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[Resenha] De Repente, Ana – Marina Carvalho

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Título: De Repente, Ana

Autora: Marina Carvalho

Editora: Novo Conceito

Ano: 2014

Páginas: 320

Ana decidiu viver permanentemente na Krósvia, e tudo está às mil maravilhas. Além do namoro cada vez mais sério com Alexander, ela tem um emprego fixo na embaixada brasileira e dedica parte de seu tempo às meninas do Lar Irmã Celeste.

Mesmo cumprindo tantos compromissos sociais como princesa, Ana nunca foi tão feliz. Porém, de uma hora para outra, tudo muda. Seu pai, o rei Andrej Markov, sofre um grave acidente e vai parar na UTI. Não resta alternativa: Ana vai ter que assumir o trono da Krósvia e governar a nação.

Pouco – ou quase nada – familiarizada com a função, ela vai precisar de ajuda não só para reger o seu país, mas também para manter perto de si aqueles que ama. Muita gente está interessada no seu fracasso.

O que eu achei de De Repente, Ana?

De Repente, Ana é a sequência de Simplesmente Ana e se passa cerca de dois anos depois da história narrada no primeiro livro. Já vivendo na Krósvia, Ana mantém um relacionamento cada vez mais sério com Alex, o enteado irresistível de seu pai, o rei Andrej. Com uma vida corrida e cada vez mais monitorada pelos paparazzi, a vida de princesa de Ana se resume a trabalhar na embaixada, cumprir suas obrigações protocolares e fugir das lentes maldosas da imprensa, para namorar.

Tudo é relativamente calmo em sua vida, e pode-se dizer que ela até já se acostumou. Até que algo inesperado acontece. Um acidente com o rei Andrej, que fica entre a vida e a morte, coloca Ana na função de rainha interina e a apresenta desafios ainda maiores do que os que costumava lidar quando tudo ainda estava sob o controle do pai.

Além de ter que fazer milhares de coisas e aprender a se comportar socialmente como uma rainha e a dizer e falar aquilo que os assessores a instruem a fazer, Ana tem que aprender a controlar as suas emoções. A incerteza quanto à recuperação do seu pai a deixa sensível e emocionalmente instável, mas ao mesmo tempo, a posição que agora ocupa não a permite muitos momentos de livre expressão do que sente e pensa. Como representante da nação, tudo o que diz tem um grande impacto diplomático.

Em contraste a toda essa dificuldade com seu papel público, Ana tem o apoio e o amor de Alex, que poderiam representar uma fonte de descanso e segurança, não fosse pelo fato de que a tal rival com nome de cachorro está determinada a acabar com o relacionamento deles e é capaz de fazer de tudo para alcançar seu objetivo. Laika se insinua e aparece no apartamento de Alex, enquanto Ana recebe ameaças anônimas e luta contra a sensação de que seu namoro está por um fio.

De repente, Ana é uma continuação muito bem feita e amarrada. Diferentemente do primeiro livro, onde boa parte do foco estava na inegável atração entre Ana e Alex, no segundo livro a história se concentra mais no mistério, nas conspirações que entrelaçam a atuação política de Ana e a sua vida pessoal.

Gostei muito do livro. A escrita de Marina Carvalho é bem leve e fluida. Ela descreve muito bem as cenas e as sensações, sem ser explícita. O vocabulário de De Repente, Ana é excelente e a edição está muito boa. A trama é bem elaborada e prende a atenção do começo ao fim.

Confesso que fiquei com um pouco de receio de ler uma continuação, pois normalmente não gosto de histórias que esgotam o “depois do felizes para sempre”. Na maioria das vezes esse tipo de abordagem deixa a história cansativa e sem graça, mas Marina Carvalho soube mudar o foco da leitura em De Repente, Ana, colocando o relacionamento já existente como uma pimenta a mais na trama complicada em que Ana estava inserida.

Vale a pena a leitura. Se você gostou de Alex no primeiro livro, poderá matar a saudade dele em De Repente, Ana e relembrar seu jeito sexy e arrebatador, além de se identificar com as inseguranças e os dramas da jovem Ana.

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[Blogagem Coletiva] Três Livros que Mudaram a Minha Vida

Este post faz parte da blogagem coletiva do Rotaroots, um grupo de blogueiros que visa estimular conteúdo original e autoral, por uma blogosfera mais criativa, mais pessoal e menos voltada apenas para o mercado. Uma blogosfera sem regrinhas e conteúdos pré-formatados. Se você compartilha deste sentimento, conheça o grupo e fique por dentro dos temas do mês, troque dicas legais com outros blogueiros e divirta-se!

