIS
Ano: 2009
Páginas: 96

O livro conta a história de Ivan Ilitch, e de como uma doença inesperada o leva a questionar se vale a pena ou não continuar vivendo. Ele era um juiz de direito, com uma vida invejável e bem-sucedido, até que chega o momento de encarar o inevitável.

O que eu achei de A morte de Ivan Ilitch

O livro é curtinho e a leitura é rápida, mas seu impacto é bastante forte. Os questionamentos sobre a vida e a forma como a levamos é uma constante ao longo das páginas. A cada capítulo, pensamos sobre o sentido da vida, se deve mesmo haver algum significado para o que fazemos enquanto estamos nesta terra.

Sem poder fazer muito diante de sua triste realidade, Ivan Ilitch questiona a si mesmo, e passa sua vida em revista, tentando encontrar nas suas lembranças, os momentos que a tenham feito valer a pena.
O livro é incômodo e ao mesmo tempo uma boa leitura, pelas reflexões que provoca. O personagem principal, Ivan Ilitch, me irritou muito ao longo do livro e, com isso, não consegui muito me afeiçoar a ele, senão aos dilemas que enfrentava.

Talvez por serem questões que nos afetam a todos como humanos. A morte é a certeza que temos e algo pelo qual todos passaremos um dia. É interessante poder refletir sobre ela – e por que não, sobre a nossa vida, na pele de alguém que não soube muito bem como passar nem por uma, nem pela outra.

É um livro que dá pra ler em um dia, apenas. Recomendo.

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[Top Ten Tuesday] 10 Livros Que Eu Não Consegui Ler em 2018

O tema dessa semana é pra mim! A maioria da minha lista estava entre livros que eu coloquei na lista mas acabei nem chegando perto. Pra esse ano eu estou tentando pelo menos manter um livro por semana. Ainda estou conseguindo manter a média, então acho que vou me sentir menos triste e culpada por ter lido tão pouco ano passado (tenho falado muito isso aqui, eu sei…).

Aqui estão as principais leituras que foram adiadas em 2018. Os títulos não estão em nenhuma ordem específica, apenas fui colocando aqui conforme me lembrava deles, ok?

  1. Além das 95 teses – Stephen Nichols
  2. A Treliça e a Videira – Colin Marshall e Tony Payne
  3. Crônicas de Olam 2 – L. L. Wurlitzer
  4. Desvendando o Código Missional – Ed Stetzer
  5. As Boas Novas em Rute – Emilio Garofalo
  6. Quando a noite cai – Carina Rissi
  7. Casada Até Quarta – Catherine Bybee
  8. P.S. Ainda Amo Você – Jenny Han
  9. A transformação de Raven – Sylvain Reynard
  10. O que eu quero para mim – Lycia Barros

A maioria dos livros eu acabei adiando a leitura porque são parte de alguma série que eu ainda não tenho as continuações. Vou trabalhar nisso e tentar conseguir os volumes faltantes para poder fazer essas leituras. Não gosto de esperar demais dentro de uma série. Prefiro já pegar e ler tudo em seguida, pois de outra forma acabo me desconectando demais dos personagens e pra mim isso estraga um pouco a experiência de leitura.

Mas também há alguns livros dessa lista que eu preciso ler com mais calma e com mais tempo. No ano passado, eu administrei muito mal o meu tempo, por isso, não consegui me dedicar a estes livros. Espero que logo eu possa voltar a eles.

Ainda assim, pode ser que boa parte dessa lista continue na minha estante esse ano. Se essa categoria voltar no ano que vem eu posso fazer uma atualização de status pra vocês… quem sabe?

Mas agora eu quero saber de vocês. Quais os livros que vocês queriam ter lido em 2018 e acabaram ou deixando pra lá ou abandonando por algum motivo? Não vejo a hora de ler as suas respostas!!

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[Resenha] Simplesmente o Paraíso – Julia Quinn

Honoria Smythe-Smith é parte do famoso quarteto musical Smythe-Smith, embora não se engane e saiba que o dito quarteto carece sequer do menor sentido musical e tem esperanças postas que esta seja a última vez que se submeta a semelhante humilhação. Esta será sua temporada e com um pouco de sorte conseguirá um marido.

