A ideia de hoje do Daily Post do WordPress é escrever sobre o que precisamos para manter o equilíbrio. Pensei um pouco no que me faz bem, nas coisas que me trazem a sensação de tranquilidade e segurança e identifiquei atividades que estão presentes no meu dia-a-dia e que, de uma certa forma, compõem uma rotina básica. Como eu gosto bastante de rotinas e de processos, isso não é nada ruim.
Conviver comigo não é uma tarefa fácil. Normalmente eu acordo de mau humor. Diferentemente de uma conhecida que atribui a um milagre o fato de, depois de um retiro espiritual, ter parado de se sentir desta forma quando despertava, todos os dias, eu não consegui me livrar disso ainda. Pode ser que um dia o mesmo milagre aconteça comigo. Ou pode ser que as pessoas tenham que simplesmente se adaptar ao meu jeito, assim como eu me adapto ao jeito de tanta gente, ao longo de tantas horas no dia.
Por isso, há aquilo que eu preciso fazer todas as manhãs para que meu dia efetivamente comece e que eu me sinta preenchida. Meu guia básico de sobrevivência. O primeiro item dessa lista é, claro, o café. Gosto de acordar e, depois de me arrumar e deixar tudo pronto para o trabalho, tomar uma xícara de café pra começar o meu dia. Claro que nem sempre dá pra fazer isso, mas eu procuro respeitar esse momento, porque eu não sou uma pessoa que rende muito no período da manhã. Aos finais de semana também observo essa parte do meu ritual de despertar, enquanto tranquilamente penso na vida e nos planos para o tempo de folga.
A leitura, obviamente, é um hábito diário e uma forma que eu encontro de descansar a mente de problemas, de pensar em histórias que não são minhas e conseguir entender boa parte dos meus problemas sem pensar diretamente sobre eles. Com exceção dos dias em que eu não quero ler (dias raros, mas que existem), eu normalmente separo um tempo para alguma história e considero esses momentos essenciais para a manutenção de um nível mínimo de sanidade.
Adoro minha rotina. Gosto de saber que o planejamento que fiz está seguindo um fluxo mínimo e me incomodo bastante quando não consigo ter controle sobre algumas coisas que interferem diretamente na capacidade de realizar o que eu havia pensado para um determinado dia. Claro que não faço uma programação fechada, mas gosto de acordar e saber como vai ser o roteiro básico a seguir. Só que muitas vezes, ou eu não consigo cumprir por força de alguma intervenção externa, ou então, alguma perturbação interna – e essas são as que me deixam mais irritada: sono em excesso, episódios de depressão e crises de fibromialgia.
São estas coisas simples que me trazem a sensação de preenchimento que preciso. Não ando exigindo comidas caras, passeios em lugares exuberantes nem penso mais em juntar a maior quantidade de dinheiro possível, para ter segurança. O que eu quero, hoje, é a simplicidade do cotidiano.