Um dos temas do Rotaroots desse mês é falar sobre três livros que mudaram a nossa vida. No meu caso, li muita coisa e leio desde cedo, então, resolvi adotar um critério meio cronológico, pois em cada fase da vida tive contato com algum livro mais marcante do que outros. Pensei de uma forma mais abrangente, por que se fosse olhar cada fase com mais profundidade, apareceriam outros livros e eu tinha que escolher apenas três para esse post.

Reinações de Narizinho

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O primeiro livro que eu pensei quando comecei a rascunhar esse post foi Reinações de Narizinho. Na verdade, eu pensei na série inteira do Monteiro Lobato, O Sítio do Picapau Amarelo, mas como esse é o primeiro volume, resolvi começar por ele (até porque eu li todos, né, gente!). Não me lembro desde quando tenho a coleção, nem do dia em que ganhei. O Sítio do Picapau Amarelo foi tão presente na minha vida que eu simplesmente cresci achando que todos aqueles volumes lindos, enormes, de capa dura azul, ilustrados e cheios de histórias maravilhosas sempre existiram lá em casa, nasceram junto comigo, sei lá. O que eu sei é que eu amava  – e ainda amo – aqueles livros como se fossem parte de mim. Eu li todos várias vezes, minha mãe lia para mim e para minha irmã antes de dormirmos… Eu morria de vontade de colorir todas as ilustrações, mas não fiz isso. Eu me sentia parte daquela infância, me imaginava naquele sítio e participando de todas as aventuras de Pedrinho, Narizinho, Emília, Visconde, Dona Benta, Tia Nastácia… Cresci apaixonada por essas histórias e quero passá-las aos meus filhos. Com certeza, minha paixão pela leitura veio principalmente por esta coleção.

O Mundo de Sofia

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Já falei tanto desse livro aqui no blog (e vou falar mais, com certeza) que às vezes eu me pergunto porque não o resenhei aqui. Mas depois de pensar um pouco, uma resenha apenas não seria suficiente para falar de tudo o que este livro representa na minha vida. Li três vezes. Aos onze anos, ele me ensinou a gostar de filosofia e a questionar algumas coisas. Aos quinze, eu já tinha a idade de Sofia, questionava ainda mais e cozinhava a cabeça da minha mãe com perguntas sem resposta. Aos dezoito, como parte do programa da disciplina de Filosofia Geral, eu pude ler mais uma vez e compreender muita coisa que havia passado despercebida. O Mundo de Sofia sempre me estimulou a questionar, a querer saber mais, a ler mais, a não me contentar com algo dado de bandeja. Muitas vezes eu me esqueço disso, mas sempre que posso, questiono muita coisa e tenho certeza que esse livro colaborou pra essa característica.

Divergente

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Uma distopia. Dificilmente eu leria algo do tipo, se me contassem ou se eu apenas lesse a sinopse. Mas Divergente me aconteceu em uma das raras vezes em que fui ao cinema antes de ler o livro. Gostei do filme e resolvi ler o livro em seguida. Foi uma experiência excelente, que me fez mudar minha concepção sobre distopias e, inclusive, traduzir uma para o português (em breve será publicada!). Por ter mudado – ou aprimorado – meus gostos literários, esse livro mudou sim, a minha vida!

E vocês?? Quais os livros que mudaram sua vida? Diz aí nos comentários! Quem sabe não pode ser uma boa dica de leitura pra mim ou pra outros leitores??

 

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[Resenha] A Mais Pura Verdade – Dan Gemeinhart

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Título: A Mais Pura Verdade
Autor: Dan Gemeinhart
Editora: Novo Conceito
Ano: 2015
Páginas: 224

A Mais Pura Verdade – Em todos os sentidos que interessam, Mark é uma criança normal. Ele tem um cachorro chamado Beau e uma grande amiga, Jessie. Ele gosta de fotografar e de escrever haicais em seu caderno. Seu sonho é um dia escalar uma montanha. Mas, em certo sentido um sentido muito importante , Mark não tem nada a ver com as outras crianças. Mark está doente. O tipo de doença que tem a ver com hospital. Tratamento. O tipo de doença da qual algumas pessoas nunca melhoram. Então, Mark foge. Ele sai de casa com sua máquina fotográfica, seu caderno, seu cachorro e um plano. Um plano para alcançar o topo do Monte Rainier. Nem que seja a última coisa que ele faça. A Mais Pura Verdade é uma história preciosa e surpreendente sobre grandes questões, pequenos momentos e uma jornada inacreditável.