Durante um jantar, põe seus olhos em Gregory Bridgerton, um dos mais jovens da família Bridgerton. Sabe que não está apaixonada, mas ele parece uma opção mais que válida.

Marcus Holroyd é o melhor amigo do irmão de Honoria, Daniel, que vive exilado na Italia. Ele prometeu olhar por ela e leva suas responsabilidades muito seriamente. Odeia Londres e durante toda a temporada, permaneceu vigilante e intermediou quando acreditava que o pretendente não era o adequado.

Honoria e Marcus compartilham uma amizade, pouco atípica, fruto dos anos que se conhecem e que o torna parte da família.

Entretanto, um desafortunado acidente faz que ambos repensem sua relação e encontrem a maneira de confrontar o que surge entre eles, se tiverem coragem suficiente

Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Ano: 2017
Páginas: 272

O que eu achei de Simplesmente o Paraíso?

Simplesmente o Paraíso conta a história de Honoria, uma das integrantes do quarteto Smythe-Smith, cuja fama já conhecemos em Os Bridgertons. Ela já está há algumas temporadas em busca de um marido para poder se livrar do calvário que é se apresentar com as primas, tão sem talento musical quanto ela. Mas, o recital é uma tradição familiar, e a felicidade da sua família é o mais importante para Honoria.

Por isso, cada temporada social em Londres é uma oportunidade de conseguir um marido, mas apesar de seu empenho, nenhum pretendente leva até o fim as suas intenções. 

Mal sabe ela que Marcus Holroyd, amigo de seu irmão Daniel, e praticamente parte da família desde a infância, é o responsável por seus fracassos neste aspecto.

Ele fez uma promessa a Daniel, quando este teve que deixar o país às pressas, de cuidar de sua irmã e garantir que nenhum mau partido se aproximasse dela.  

A amizade entre os dois foge dos padrões de contato entre um homem e uma mulher naquela época. Quando um acidente acontece e os força a passarem mais tempo juntos do que antes, eles começam a repensar a sua amizade e a se enxergar de forma diferente.

Honoria é uma personagem muito bondosa e, apesar de não ser uma das mulheres fortes que a Julia Quinn escreveu em Os Bridgertons, tem seus encantos e é essa suavidade dela que torna o primeiro livro da série algo único. 

O relacionamento entre ela e Marcus vai se desenvolvendo de uma amizade sólida e sincera, para um amor igualmente sincero. Desde o começo percebemos mudanças na forma como os dois veem um ao outro e, em várias ocasiões, fica inclusive muito claro para outros personagens, que o que eles sentem é muito mais do que uma simples amizade de infância.

Assim como os demais livros da autora, a trama de Simplesmente o Paraíso é bastante doce e divertida, escrita de forma a nos envolver do começo ao fim. O fato de estar relacionado ao universo de Os Bridgertons, é algo que me ajudou também a me apegar facilmente aos personagens desta nova série. Não vejo a hora de ler os próximos volumes!

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[Top Ten Tuesday] 10 Autores Novos (Para Mim) Lidos em 2018

Sejam bem vindos ao Top 10 Tuesday! Esse evento foi criado por um blog que eu gostava muito e, quando as meninas resolveram encerrar as atividades do blog, para não deixar esse evento super divertido morrer, a Jana, do That Artsy Reader Girl passou a hospedar e criar os novos temas.

Eu sempre gostei de eventos coletivos, pois isso me ajuda a conhecer e interagir com novos blogs.

Por isso, a partir de agora vou começar a postar meus Top 10 toda terça-feira. Vou tentar me antecipar, para não correr o risco de ficar sem posts caso a vida me interrompa, mas sem pressão, hein?

Se quiser participar, é só conferir a lista no blog da Jana, ok?

Então bora pro Top 10 dessa semana!

Como todo mundo aqui sabe, em 2018 eu li bem menos do que eu gostaria e não resenhei praticamente nada. Acabei publicando resenhas no começo do ano, que tinham sido escritas quase no mesmo momento em que os fogos começavam a estourar em Copacabana. Mas, li algumas coisas e, especialmente, de autores que ainda não conhecia.

