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[Blogagem Coletiva] Carta pro melhor amigo

Este é um post da blogagem coletiva do Rotaroots, um grupo de blogueiros que quer resgatar aquela essência mais verdadeira dos blogs, em que o conteúdo criativo e autoral era mais presente, sem regra nenhuma!

O tema de hoje é escrever uma carta para meu melhor amigo. Pois bem. O dia do amigo se aproxima e eu tenho pensado bastante sobre esse tema. Vai ter mais post sobre isso, fiquem ligadinhos!

Mas escrever uma carta pro melhor amigo, ao invés de ser uma tarefa simples, é uma coisa complicada… Hoje em dia não é tudo que se pode falar. A internet dá uma proporção exagerada demais a algumas coisas e ao mesmo tempo que aproxima alguns, afasta outros, e é o reino do mal-entendido.

Por isso, quero escrever uma carta, sim, mas não pro meu melhor amigo, mas sim, pra todos eles, em todas as eras que existiram, como se fossem um só. Como se essa entidade chamada melhor amigo fosse representada em cada fase por um rosto diferente.

Olá,

Estou com saudade de você. Sei que nos vemos muito pouco, com essa vida maluca que a nossa existência adulta nos forçou a ter. Mas ainda assim sinto falta do tempo que passamos juntos.

Sei também que eu não sou a mais presente das amigas, que eu não ligo e que nem sempre posso sair quando você me chama, mas saiba que eu estou me esforçando pra mudar essa característica meio antissocial. E às vezes, quando saio do meu casulo, sua agenda e a minha insistem em não bater.

Mas quero te agradecer. Por ter secado minhas lágrimas quando aquele idiota riu da minha cara sem motivo, por ter me levado pra conhecer tantos lugares legais e ter me apresentado seus amigos malucos. E, claro, por ter acobertado minhas farras e as minhas saídas escondida, quando foi preciso.

Obrigada por ter atendido o telefone quando eu liguei e por ter emprestado seu ouvido quando aquela professora não quis entender o que eu tinha escrito e me deu uma nota abaixo do que meu espírito nerd foi capaz de suportar.

Obrigada por ter segurado minhas mãos e orado comigo quando a coisa apertou e apenas Deus podia resolver a pendenga. Obrigada por ter me buscado do outro lado da cidade só porque eu precisava me animar e sair da fossa. Obrigada por acreditar que eu conseguiria dar a volta por cima.

Lembra das paródias musicais, de quando fingíamos ser comprometidos quando algum babaca ou alguma periguete queria certas liberdades? E quando você ficou desesperado porque a menina não sabia se queria você ou seu amigo? Quantas conversas, quanto desabafo.

Outro dia lembrei daquela vez que nós viajamos. Queria fazer isso de novo! Descobri que além de um amigo super divertido, tenho um excelente companheiro de viagem.

Minha mãe perguntou de você, se tenho te visto, se está tudo bem. Vem aqui em casa! Quero te mostrar a casa nova, os cachorros… Podemos fazer um churrasquinho, e colocar o papo em dia. O que acha?

Me liga! Ou então, me manda mensagem no whatsapp, vamos marcar logo de nos ver, ok?

Um beijo!

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[Blogagem Coletiva] Dia do Amigo

Hoje é dia do Amigo!! Você já deu um abraço nos seus amigos hoje? Leia esse post, da blogagem coletiva do grupo Culturação.

Venho pensando sobre amizades já faz um tempo. Sempre que acontece alguma coisa, que alguém se afasta, ou faz algo que me entristece, eu volto a refletir sobre quem são meus amigos, quem veio e ficou, quem só passou e quem ficou um bom tempo na minha vida e de repente foi embora. Por ser um tema que mexe bastante comigo, que já foi tema de sessões de terapia, conversas com outros amigos e até alguns textos que eu nem cheguei a publicar, sempre que aparece a oportunidade de escrever sobre isso, eu deixo para aqueles dias em que eu posso deixar os pensamentos irem em todas as direções. Como hoje.

