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[Resenha] Mentiras Que Confortam – Randy S. Meyers

MENTIRAS_QUE_CONFORTAM

Título: Mentiras que Confortam

Autora: Randy Susan Meyers

Editora: Novo Conceito

Ano: 2015

Páginas: 368

Cinco anos atrás…
Tia apaixonou-se obsessivamente por um homem por quem nunca deveria ter se apaixonado. Quando engravidou, Nathan desapareceu, e ela entregou seu bebê para a adoção.
Caroline adotou um bebê para agradar o marido. Agora ela questiona se está preparada para o papel de esposa e mãe.
Juliette considerava sua vida perfeita: tinha um casamento sólido, dois lindos filhos e um negócio próspero. E então ela descobre o caso de Nathan. Ele prometeu que nunca a trairia novamente, e ela confiou nele.

Hoje…
Tia ainda não superou o fim do seu caso com Nathan. Todos os anos ela recebe fotos de sua garotinha, e desta vez, em um impulso, decide enviar algumas delas para a casa do ex-amante. É Juliette quem abre o envelope. Ela nunca soube da existência da criança, e agora precisa desesperadamente descobrir quantas outras mentiras sustentaram o seu casamento até hoje.

O que eu achei de Mentiras que Confortam?

O livro conta a história de três mulheres que tiveram suas vidas unidas por uma circunstância peculiar. Tia, a amante rejeitada pelo homem que nunca deixaria a esposa; Juliette, a esposa traída; e Caroline, uma terceira mulher que, não fosse pelo destino, não teria nada a ver com tudo isso. Acontece que Tia engravidou de Nathan, marido de Juliette, mas quando foi rejeitada por ele e não quis fazer o aborto que ele havia sugerido, resolveu entregar a criança para adoção. Caroline e o marido, Peter, adotam a criança.

A trama de Mentiras que Confortam é bem interessante e realista. Mostra muito bem como uma decisão errada pode acabar afetando a vida de muitas pessoas, até mesmo de quem não imaginamos e que as mentiras, muitas vezes o caminho mais curto para uma solução ou a opção aparentemente menos dolorosa, podem destruir para sempre a confiança das pessoas.

Mentiras que Confortam  é narrado principalmente pelo ponto de vista das três mulheres. Assim, podemos conhecer o que elas pensam sobre tudo o que passa a afetar suas vidas e suas famílias. Este recurso também permite que o leitor entenda o lado de cada uma delas e que saiba considerar que nem sempre uma ação tem um desdobramento só. A história foi muito bem construída e as várias implicações da adoção de Savannah, a criança fruto do relacionamento de Nathan e Tia, nas vidas de todos os personagens foi a grande linha que uniu todas as partes do texto.

A edição, porém, pecou um pouco na revisão. A tradução estava bem pobre, com falhas graves, como expressões muito comuns no inglês traduzidas de forma literal e que deixava o texto em português completamente sem sentido. Alguns erros de tradução tornaram as frases confusas e o texto repetitivo. A leitura acabou ficando pouco fluida por conta disso. Imagino que se tivesse lido Mentiras que Confortam em inglês, minha impressão geral talvez tivesse sido um pouco melhor.

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[Resenha] Zac e Mia – A. J. Betts

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Título: Zac e Mia
Autora: A. J. Betts
Editora: Novo Conceito
Ano: 2015
Páginas: 288
A última pessoa que Zac esperava encontrar em seu quarto de hospital era uma garota como Mia – bonita, irritante, mal-humorada e com um gosto musical duvidoso. No mundo real, ele nunca poderia ser amigo de uma pessoa como ela. Mas no hospital as regras são diferentes. Uma batida na parede do seu quarto se transforma em uma amizade surpreendente.
Será que Mia precisa de Zac? Será que Zac precisa de Mia? Será que eles precisam tanto um do outro? Contada sob a perspectiva de ambos, Zac e Mia é a história tocante de dois adolescentes comuns em circunstâncias extraordinárias.
Este livro é mais um do gênero sick-lit, que vem fazendo sucesso há alguns anos. Eu gosto de alguns livros deste tema, embora por razões bem pessoais os evite em determinados momentos da vida. Porém, não se trata de uma abordagem semelhante ao que se vê por aí.

O que eu achei de Zac e Mia?

O livro conta a história de Zac e Mia, dois adolescentes que estão no mesmo hospital, separados por apenas uma fina parede. Eles são totalmente diferentes e enxergam a vida por perspectivas totalmente opostas. Enquanto Zac se conforma com sua condição, Mia se revolta e assume uma postura bastante agressiva.
Apesar de tratar de uma doença grave como o câncer, o livro é divertido e escrito de forma leve. A autora aborda o tema usando o humor como ferramenta, fazendo que o leitor reflita sobre questões como autoestima, confiança e o que realmente é importante na vida de uma pessoa.
O livro é narrado pela perspectiva dos dois, mas é aos poucos que vamos desconfiando do que se passa na mente de cada um. Por mais que conheçamos os dois lados da história, ao estar lendo o ponto de vista de um não conseguimos desvendar tudo o que pode estar acontecendo do outro lado. Parece que em Zac e Mia há, realmente, uma parede interrompendo esse fluxo.
Fiquei com um certo receio de que esse livro caísse no óbvio, que seria mais um daqueles que eu já começaria a ler adivinhando o final, mas não foi totalmente assim. Valeu a pena ter conhecido a escrita da autora australiana e conhecer um pouco mais sobre essa cultura, que não costuma ser muito explorada (pelo menos não nos livros que eu tenho lido ultimamente).