Minhas leituras foram poucas, mas foram boas e eu não me arrependo de nenhuma delas. Ao contrário de anos anteriores, em que rolou muita leitura “por obrigação”, em 2018 eu acabei me concentrando em ler apenas o que eu realmente queria. Valeu a pena.

Por tudo isso, eu acabei tendo que classificar aqui como os dez autores novos que li, sem necessariamente considerar como os melhores.

Ah, vale a pena lembrar que a lista aqui não está em ordem de prioridade:

01 – Jonas Madureira: o livro Inteligência estava entre os lidos de uma galera, desde sua publicação. Considerado por mim uma das melhores leituras do ano passado, até participei de um podcast no Os Piácast sobre ele, numa das minhas primeiras aventuras no mundo dos podcasts, e do qual agora orgulhosamente faço parte. É uma leitura que eu recomendo muito. Se você já conhece o Jonas por assistir suas aulas ou pregações, não vai sentir dificuldade com a sua escrita, pois quase me sentia ouvindo-o falar.

02 – Michael Horton: O livreto Evangélicos, Católicos e os Obstáculos à Unidade é de leitura rápida e fácil. O tema, embora polêmico, é tratado de forma direta. Ainda não li mais nada do Horton para fazer comparações, mas gostei da forma como ele escreve, como organiza as ideias e, mesmo em um texto curto, consegue transmiti-las de forma eficiente.

03 – Tiago Cavaco: já tinha ouvido falar do Tiago Cavaco, por muitas pessoas, mas acabava adiando a leitura. Quando, em um evento, a compra foi irrecusável, pela mega promoção, coloquei na lista do ano passado e agora já quero ler mais obras dele. A escrita do Tiago é concisa, direta e, talvez pelo tema do livro Seis Sermões Contra a Preguiça, dolorosamente franca.

04 – Kevin DeYoung: Este é um dos autores muito citados por alguns pastores que acompanho pela internet. Por isso, quando vi seu livro Super Ocupado, para comprar, como o tema tinha tudo a ver com o meu momento, furou a fila e li. Gostei da forma honesta e misericordiosa com que tratou do tema e, também, da forma como ele, mesmo demonstrando todos os problemas por trás do assunto, não se coloca como o super herói que sabe todos os segredos, mas como alguém que sofre tanto quanto nós para equilibrar tempo e atividades diversas.

05 – Margaret Atwood: conheci a autora por causa da série The Handmaid’s Tale, baseada em seu livro O Conto da Aia. Gostei demais da leitura, da forma como ela criou uma sociedade que parece bizarra em praticamente tudo, mas que, se não tomarmos cuidado, pode acabar se tornando realidade. Já estou com outros dela em vista, para leituras futuras, se minha lista atual permitir!

06 – Dietrich Bonhoeffer: O livro Discipulado é profundo, complexo, mas ao mesmo tempo, é daquele tipo de leitura que mexe com as nossas estruturas e com o que já conhecemos sobre cristianismo. Não é uma leitura simples, mas é instigante e se tivermos tempo, devoramos o livro. Embora seja necessário parar de tempos em tempos para nos recuperarmos das verdades que são lançadas a nós.

07 – Tim Challies: O livro Faça Mais e Melhor é uma leitura prática e quase um manual de como planejar para produtividade. Apresenta ferramentas e as justificativas de como planejarmos de forma eficiente, sem deixarmos de lado os motivos que devem nos nortear como cristãos. Tim Challies também é um leitor inveterado e tem um desafio anual em seu blog que eu estou tentando (TENTANDO) seguir tanto quanto possível. Se der certo, no fim do ano tem resultado pra vocês.

08 – Rodrigo Bibo de Aquino: Li o Apocalipse Agora, uma transcrição do episódio sobre o Amilenismo que saiu no BTCast há um tempo atrás. O Bibo já tem outro livro que quero ler, e está escrevendo outro, inclusive. Gostei do formato e da ideia de transformar em livro um tema que ainda dá o que falar no site do Bibotalk. Estou animada para ler o próximo (ainda bem que já garanti o e-book <3!