Não posso dizer que não tive amigos, nem que não tenho. Às vezes eu até penso que não devo saber muito bem como lidar com eles, porque a quantidade de gente que some do mapa é bem maior do que a de quem fica. E por ficar eu não falo nem daquele contato constante, ligar todo dia, conversar toda hora… Eu falo é do vínculo, em si. Alguns se rompem muito facilmente. Pelo menos, no fim das contas, meu saldo ainda é positivo.

Teve aquele amigo que eu adorava, mas que nunca consegui convidar pro meu aniversário. A gente casou no gramado do campo de futebol aos seis anos de idade, mas acho que já devemos ter nos divorciado, porque não tenho mais contato com ele, a não ser uma ou outra foto no Facebook que eu vejo, mas não comento.

As amigas que embarcavam nas minhas loucuras de inventar peças de teatro e que me ajudavam a movimentar a escola toda, em todos os períodos, pra assistir nossas apresentações supercaprichadas, com cenários, figurinos, maquiagem…

A amiga que tinha o corte de cabelo, a letra e a vontade de estudar igual à minha; a amiga que tinha a mãe mais louca, mas que me recebeu na casa dela quando a minha estava em uma época meio… confusa.

A amiga que me acompanhou em diversas descobertas, que me abraçou e segurou minhas mãos quando eu precisei e que fez parte da minha fase de maior transformação.

A amiga que foi meu primeiro cupido, professora de física, apoio espiritual.

Aquela que me apresentou o lado mais louco da vida, a diversão com pouca coisa, a risada no meio da tragédia. A amiga que me mostrou que eu não precisava aceitar qualquer coisa, mas que eu tinha que seguir meu coração.

A amiga que aprendeu comigo a ir pra balada e que se perdia comigo pelas ruas da cidade. A amiga que foi meu segundo cupido.

O amigo que me trouxe de volta pro caminho. O amigo que virava a noite na internet conversando comigo. O amigo que me fez aprender a gostar de coisas novas.

O amigo que era meu companheiro de aventuras nas noites da cidade. O amigo que cantava comigo no fundão da sala – na única oportunidade que eu tive de ser fundão. O amigo que me escrevia cartinhas.

Sou uma pessoa de muita sorte, por ter tantos amigos! Por ter tido a oportunidade de conviver com essas pessoas e de ter minha vida transformada pela amizade. Vocês são especiais, muito obrigada!

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[Resenha] No Mundo da Luna – Carina Rissi

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Título: No Mundo da Luna

Autora: Carina Rissi

Editora: Verus

Ano: 2015

Páginas: 476

A vida de Luna está uma bagunça! O namorado a traiu com a vizinha, seu carro passa mais tempo na oficina do que com ela e seu chefe vive trocando seu nome.
Recém-formada em jornalismo, ela trabalha como recepcionista na renomada Fatos&Furos. Mas, em tempos de internet e notícias instantâneas, a revista enfrenta problemas e o quadro de jornalistas diminuiu drasticamente. É assim que a coluna do horóscopo semanal cai no colo dela. Embora não tenha a menor ideia de como fazer um mapa astral e não acredite em nenhum tipo de magia, Luna aceita o desafio sem pestanejar. Afinal, quão complicado pode ser criar um texto em que ninguém presta atenção?
Mas a garota nem desconfia dos perigos que a aguardam e, entre muitas confusões, surge uma indesejada, porém irresistível paixão que vai abalar o seu mundo. O romance perfeito — não fosse com o homem errado. Sem saída, Luna terá que lutar com todas as forças contra a magia mais poderosa de todas, que até então ela desconhecia: o amor.
Com seu estilo ágil e fluido, Carina Rissi criou em No mundo da Luna uma leitura viciante, permeada de humor, magia e paixão, que vai conquistar você do início ao fim.

O que eu achei de No Mundo da Luna?