O que eu achei de A mais pura verdade?

A história de A Mais Pura Verdade vem conquistando milhares de leitores desde seu lançamento no mês passado. A obra, mais uma do gênero sick-lit, que tem como ícone A Culpa é das Estrelas, também conta a história de Mark, um garoto com câncer. Apesar do tema semelhante, a abordagem é diferente e bem mais dramática, já que o livro conta a história de um garoto de doze anos que, ao receber a notícia de que a doença inicialmente sob controle havia voltado, resolve partir em uma viagem sem volta, rumo ao monte Rainier.
Ele leva consigo apenas seu cachorro, uma mochila com algumas coisas que precisará até chegar em seu destino, um caderno e a câmera fotográfica. Eles vão em direção a esta aventura. Mark escreve um ou outro verso em seu caderno em formato de haicai, tira fotos de momentos relevantes desse trajeto e divide todos os acontecimentos bons e ruins com o cachorro.
O livro é escrito com capítulos que alternam o ponto de vista de Mark e o ponto de vista de quem está desesperado procurando por ele: seus pais e a sua melhor amiga Jesse. Em cada passo, vamos conhecendo em flashes a história de Mark e, ao mesmo tempo, nos sensibilizando com a busca dos seus pais por ele e nos condoendo com a situação de Mark.
Achei o texto muito bem escrito, pois a sua estrutura e vocabulários são adequados a quem está narrando e os capítulos sempre terminam com algo que instiga o leitor a continuar, até que o livro acabe. Concluí a leitura em apenas algumas horas e, apesar da expectativa ter sido mais alta do que o resultado final, ainda assim, achei a história linda e estou recomendando a todo mundo!

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[Resenha] Um Toque de Solidão – Danilo Barbosa

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Título: Um Toque de Solidão

Autor: Danilo Barbosa

Editora: Amazon

Ano: 2014

Páginas: 34

Quando duas pessoas completamente diferentes se apaixonam, tudo pode acontecer.
Bento, um nerd assumido, sabia que tinha se apaixonado pela tatuadora Ariel à primeira vista. Apesar de serem completamente diferentes, os dois tinham tudo para viverem o divertido “felizes para sempre”, mas um desentendimento pode colocar tudo a perder… E agora, como dar uma final feliz para esta história? Nada que “Um toque de solidão” não resolva!
Apaixone-se por esta história inusitada, onde você irá rever o quanto perdemos da vida nas nossas rotinas. Duvido que, ao terminar esse conto, não passe a rever os próprios conceitos.

O que eu achei de Um Toque de Solidão?

O conto Um Toque de Solidão, de Danilo Barbosa, conta a história de amor de Bento e Ariel, que tão diferentes, acabaram ficando juntos. Ele, um nerd apaixonado por computadores e ela, uma tatuadora. Tudo ia bem, até que o amor foi sufocado pelo trabalho, pelo sucesso profissional, que os fez parecer apenas amigos ao invés de amantes.

É nesse cenário que Bento se pergunta como é que havia deixado as coisas chegarem naquele ponto. Então, ele recebe uma visita nada convencional, que o faz refletir sobre tudo o que já aconteceu em sua vida, no estilo de vida que vinha levando e que o havia separado de Ariel. Bento fica cara a cara com a solidão.

A história de Um Toque de Solidão é belíssima, criativa e composta de uma forma quase poética. O texto de Danilo Barbosa é de uma qualidade excepcional, o que torna a leitura ainda mais prazerosa. A riqueza de vocabulário e a qualidade do trabalho final mostram que Danilo se dedica, assim como em suas outras obras, a um bom trabalho de revisão e edição.

A reflexão a respeito da solidão trazida pelo texto do Danilo é excelente e muito adequada ao mundo que vivemos atualmente, onde a tecnologia nos possibilita ter acesso a tanta coisa, ao mesmo tempo que nos limita e nos afasta das pessoas que estão próximas. A leitura é mais do que recomendada!

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