09 – Raul Otuzi: Conheci o autor por causa de uma amiga que me levou no lançamento do livro dele, Tristes Finais Para Começos Infelizes. Não sou muito de ler contos, mas gostei da abordagem diferente e da ideia de trazer histórias nada convencionais. Mesmo gostando de romances e de finais felizes, foi bom sair um pouco da minha zona de conforto e conhecer um escritor (mais um!) aqui da minha cidade!

10 – James K. A. Smith: tudo bem que eu acabei de ler o livro esse ano, mas conhecer este autor em 2018, por indicação de alguns amigos foi muito importante. A obra dele Você É Aquilo Que Ama – O Poder Espiritual do Hábito trouxe reflexões para além do que a obra inicialmente se propõe, que é nos despertar para a necessidade de termos nossos corações moldados por Deus e direcionados a adorá-lo. Tenho outros livros dele no radar para ler no futuro.

E você, quais foram os autores que você conheceu no ano passado? Se quiser fazer o seu Top 10, deixa o link aqui pra mim! Vou amar ler suas recomendações!

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[Resenha] Você é Aquilo que Ama – James K. A. Smith

Você é aquilo que ama. Mas pode ser que você não ame o que pensa que ama.

Nosso coração é moldado fundamentalmente por tudo o que adoramos. Talvez sem perceber, somos ensinados a amar deuses rivais em lugar do verdadeiro Deus para o qual fomos criados. Embora tenhamos a intenção de moldar a cultura, nem sempre temos consciência de quanto a cultura nos molda. Em Você é aquilo que ama, James K. A. Smith nos ajuda a reconhecer o poder formador da cultura e as possibilidades transformadoras das práticas cristãs, redirecionando nosso coração para o que de fato merece nossa adoração.

Smith explica que a adoração é a “estação da imaginação”, capaz de incubar nossos amores e anseios de tal modo que os nossos engajamentos culturais tenham sempre Deus e o reino como referenciais. É por essa razão que a igreja e o culto em uma comunidade local de crentes devem ser o centro da formação e do discipulado cristãos. O autor engaja o leitor fazendo um uso criativo de filmes, obras de literatura e músicas e trata de temas como casamento, família, ministério de jovens, fé e trabalho. Além de tudo, também sugere práticas individuais e comunitárias para moldar a vida cristã

Autor: James K. A. Smith
Editora: Vida Nova
Ano: 2017
Páginas: 256

O que eu achei de Você é Aquilo que Ama

Em síntese, o livro trata dos hábitos espirituais, sua formação e sobre como nossas ações os refletem, mesmo que não pensemos nisso. Ademais, o autor também demonstra a formação dos hábitos e a sua ligação com aquilo que amamos intrinsecamente.

Nesse sentido, nossos amores podem não corresponder àquilo que dizemos amar, mas, ao que efetivamente molda nossas ações, nossas motivações por trás de cada ato. O autor chama estas práticas formadoras de liturgias, e ao longo de cada capítulo, traz diferentes abordagens para demonstrar como nossas práticas são moldadas e nos fazem amar outras coisas que não o próprio Deus.

Esta leitura me recordou muitas práticas que pela graça de Deus abandonei. Além disso, me fez olhar para várias outras coisas na minha vida, que precisam ser trabalhadas. Já que estou integrando o uso do planner na minha rotina diária, incluí ali alguns destes bons hábitos formadores.

Por exemplo, tenho usado o Lecionário como devocional. A forma como este livreto é organizado está bastante relacionada com o que lemos em Você é Aquilo que Ama. Tenho gostado muito de utilizá-lo e, assim, recomendo que você o faça.

O livro também ajuda muito na observação de coisas simples do cotidiano, que não estejam diretamente relacionadas à vida cristã. Assim, o livro também é uma ótima ferramenta na vida prática. Basta querermos pensar sobre nossos hábitos.

Embora eu tenha levado um pouco mais do que meu tempo normal de leitura, a linguagem do livro não é complicada. Não só o livro nos provoca a refletir sobre o que fazemos e o porquê disso, como também estimula a mudar práticas, direcionando-nos a Deus e não a liturgias rivais. Portanto, este é mais um daqueles livros que vai para a minha lista de releituras, pois certamente vale a pena ser revisitado. Recomendo muito.