O livro conta a história de Luna, uma garota que trabalhava como recepcionista numa revista, mas que tinha o sonho de ser jornalista. Ela odiava seu chefe, um cara irritante que insistia em trocar seu nome. Com a crise na revista e a saída de alguns profissionais, ela recebe a incumbência de escrever uma coluna. Apesar de ter ficado bem insatisfeita por ser a coluna do horóscopo, Luna agarra a oportunidade e então, tem o desafio de aprender alguma coisa sobre os signos para poder escrever sua coluna.
Como ela tem origem cigana, o caminho que encontra, mesmo sem concordar nem seguir os costumes familiares, é o de usar o baralho cigano para fazer suas previsões. O que ela não imaginava é que milhares de pessoas leriam o que ela escrevia e, ainda por cima, que suas previsões dariam certo.
No Mundo da Luna é um chick-lit típico. A mocinha atrapalhada, meio bobinha e que mete os pés pelas mãos constantemente, ao lado de um cara arrogante e grosso, que aos poucos se transforma no mocinho de contos de fadas que todas nós gostaríamos de ter ao lado. Comparado aos sucessos anteriores, No Mundo da Luna não tem o mesmo apelo. Pode até passar a impressão de que fica meio apagadinho, perto da série Perdida ou de Procura-se Um Marido, mas a verdade é que a pegada deste livro é um pouco diferente. Este livro tem muitos elementos de young adult, mais referências a sexo e uma escrita mais adulta, apesar da imaturidade da protagonista.
Talvez por isso Luna não seja a minha mocinha favorita, mas Dante, com certeza, entrou para a minha listinha. Eu conseguia entender e sofrer com cada tentativa dele e com as respostas que a Luna dava, sem entender nada do que ele queria dizer. Adoro nerds, tanto que me casei com um, por isso, minha paixão por Dante é absurdamente compreensível.
Encontrei alguns errinhos de revisão no texto de No Mundo da Luna, como erros de digitação e algumas palavras erradas. Não foram muitas, mas quem me acompanha por aqui sabe que isso me incomoda bastante… Apesar disso, a trama é bem escrita e bem amarrada. Só achei que o desfecho do núcleo vilão da história ficou um pouco forçado, faltou uma solução mais real, na minha opinião.
Mesmo com tudo isso, a leitura de No Mundo da Luna é rápida, divertida e com altas doses de emoção, perfeita pra quem gosta de comédias românticas.

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[Blogagem Coletiva] Coisas que eu Considero Impossíveis

Na blogagem coletiva deste mês, temos que escrever sobre coisas que consideramos impossíveis. No começo achei que ia ser difícil sair alguma cosa desse post, mas depois de pensar por um tempo, acabei chegando a algumas respostas que, pra mim, são realmente impossíveis.

Usar o controle do videogame: gente, já tentei de todas as formas, mas sempre acabo com uma raiva imensa do videogame e aquela vontade de tacar o controle na parede… Não consigo usar a mão esquerda e a direita de forma coordenada pra fazer o que é preciso no jogo, muito menos quando cada mão tem que fazer um movimento muito diferente do outro.

Enxergar imagens em 3D: com exceção de algumas atrações da Disney e dos parques da Universal, não consigo enxergar imagens 3D. Depois de tentar de tudo, de fazer os olhos quase saírem das órbitas, acabei achando algumas explicações médicas sobre o assunto: estrábicos não podem enxergar imagens em 3D porque não enxergam com os dois olhos ao mesmo tempo. Ou seja, no meu caso é, sim, impossível.

Tomar leite puro: sabe que eu acho uma coisa impressionante as pessoas pegarem um copão de leite puro e tomarem numa golada só. Seja quente, frio, com sucrilhos… Não adianta. Bem que eu já tentei desfazer essa impressão, mas aquilo cresce na boca, fermenta, e simplesmente não consigo por pra dentro.

Ficar acordada em filmes de ação: A falta de enredo plausível, o excesso de perseguições, carros, tiros e efeitos especiais fantásticos me entediam de tal forma que eu mal consigo assistir a apresentação dos personagens. Meu marido até já desistiu de me fazer assistir filmes assim, porque eu acabo não assistindo mesmo.

Dormir sem cobertor: Sabe aquele friozinho que dá quando a gente está caindo no sono? Eu sinto isso até no maior calor do verão, por isso, preciso sempre de uma coberta, ou de um lençol, senão, não consigo nem pregar o olho.