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[Resenha] Faça Mais e Melhor – Tim Challies

Sinopse:

Não tente fazer tudo.
Faça bem feito. Faça melhor.
Este livro foi escrito para servir como um guia para uma produtividade eficiente e de qualidade. Tim Challies oferece conselhos sábios e práticos para a realização de tarefas cotidianas em nosso mundo cada vez mais ocupado e cada vez mais digital.
Em Faça Mais e Melhor, você aprenderá:
Os obstáculos comuns à produtividade;
O grande propósito da produtividade;
Três ferramentas essenciais para ser produtivo;;
O poder de rotinas diárias e semanais;
E ainda terá um “bônus”, com conselhos para administrar seu e-mail e para organizar melhor sua produtividade. Você pode fazer mais e melhor.

Autor: Tim Challies
Editora: Fiel
Ano: 2018
Páginas: 124

O que eu achei de Faça Mais e Melhor?

Faça mais e melhor, de Tim Challies, foi a primeira leitura do ano. Depois da recomendação de um amigo, esse livro, que já estava na minha lista de 2019 acabou passando na frente de outros livros, para aproveitar que eu já estava na onda de começar o meu planejamento do ano.

O livro trata da produtividade a partir de um aspecto bem prático. Embora seja escrito por um pastor e tenha boas reflexões a respeito de gestão do tempo e responsabilidades do ponto de vista bíblico, não é um estudo sobre o tema.

Tim Challies indica softwares, aplicativos, e planilhas (estas, disponíveis no site dele). Neste livro, o método apresentado é basicamente o GTD, que a Thais Godinho, do Vida Organizada pratica e ensina há vários anos, ou pelo menos uma forma simplificada dele. Gosto muito da abordagem. Recomendo muito sua utilização, especialmente na gestão de objetivos profissionais, embora não seja minha escolha para este ano (leia sobre minhas metas de ano novo).

A linguagem é bem simples e direcionada a nos fazer colocar a mão na massa. Se você é como eu, recomendo que leia com um caderno e caneta ao lado, para anotar insights e quem sabe já começar a fazer seu planejamento.

Gostei muito da forma como Tim Challies relaciona a produtividade, nosso papel como cristãos e nossa missão neste mundo. É uma leitura excelente e recomendada para o primeiro mês do ano, no qual ainda estamos concentrados em planejar, fazer diferente do ano anterior e, quem sabe (e pelo menos no meu caso), ter uma rotina mais gratificante e menos extenuante.

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[Reflexões] Meta para o Ano Novo

E então eis aqui mais um post sobre metas para o ano novo. Qual a sua meta para 2019??? Resolvi começar o ano refletindo sobre o que eu quero. Não é uma lista fechada, pois sei bem que a vida não segue nosso roteiro. Por isso, não vou me culpar caso as prioridades se alterem ao longo do ano. A vida é louca mesmo, e a minha tem o dom de dar umas viradas que me deixam tonta. A ideia desse post foi olhar para coisas que faltaram em 2018, aquilo que quero mudar em 2019. Olha só como ficou:

Meta 1. Retomar o hábito da leitura

Antes que seus queixos caiam, eu não parei de ler. Se você me segue no Skoob já sabe que em 2018 eu li muito menos do que em anos anteriores. Eu sempre fiz meta de leitura, sempre tentei seguir o planejamento nisso e registrar minhas impressões por meio de resenhas. Mas de uns tempos pra cá eu acabei perdendo esse hábito. Descobri que mesmo parecendo entediante, uma meta de leitura anual me ajuda a focar e priorizar a leitura. Ler também me torna uma pessoa melhor, por isso a ideia em 2019 é retomar essa rotina. Já estou trabalhando na lista de leitura e vou atualizar o meu Skoob para que vocês possam acompanhar por lá. 