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4 Coisas Que Encontraria em Meu Quarto de Infância

Outro dia estava vendo aqueles posts nostálgicos sobre brinquedos das décadas de 80 e 90 e me identifiquei com diversos itens que foram mostrados. Mas, como eu nunca fui muito de ter aquilo que todo mundo tinha, nem de gostar do que todo mundo gostava, na infância, eu senti falta de algumas coisas que eu tinha no meu quarto e gostava muito, mas que nenhum destes posts mencionou.

Por isso, resolvi escrever sobre alguns itens que eu tinha no meu quarto, quando era criança e que pode ser que você também conheça. Quem sabe eu e você não descobrimos que não estávamos tão sozinhos em nossos gostos assim?

Pois bem, vamos lá.

O que você encontraria em meu quarto de infância?

Cozinha Bandeirantes Bankuka

cozinha bankuka quarto infância

Eu não tinha todos os itens da cozinha, só o fogão, a pia e a lava louças. Mas já era o suficiente pra fazer a festa. Além dos móveis, eu tinha vários itens de alimentação, uma verdadeira compra de mercado em miniatura. Eu adorava brincar com isso e me lembro até hoje dessa cozinha.

Boneca Quem me Quer

boneca quem me quer quarto infância

Não sei precisar exatamente o período em que eu brincava com essa boneca. Só me lembro que ela me acompanhou por bastante tempo e eu quase morri quando pensei que tinha perdido. Na verdade, eu esqueci na mesa do zelador do prédio quando fomos conhecer um apartamento pra alugar, mas na metade do quarteirão, lembrei e voltei correndo pra buscar.

Coleção de Livros Monteiro Lobato

sitio do picapau amarelo quarto infância

Acho que eram 16 livros, com toda a história da turma do Sítio do Picapau Amarelo. Os livros tem capa dura, são ilustrados e em tamanho grande. Era meio incômodo pra segurar, mas mesmo assim, eu li todos os livros, mais de uma vez. Tanto que alguns deles estão com as lombadas coladas com fita. Acredito que estes livros ainda estejam na casa da minha mãe.

Coleção Livros e Fitas coloridos Disney

livros coloridos disney quarto infância

Eram historinhas dos personagens da Disney. Eu não me lembro de ter todos da coleção, mas tinha vários, e ouvia até quase decorar as falas, principalmente da história do Ursinho Puff (nada de Pooh, não. Era Puff mesmo).

Com exceção dos livros do Monteiro Lobato, que eu sei que ainda estão com a minha mãe, os outros brinquedos todos foram doados, perdidos, sei lá… Só sei que eu tenho ótimas lembranças de cada um deles. Não desgrudava de nenhum deles e sempre voltava, mesmo que ganhasse alguma coisa nova.

E você, tem alguma coisa que você vincula ao seu quarto da infância? Me conta aí nos comentários!!

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[Resenha] Tocando as Estrelas – Rebecca Serle

Tocando as Estrelas

Quando Paige Townsen deixa de ser uma simples aluna do ensino médio para se tornar uma celebridade, sua vida muda do dia para a noite. Em menos de um mês, ela troca as ruas da sua cidade natal por um set de filmagem no Havaí e agora está conhecendo melhor um dos homens mais sexies do planeta segundo a revista People. Tudo estaria perfeito se o problemático astro Jordan Wilder não fincasse o pé em uma das pontas desse triângulo cinematográfico. E Paige começa a acreditar que a vida, pelo menos para ela, imita a arte.

O que eu achei de Tocando as Estrelas?

O livro Tocando as Estrelas conta a história de Paige, uma garota que tinha o sonho de ser atriz. Entre um teste e outro, ela vivia uma vida normal em Portland, com seu trabalho e seus amigos, quando de repente, surge a oportunidade de fazer um teste para protagonizar a adaptação cinematográfica de uma das trilogias mais comentadas do momento. Quando ela passa no teste e tem que aprender a viver em meio a equipes de filmagem, atores, maquiadores e cabeleireiros, ela começa a ver que o mundo das celebridades esconde muito mais coisas do que sua amiga Cassandra era capaz de ler nas revistas de fofoca.

Aos poucos ela se vê no meio de um triângulo amoroso com os atores com quem contracena no filme. Ela vai perceber que, assim como sua personagem, as coisas na vida real não são nada simples de resolver. tanto Rainer quanto Jordan são mais experientes do que ela, mas ambos parecer ser tão verdadeiros e a atraem, de formas diferentes. Ela precisa decidir o que fazer.

A história de Tocando as Estrelas é bem dinâmica e divertida. Somos apresentados ao mundo das celebridades e, pelos olhos de Paige, aos dilemas que acompanham a vida de uma atriz adolescente. Li o livro em apenas algumas horas e me diverti muito com a experiência. Vibrei e torci por Paige e já tenho meu mocinho favorito. Mas me decepcionei quando vi que as folhas estavam acabando e Tocando as Estrelas não poderia ter um final satisfatório, pela forma como a trama estava caminhando. E foi o que aconteceu, mesmo. Um daqueles finais que aparentam ser fechados, mas que são tão abertos que você pode pensar qualquer coisa. Fiquei indignada e apenas alguns minutos de pesquisa me mostraram que Tocando as Estrelas é o primeiro de uma série. Por isso o gancho para o próximo volume.

Não gostei. Confesso que me decepcionei e, assim como outros livros que já li e resenhei aqui, fiquei muito desanimada. No livro impresso não há uma referência sequer ao fato de Tocando as Estrelas ser o primeiro de uma série e eu achei isso, de certa forma, desleal. E se eu não quiser – como não tenho optado, ultimamente – ler livros com continuações? Acho que o  mínimo que se deve fazer é informar o leitor de que a obra faz parte de uma história que será contada em vários volumes. Assim, ou nós podemos nos conformar com um final aberto, como este, ou então, optar por não ler o livro até que todos os volumes tenham sido publicados, que sempre que eu posso, é a minha escolha.

Agora, assim como em Sonhos Despedaçados, que eu já resenhei aqui, vou ter que escolher entre esperar que o livro seja publicado no Brasil – se é que vai ser – e ler as continuações em inglês, se eu tiver tempo e disponibilidade. Infelizmente, apesar de ter gostado bastante da história, este detalhe incomodou bastante!

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Cinco Escritores que Eu Convidaria para um Café

Eu tenho alguns amigos escritores e já conheci alguns outros autores pessoalmente. É muito bom poder conversar com eles e compartilhar o que penso sobre as suas obras ou falar sobre qualquer assunto. A experiência de conhecer alguém que escreveu histórias e personagens por quem nos apaixonamos é maravilhosa. É como conhecer os bastidores de um set de filmagem, como ler a biografia enquanto ela é escrita.

Com os autores nacionais isto tem acontecido com uma certa frequência, por tudo que falei. Mas ainda tenho aquele sonho distante de conhecer os escritores estrangeiros que deram vida a personagens que mexeram bastante comigo. Se eu pudesse, os convidaria para vir tomar um café aqui em casa e, ao redor da mesa, conversaríamos sobre tudo que sempre tive vontade de perguntar.

Ainda não sei se os convidaria para vir todos no mesmo dia – apesar de a ideia parecer tentadora e uma experiência incrível misturar essas pessoas tão diferentes em um só lugar. Mas caso eu os chamasse individualmente para o café da tarde, com certeza teria muitas perguntas a fazer.

Sylvain Reynard

Para ele, ou ela (cujo mistério eu finalmente desvendaria!), perguntaria o que o faz tão vinculado às cidades italianas em suas obras. E de onde tira sua inspiração para escrever de forma tão bela sobre personagens que já foram largamente explorados em outras obras, de forma a torná-los ainda mais especiais e ainda melhores do que os que vieram antes.

John Green

Eu o perguntaria de onde tira tanta energia para ser escritor, vlogger, acompanhar os sets de filmagens de todos as adaptações de seus livros. E, claro, insistiria para que ele escrevesse mais livros. Estou com saudades da forma simples com a qual ele aborda certos temas e do toque de humor que dá a assuntos muito delicados.

Jostein Gaarder

Adoraria conhecer a mente brilhante que escreveu sobre filosofia e mundos imaginários com tanta maestria. Não faria perguntas, apenas ouviria o que ele tem a dizer sobre a vida, os seres humanos e o que ele quisesse falar.