Meta 2. Priorizar tempo para escrever no blog

Assim como ler me faz uma pessoa melhor, escrever também é parte de mim. O fato de não ter dado atenção a isto em 2018 me deixou triste. A escrita, seja aqui no blog ou em outros ambientes, é uma excelente terapia para mim. Talvez, se eu tivesse priorizado escrever no blog em 2018, teria lidado melhor com muita coisa ao longo do ano. 

Também sei que a falta de posts por tanto tempo é falta de organização da minha parte. Por isso, estou deixando posts agendados para o próximo ano (estou escrevendo no final de 2018). Voltaremos a ver esse espaço cheio de conteúdo. 

Meta 3. Estudar idiomas com mais dedicação

Estou estudando alemão há mais de um ano. Eu amo aprender novos idiomas e, por isso, esta não é algo sofrido para mim. A questão aqui é novamente a priorização. Eu poderia ter me dedicado bem mais, caso tivesse dedicado um tempo maior para o alemão. E, claro, revisão dos outros idiomas que eu já aprendi. Vocabulário se perde muito facilmente quando a gente não utiliza.

Para isso, vou usar algumas estratégias que sempre me ajudaram, que são: ouvir músicas, assistir filmes e séries e ouvir podcasts nestes idiomas, acompanhar perfis no Facebook e Instagram que me ajudem a ler e aprender algo nestes idiomas e também usar aplicativos que me ajudem com a revisão de vocabulário. Por mais que não seja algo tão massivo quanto sentar por horas e estudar, o contato constante com outras línguas pode ajudar a manter o aprendizado em um bom nível. 

Meta 4. Manter a rotina de atividades físicas

Estou seguindo há praticamente um mês uma rotina de exercícios físicos em casa mesmo. Cansei de achar que eu ia conseguir amar academia e puxar ferro. Não vou. Então, procurei outras formas de me exercitar e acabei descobrindo uns programas de exercícios localizados que tem como base as posturas de yoga, além de ter iniciado a prática da yoga, também. Por serem atividades com baixo impacto, a dor resultante tem sido suportável e tem me permitido dar continuidade e, pra mim, é isso que importa. Mesmo que o resultado não venha tão logo, com a constância, eu sei que haverá alguma diferença, sim.

Ainda no caso da yoga, por promover o relaxamento, os exercícios de respiração e de foco, tenho percebido vários benefícios que vão além da atividade física, como melhor sono, energia para as atividades do dia a dia, menos ansiedade etc.

Meta 5. Prática devocional diária

Isso é algo que eu já comecei no final de 2018 e tenho planos de seguir em 2019. Passei boa parte do ano lutando para encontrar a melhor forma, o melhor livro, a melhor estratégia para fazer minha devocional diária e, no fim, acabei encontrando o Lecionário. Eu já havia lido muito a respeito, e tenho amigos que o seguem como seus devocionais também. Mas, aqui outra vez deixei o perfeccionismo ganhar a parada e só comprei o meu agora em novembro, pois é quando começa o ano litúrgico da igreja e eu não ia me sentir pegando o bonde espiritual andando. Tem sido um momento bastante especial. Escolhi a manhã para fazer minhas leituras, assim que acordo, antes de ir pro trabalho. Como é a primeira coisa do dia, é algo que eu posso fazer até aos finais de semana e feriados. 

Meta 6. Cuidar dos cabelos

Eu tenho reflexo nos cabelos, e pretendo manter eles assim, já que eu preciso dar aquela disfarçada básica nos brancos (a idade chega, né?). Só que fazer este tipo de procedimento nos cabelos acaba deixando os fios muito danificados. Por isso, eu procurei informações sobre cronograma capilar e estou seguindo. Pretendo manter essa rotina ao longo do próximo ano, pra que meus cabelos fiquem cada vez mais bonitos e saudáveis. Ainda não sei quais serão os próximos passos depois do primeiro ciclo de 4 semanas, mas se tiver alguma leitora por aí que conheça cronograma capilar e quiser me ajudar com isso, ficarei muito grata!

Meta 7. Ligar menos para o que não importa

Às vezes eu dou bola demais pra coisas que não vão acrescentar em nada na minha vida. No fim das contas, eu é que acabo chateada, então, um dos objetivos pra 2019 é inspirar e expirar, fazer muitos exercícios de respiração e meditação, e focar no que realmente vale a pena. Pra tudo na vida se dá um jeito e pra conversinhas que não precisamos ouvir, sempre há o fone de ouvido e um podcast nos esperando pra sermos felizes juntos. Pra cada indireta, há uma pessoa que não vestiu a carapuça e deixou o ofensor sem graça por não ter conseguido tirar a paz dos outros. Não é fácil. Mas vamos lá que vamos conseguir sim.

Meta 8. Entender que o caminho é longo pra se chegar onde quer

Temos metas arrojadas como família. Temos objetivos que ainda levaremos alguns meses para conseguir alcançar. Mas, como sempre, eu acabo me sentindo ansiosa, por querer que as coisas aconteçam imediatamente. A expectativa é boa por me dar mais clareza de algumas escolhas no presente, mas também é ruim, porque me tira um pouco desse presente e me transporta pra um limbo, onde eu vivo insatisfeita no agora e esperando chegar logo no futuro. Preciso trabalhar muito forte essa ansiedade ao longo desse ano.

Meta 9. Está tudo bem descansar

Uma das coisas que eu mais disse em 2018 é que estava cansada. E eu realmente me senti assim a maior parte do tempo. Cansada, estressada, em muitos momentos emocionalmente drenada e sem forças pra fazer quase nada do que eu gostaria. Percebi, no final do ano, que a totalidade do meu tempo estava focada em obrigações e nenhum dia, praticamente, dedicado ao meu descanso, sem que eu me sentisse culpada por estar deixando de fazer alguma coisa importante.

Isso é uma das coisas que vou mudar em 2019. Quero ter metas e atividades importantes e relevantes para o mundo, mas meu foco vai se virar um pouco mais para mim mesma esse ano. Ainda que o mundo desabe, quero tirar partes do meu dia para lazer e períodos em família, para meu casamento e para investir naquilo que vai me manter de pé para fazer o que é preciso no restante do tempo.

Meta 10. Usar um life planner

Quem me segue no Instagram acompanhou pelos stories a minha alegria com a chegada do planner. Comprei um depois de buscar muitas opções e analisar bem o que eu queria. Tenho algumas ideias para o próximo ano, mas como a ansiedade é algo que eu preciso trabalhar por aqui, vou deixar pra pensar nisso mais pro final do ano, quando chegar a hora de pensar em um planner para 2020.

Por enquanto, estou na fase de esperar começar janeiro, porque o planner que eu comprei é datado (primeiro erro detectado aqui! rs) e então ainda estou focada em preencher as folhas que não precisam esperar até o dia 01 de janeiro. Minha ideia é separar um tempo por dia e por semana para programar as atividades e garantir que eu consiga respirar melhor do que em 2018. Estou estudando sobre planejamento e acredito que vai dar um bom resultado no fim das contas. Depois eu mostro pra vocês, ok?

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[TBL Music Challenge] Dia 11 – Música Da Qual Nunca Me Canso

A música do dia 11 do desafio é uma que eu sempre ouço, sempre gosto e sobre a qual sempre reflito. A mensagem dela sempre me diz algo e, afinal, é Jars of Clay, né?

Dia 11 – Música Da Qual Nunca Me Canso

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A escolhida foi Boy on a String. Essa música fala sobre algo que me incomoda, que é o fato de vivermos sem nos importarmos com nada, sendo levados pelo fluxo e pelo que a mídia, os outros, o sistema do mundo nos impõem, estejamos conscientes disso ou não. Essa música me faz querer escrever sobre algumas coisas, então quem sabe não volto a ela no futuro?

 

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[TBL Music Challenge] Dia 10 – Música Que Deixa Triste

Posts saindo atrasadaços, porque a semana está corrida e eu tirei o fim de semana pra desligar um pouco a mente. Mas as músicas, como sempre, haviam sido escolhidas.

Dia 10 – Música Que Deixa Triste

tblmusicchallenge

A música que escolhi pra hoje foi See You In Heaven, do Guardian. A letra me deixa na bad, por alguns motivos que eu não estou no clima pra escrever aqui. Quem me conhece, se ouvir, vai saber bem. Enfim.