Marian Keyes

Eu me sentaria com ela à mesa e falaríamos de forma irônica e ácida sobre as desgraças que nos assolam, assim como ela faz em seus livros e assim como eu penso em 90% das horas do dia. Acho que não veríamos o tempo passar e acabaríamos com meu estoque de café.

Carlos Ruiz Zafón

Perguntaria sobre o que o faz escrever e como ele consegue montar tramas tão complexas e obscuras, cheias de beleza e mistério. Gostaria muito de aprender com ele como escrever de forma tão minuciosa e o deixaria falar livremente sobre seu processo criativo.

E se fosse você? Quem seriam seus escolhidos para tomar um café da tarde na sua casa? Me conta aí nos comentários.

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Cinco Lugares Para Conhecer em Qualquer Viagem

Eu adoro viajar!! Sempre que posso e que sobra uma graninha, faço as malas e vou conhecer algum lugar diferente com meu marido. Tantos anos de relacionamento e algumas viagens depois, hoje consigo identificar alguns lugares que nós sempre conhecemos, em praticamente todos os lugares para onde vamos.

Muito mais do que programas turísticos, nosso estilo de viagem é de quem procura se misturar ao povo local e conhecer o lado das cidades que normalmente não são muito frequentados por turistas. Claro que vamos aos pontos turísticos, mas esse passeio por esses outros locais sempre nos deixa com aquela sensação boa, de termos conhecido nossa “versão” de cada local.

Veja só minhas dicas de turismo alternativo e visite os seguintes locais quando chegar em seu próximo destino. Garanto que sua experiência de viagem vai ser bem diferente a partir de agora!

Mercado

Conhecer o mercado da cidade significa saber desde a faixa de preço dos produtos – e não ser explorado na rua por quem sabe que você é turista e não conhece nada por ali – até conhecer qual o estilo dos habitantes, os hábitos de consumo, comidas típicas, marcas e sabores novos. Além disso, a própria forma como as pessoas se comportam no mercado é bem particular de cada local que você visita. É um lugar que eu recomendo muito conhecer!!

Farmácia

Simplesmente por uma questão de segurança e praticidade é bom saber onde tem farmácia, quais os nomes de medicamentos mais comuns que você pode precisar e, claro, estar preparado pra uma eventual necessidade. Além disso, conhecer os medicamentos que você pode comprar com ou sem receita em cada país é uma informação de cultura inútil que pode ser usada em alguma conversa de bar, nunca se sabe…

Livraria

Eu sempre procuro livrarias quando viajo. Nem sempre eu compro, na verdade, raramente trago algo pra casa, a não ser algum livro sobre o local. Mas na verdade o que me atrai para esse lugar é, além da paixão pelos livros, a possibilidade de ver os originais de livros que já li ou então ficar por dentro de nomes que ainda não fazem sucesso internacional, mas que já estão nas livrarias locais. Além disso, gosto de observar como cada lugar organiza suas livrarias, como é o atendimento ao público e se eu me sinto em casa nelas. Isso também reflete muito a cultura do local e eu adoro observar.

Padaria (café)

Além do mercado, um bom lugar pra conhecer as comidas típicas de onde estamos é a padaria ou café. Lá podemos ter acesso ao que as pessoas tem costume de comer de manhã, que tipo de doces são consumidos naquele local, quais combinações eles fazem que são diferentes das nossas. Acho o máximo conhecer estes detalhes e, no caso dos doces e dos cafés, experimentar os sabores locais.

Shopping

Por mais que alguns lugares não sejam destinos de compras, é interessante conhecer os shoppings, pois pode ser que a gente precise comprar algo de última hora, ou até mesmo, se quiser passear em algum momento, sem que seja para conhecer algum ponto turístico. De qualquer forma, é bom saber onde estão concentradas as lojas do lugar para onde você foi. Não é uma experiência tão divertida quanto as demais, mas eu sempre acabo incluindo em meus roteiros, pela questão da praticidade, por isso a dica.

E vocês? Qual o lugar que vocês sempre querem conhecer quando viajam para um destino diferente? Contem pra mim nos comentários, quem sabe eu também não gosto da ideia?

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[Resenha] O Álbum – Timothy Lewis

O Álbum

O Álbum – Para Adam, negociante de objetos usados, a casa de Gabe Alexander é apenas uma propriedade que será esvaziada e vendida pelo maior lance. Entretanto, em meio às prateleiras repletas de relíquias, um álbum antigo atrai sua atenção. Nele há cartões-postais amarelados pelo tempo, escritos ao longo de 60 anos. Intrigado, Adam começa a lê-los: eles estão cheios de frases românticas e delicadas, as provas do amor incondicional entre Gabe e Pearl Alexander.

Gabe cuidava para que um cartão chegasse às mãos de Pearl todas as sextas-feiras. Cada um deles possui não apenas um poema, mas verdades preciosas sobre o cotidiano de um casal que viveu um sonho. A soma de todas essas verdades talvez responda perguntas que Adam se faz há muito tempo.

O que eu achei de O Álbum?

O livro O Álbum conta a história de Adam, um negociante de objetos usados que se deparam com um álbum cheio de cartões-postais de Gabe a Pearl Alexander, os ex-donos da casa que tem que ser esvaziada para poder ser colocada a leilão. Os cartões o intrigam, pois em cada um deles há um poema de Gabe para a esposa, ao longo de sessenta anos. Adam começa a ler estes cartões e começa a pensar que, provavelmente, a resposta para seus dramas pessoais possa ser encontrada ali.

Aparentemente, o casamento de Gabe e Huck, como Pearl gostava de ser chamada, tinha sido algo bastante parecido a um conto de fadas. Dispostos a evitar o distanciamento e o esfriamento do romance, eles parecem ter se esforçado para manter a chama do amor acesa ao longo dos anos. Isto deixa Adam admirado já que, após o fim de seu casamento, ele não consegue nem esquecer a ex-esposa nem entender o que foi que fez o relacionamento deles fracassar. Ao ler em cada mensagem de Gabe, lições sobre o que faz um casamento feliz, ele tenta juntar as peças e reescrever sua história.

Há muitas coisas que Adam ainda não sabe, mas poderá contar com a ajuda de Yevette, a filha da empregada dos Alexander, que tem as peças que faltam ao quebra-cabeças que ele está tentando montar. Somos apresentados a todos os lados da história, conforme os cartões são lidos e os objetos da casa remexidos e vendidos. Conhecemos a perspectiva da história de Huck e Gabe, separadamente e depois juntos, quando se conhecem e se casam, além de saltos para alguns anos depois, quando Huck está no asilo e Gabe já havia falecido há muitos anos e, então, a vião de Adam e tudo o que tenta arrancar de Yevette.

A história de O Álbum é bem bonitinha e tem um objetivo certeiro. Trazer uma lição sobre o amor, o romance e o casamento. O autor faz isso quase de forma didática, pois sempre fica muito claro como as coisas vão terminar e os papeis de cada um são muito bem definidos. O Álbum é um típico texto que termina com uma moral da história.

Achei a história de Gabe e Huck muito bonita, mas ao mesmo tempo, o fato de saber como tudo ia terminar, me deixou um pouco entediada. Sei que gosto de histórias clichês, mas neste caso, estava tudo óbvio demais e com o objetivo claro de querer passar uma lição e isso me incomoda muito. Parecia que o autor estava, o tempo todo querendo me dizer: “Olhe só, isso é o certo, é assim que as pessoas devem agir.” Eu prefiro que as histórias me deixem tirar as minhas próprias conclusões e não que me direcionem ao que preciso entender ao final de tudo. Confesso, também, que esperei ler mas sobre Adam e não tanto sobre Gabe e Huck. Mas, infelizmente, não foi o que aconteceu em O Álbum.

Apesar disso, achei O Álbum um bom livro para entreter. A leitura é fluida e o texto é escrito de forma bastante leve. A revisão foi cuidadosa e, com isso, é um livro cuja experiência de leitura é bastante agradável. Mesmo com todo o fundo moralista da história, ainda recomendo a leitura.